Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Artista cria cão mijão para protestar contra estátua da Garota Destemida http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/30/artista-cria-cao-mijao-para-protestar-contra-estatua-da-garota-destemida/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/30/artista-cria-cao-mijao-para-protestar-contra-estatua-da-garota-destemida/#respond Tue, 30 May 2017 12:55:51 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/Screen-Shot-2017-05-30-at-9.19.53-AM-180x100.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6534 A celebrada estátua da Garota Destemida, símbolo de empoderamento feminino em Wall Street, ganhou uma companhia indesejada: um cão pug que urina na perna esquerda da menina.

A obra-provocação do artista nova-iorquino Alex Gardega foi instalada ontem (29) ao lado da escultura da Garota Destemida para protestar contra as raízes corporativistas da estátua e o fato de ela “desrespeitar” a famosa estátua do Touro, símbolo de Wall Street por décadas, e que agora é “confrontado” pela estátua mirim. “(A Garota Destemida) não tem nada a ver com o feminismo. Ela é um nonsense corporativo”, disse o artista ao jornal The New York Post.

O jornal The New York Post fotografou Gardega ao lado de sua obra-provocação. (Foto: Reprodução)

A estátua da Garota Destemida foi uma ideia do grupo de investimentos State Street Global Advisors, com sede em Boston, para protestar conta a desigualdade de gêneros em Wall Street. A obra foi criada pela artista Kristen Visbal e instalada desafiadoramente na frente do Touro de Wall Street no último Dia Internacional da Mulher. Gardega disse que não tem nada contra o feminismo, mas sim contra “o truque publicitário da obra”.

O pequeno cão em bronze criado por Gardega foi batizado de “Sketchy Dog” (Cão Desonesto) e é uma obra rudimentar. O artista explicou ao Post que a estátua foi mal feita de próposito, com a intenção de “denegrir a Garota Destemida, que tenta fazer o mesmo com o Touro”. “A estátua do Touro tem integridade”, disse Gardega sobre a obra do artista italiano Artudo Di Modica, criada em 1989.

 

Turistas que visitaram o local ontem desaprovaram a obra de Gardega, chamando o artista de misógino e babaca. A obra foi retirada do local, pelo próprio artista, três horas mais tarde.

Não é a primeira vez que Gardega critica obras de arte públicas que virarão sensação em Nova York. Em 2013, ele criou um painel com a frase “Bansky Go Home” (Bansky, Vá Embora”), para criticar a permanência de um mês de Bansky em Nova York, período em que o artista inglês criou dezenas de grafites nos mais diversos bairros da cidade.

Gardega na frente de seu mural contra o artista inglês Bansky. (Foto: Reprodução)
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Prefeito estende permanência da Garota Destemida em Wall Street http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/prefeito-estende-permanencia-da-garota-destemida-em-wall-street/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/prefeito-estende-permanencia-da-garota-destemida-em-wall-street/#respond Mon, 27 Mar 2017 23:32:15 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-28-at-6.47.32-PM-180x142.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6197 Diga ao touro que fico!

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou hoje (27) de manhã que a estátua da Fearless Girl (Garota Destemida) ficará na região de Wall Street por mais um ano. A Garota Destemida seria removida na semana que vem, mas de Blasio estendeu o prazo de permanência da pequena de 1m20 de altura e rabo de cavalo até 8 de março de 2018, o próximo Dia Internacional da Mulher.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, posa com a Garota Destemida. (Foto: Michael Appleton/Mayoral Photography Office)

Obra da escultora americana Kirsten Visbal, a Garota Destemida fica com a mão na cintura, peito estufado, desafiante na frente do touro, símbolo de Wall Street, que foi criado em 1989 pelo escultor italiano Arturo Di Modica. O escultor protestou contra a nova instalação e processa no momento a empresa que a criou.

A empresa é o grupo de investimentos State Street Global Advisors, com sede em Boston. Eles encomendaram a Visbal uma obra que servisse de símbolo de empoderamento feminino, chamando a atenção para a desigualdade de gêneros em Wall Street, onde poucas mulheres conseguem posições de liderança. Ela foi instalada na noite de 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, numa pequena “ilha” de paralelepípedos que fica no começo da avenida Broadway, próximo da Wall Street.

A Garota Destemida fica em Wall Street até o próximo Dia Internacional da Mulher. (Foto: Marcelo Bernardes)

Desde então, a pequena feminista aumentou o fluxo de turismo na região, arrastando para o local novos grupos demográficos: garotas adolescentes, millennials e muitas mamães.

O prefeito de Blasio disse que a Fearless Girl é um símbolo daqueles que “confrontam o medo, o poder e encontram dentro de si força para fazer o que é certo”. “Ela tem inspirado muita gente, num momento em que nós precisávamos de inspiração”, disse de Blasio.

A mulher do prefeito, Chirlane McCray, é fã da Garota Destemida e usou recentemente a mídia social para protestar contra um tipo de Wall Street que apareceu numa foto tentando roçar a virilha contra a estátua.

 

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Passageiros apagam suástica no metrô de NY com gel antisséptico http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/06/passageiros-apagam-suastica-no-metro-de-ny-com-gel-antisseptico/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/06/passageiros-apagam-suastica-no-metro-de-ny-com-gel-antisseptico/#respond Mon, 06 Feb 2017 14:35:10 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5698 Um post no Facebook mostrando usuários do metrô de Nova York limpando um picho de uma suástica com gel antisséptico e lenços de papel viralizou na noite de domingo (5).

(Foto: Gregory Locke/Facebook)
(Foto: Gregory Locke/Facebook)

O ato de vandalismo incluia ainda a frase “Judeus pertencem ao forno”. O post de Gregory Locke acumulou rapidamente 400 mil curtidas. “Gente, não vire o rosto para isso. Isso realmente está acontecendo – em Nova York. Fique com raiva, faça barulho, se organize”, postou a atriz America Ferrera em sua conta no Instagram.

(Foto:Gregory Locke/Facebook)
(Foto:Gregory Locke/Facebook)

Segundo o post de Locke, um passageiro do metrô disse que gel antisséptico, que contem álcool, elimina facilmente rabiscos feitos pela caneta Sharpie. Vários passageiros então se mobilizaram, procurando em suas bolsas e bolsos de casaco pelo líquido. O picho foi apagado em menos de 2 minutos. Depois de saber do post, Hillary Clinton tuítou: “Nós não deixaremos o ódio vencer. E, mais uma razão para sempre carregar gel antisséptico”.

(Foto: Gregory Locke/Facebook)
(Foto: Gregory Locke/Facebook)
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Lou Reed ganha memorial permanente em metrô de NY http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/lou-reed-ganha-memorial-permanente-em-metro-de-ny/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/lou-reed-ganha-memorial-permanente-em-metro-de-ny/#respond Mon, 02 Jan 2017 17:02:33 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/Screen-Shot-2017-01-02-at-11.26.29-AM-136x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5611 John Lennon e Joey Ramone têm companhia.

Quase três anos depois da morte de Lou Reed, o roqueiro americano é o mais novo músico a ganhar um memorial público permanente em Nova York, se juntando ao ex-Beatle (no Central Park) e Ramone (esquina da Bowery com a rua 2, onde ficava o extinto clube de punk-rock CBGB).

Um mega mosaico de Lou Reed, feito a partir de uma fotografia em close-up do roqueiro, é uma das atrações da série “Subway Portraits”, do artista Chuck Close, criada exclusivamente para a nova estação de metrô da rua 86 com a Segunda Avenida, em Manhattan. Close e outros três artistas – o brasileiro Vik Muniz, a americana Sarah Sze e a sul-coreana Jean Shin – foram comissionados pelo governo de Nova York para criar mosaicos para três novas estações (e uma já existente) do metrô da Segunda Avenida, em Manhattan, projeto em discussão desde 1919, mas que levou 98 anos para finalmente ser concluído. As estações estão em funcionamento desde domingo (1).

A série “Subway Portraits” é composta por 12 mosaicos em tamanho natural feitos a partir da imagem (algumas já exibidas em museus e galerias) de vários amigos artistas de Chuck Close. Além de Reed, as paredes do metrô da rua 86 foram adornadas com fotos do compositor Philip Glass e dos pintores Alex Katz e Kara Walker, entre outros. Close também criou dois auto-retratos para o projeto e uma imagem de sua mulher, a artista Sienna Shields.

Veja fotos abaixo:

Visitante mirim posa na frente do mosaico de Lou Reed feito pelo artista Chuck Close para metrô da Segunda Avenida. (Foto: Marcelo Bernardes)
Visitante mirim posa na frente do mosaico de Lou Reed feito pelo artista Chuck Close para metrô da Segunda Avenida. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Retrato de Lou Reed fica na estação da rua 86. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Detalhe do mural de Chuck Close feito em azulejo. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mural de Chuck Close feito em azulejo. (Foto: Marcelo Bernardes)
por Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
A pintora inglesa Cecily Brown por Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
Visitante toca o auto-retrato do artista Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
Visitante toca o auto-retrato do artista Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do auto-retrato de Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do auto-retrato de Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
O pintor Alex Katz por Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
O pintor Alex Katz por Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
A artista Kara Walker, que é mulher de Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
A artista Sienna Shields, que é mulher de Chuck Close. (Foto: Marcelo Bernardes)
Mosaico do retrato do artista chinês Zhang Huan, feito por Close, fica ao lado das catracas da estação da rua 86. (Foto: Marcelo Bernardes)
Mosaico do retrato do artista chinês Zhang Huan, feito por Close, fica ao lado das catracas da estação da rua 86. (Foto: Marcelo Bernardes)
O músico Philip Glass "recepciona" os usuários da estação da rua 86. (Foto: Marcelo Bernardes)
O músico Philip Glass “recepciona” os usuários da estação da rua 86. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Vik Muniz retrata o filho e desconhecidos em nova estação de NY http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/vik-muniz-retrata-amigos-e-desconhecidos-em-nova-estacao-de-ny/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/vik-muniz-retrata-amigos-e-desconhecidos-em-nova-estacao-de-ny/#respond Mon, 02 Jan 2017 03:29:38 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/Screen-Shot-2017-01-01-at-9.42.37-PM-180x123.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5584 Em 1957, um artigo do jornal “The New York Times” sobre o projeto de expansão do metrô da Segunda Avenida, que beneficiaria milhares de moradores do Upper East Side, em Manhattan, começava assim: “Projeto antigo e prometido para o ano de 1951, o metrô da Segunda Avenida provavelmente nunca será construído”.

Após quase 100 anos de espera (o projeto foi proposto em 1919), o atual governador de Nova York, Andrew Cuomo, fez no primeiro minuto de 2017 a viagem inaugural da extensão da linha Q do metrô, que compreende três estações com entrada na Segunda Avenida: entre as ruas 72 e 96. As estações começaram a ser construídas em abril de 2007 e custaram ao cofre do estado um total de US$ 4.5 bilhões. Elas foram finalmente abertas ao público ao meio-dia de hoje (1), com horário limitado de acesso. No dia 9, as três estações passam a funcionar normalmente, ou seja, com trens circulando 24 horas por dia.

No primeiro dia de funcionamento, o metrô estava lotado com moradores da região, curiosos que vieram até de outros estados e países, e imprensa em geral. Além de experimentarem a linha pela primeira vez, muitos visitantes estavam de olho mesmo nas obras de arte permanentes criadas por quatro artistas residentes em Nova York e que foram comissionados pela Companhia de Transporte Urbano da cidade, a MTA.

Entre eles, está o paulista Vik Muniz, responsável por quase duas dúzias de mosaicos em tamanho natural que mostram moradores “normais” de Nova York. Muniz tem toda a estação da rua 72 para mostrar seu trabalho. Os outros artistas são os americanos Sarah Sze (estação 96th Street) e Chuck Close (estação 86th Street); e a sul-coreana Jean Shin (estação 63rd Street, a única das estações que já existia).

A obra de Muniz, intitulada “Perfect Strangers”, reúne amigos e conhecidos do artista, entre eles o casal gay Thor Stockman e Patrick Kellogg; famosos como o renomado chef francês Daniel Boulud (segurando uma sacola de plástico que contem flores e um peixe), o fotógrafo e artista francês JR e o empresário da noite, designer e ator indiano Waris Ahluwalia, que fez participação no filme “A Vida Marinha de Steve Zissou”; anônimos como uma executiva usando tênis e carregando o sapato de salto alto na mão; e um guarda com um picolé.

Muniz também criou um auto-retrato (ver acima), em estilo Norman Rockwell, vestindo uma capa de chuva e tentando agarrar uma pasta que se abriu, esparramando documentos e calculadora. O filho de Muniz, Gaspar, de 26 anos, também aparece num dos mosaicos, usando uma fantasia de tigre. Os mosaicos de Muniz foram fabricados por Franz Mayer, em Munique.

Abaixo algumas das criações de Muniz para a estação 72nd Street:

Na entrada da estação da rua 72, retrato de um hipster olhando para um balão. (Foto: Marcelo Bernardes)
Na entrada da estação da rua 72, retrato do fotógrafo e artista francês JR olhando para um balão. (Foto: Marcelo Bernardes)
Antes de passarem pela catraca, usuários podem ver esse mural com crianças e balão no subsolo da estação da rua 72. (Foto: Marcelo Bernardes)
Antes de passarem pela catraca, no subsolo da estação, usuários podem ver esse mosaico de Muniz com crianças e balão. (Foto: Marcelo Bernardes)
Os três sets de crianças do lobby da estação. (Foto: Marcelo Bernardes)
Vista geral, com os três sets de crianças, do lobby da estação. (Foto: Marcelo Bernardes)
Já dentro da estação, mais um mural com balão . (Foto: Marcelo Bernardes)
Já dentro da estação, mais um mural com balão . (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mural anterior. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mural anterior. (Foto: Marcelo Bernardes)
Muniz imortalizou o amigo, o chef francês Daniel Bouloud, dono dos famosos restaurantes Daniel, Café Bouloud e DBGB Kitchen, no metrô de NY. (Foto: Marcelo Bernardes)
Muniz imortalizou o amigo, o chef francês Daniel Boulud, dono dos famosos restaurantes Daniel, Café Boulud e DBGB Kitchen, no metrô de NY. (Foto: Marcelo Bernardes)
Mais moradores "comuns" da série "Perfect Strangers". (Foto: Marcelo Bernardes)
Mais moradores “comuns” da série “Perfect Strangers”. (Foto: Marcelo Bernardes)
Diogo, filho de Vik Muniz, aparece vestido como fantasia de tigre. (Foto: Marcelo Bernardes)
Gaspar, filho de Vik Muniz, aparece vestido como fantasia de tigre. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mural com o filho de Vik Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mural com o filho de Vik Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Geral da estação da rua 72. (Foto: Marcelo Bernardes)
Geral da estação da rua 72. (Foto: Marcelo Bernardes)
Mais personagens da série "Perfect Strangers". (Foto: Marcelo Bernardes)
Mais personagens da série “Perfect Strangers”. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Qualquer semelhança com o ex-presidente Lula é mera coincidência! (Foto: Marcelo Bernardes)
Qualquer semelhança com o ex-presidente Lula é mera coincidência! (Foto: Marcelo Bernardes)
Visão geral do auto-retrato de Vik Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)
Visão geral do auto-retrato de Vik Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)
O designer e ator indiano ?? ?? e executiva com o sapato de salto alto na mão. (Foto: Marcelo Bernardes_
O designer e ator indiano Waris Ahluwalia e executiva com o sapato de salto alto na mão. (Foto: Marcelo Bernardes_
Policiais posam na frente do mural de Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)
Policiais posam na frente do mural de Muniz. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mosaico com o policial segurando picolé. (Foto: Marcelo Bernardes)
Detalhe do mosaico com o policial segurando picolé. (Foto: Marcelo Bernardes)
Enfermeira e o casal gay do Brooklyn Thor Stockman e Patrick Kellogg. (Foto: Marcelo Bernardes)
Enfermeira e o casal gay do Brooklyn Thor Stockman e Patrick Kellogg. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Presença de Trump em tríplex cria inferno no comércio de NY http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/11/16/presenca-de-trump-em-triplex-cria-inferno-no-comercio-de-ny/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/11/16/presenca-de-trump-em-triplex-cria-inferno-no-comercio-de-ny/#respond Thu, 17 Nov 2016 00:06:07 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/Screen-Shot-2016-11-16-at-7.18.28-PM-180x135.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5386 A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos está criando um verdadeiro inferno para o comércio na região da Quinta Avenida, entre as ruas 56 e 57, onde funcionam algumas das maiores e mais icônicas lojas de departamento e comércio de luxo de Nova York.

Por motivos de segurança, o Serviço Secreto americano obrigou a polícia de Nova York a fechar um quarteirão inteiro da rua 56, imediatamente após a vitória de Trump na madrugada de 8 de novembro. A rua é paralela a Trump Tower, prédio que abriga o tríplex de cobertura onde Trump mora com a mulher, a ex-modelo Melania Trump, e o filho caçula, Barron. Para complicar o trânsito caótico da região e a maciça presença de turistas, especialmente nesta época do ano, o local ainda ganhou um contingente extra: manifestantes anti-Trump, que toda noite fazem prontidão no local.

Quarteirão da rua 56, entre Quinta e Sexta avenidas, foi fechado pelo Serviço Secreto. (Foto: Marcelo Bernardes)
Quarteirão da rua 56, entre Quinta e Sexta avenidas, foi fechado pelo Serviço Secreto. (Foto: Marcelo Bernardes)

Restaurantes, bares e barbearias na rua 56 estão sofrendo com o acesso limitado de carros na área e as barricadas erguidas no local. Um estacionamento particular, por exemplo, perdeu 60% da clientela. Reservas feitas para o restaurante italiano Il Tinello começaram a ser canceladas, segundo o gerente do local. Bares e mini-mercados estão com problemas de estocar suas geladeiras e prateleiras, uma vez que todos os caminhões de entrega precisam ser vistoriados pela polícia. Floriculturas também estão com problemas de fazer grandes entregas. O dono de um supermercado diz que, se continuar assim, ele terá que fechar seu estabelecimento para sempre ou relocá-lo para outra região da cidade. A situação pode se complicar caso Trump decida alternar residência entre a Casa Branca e seu tríplex nova-iorquino.

Grifes de luxo como a Gucci, do lado da Trump Tower, estão às moscas desde a eleição presidencial. (Foto: Marcelo Bernardes)
Grifes de luxo como a Gucci, do lado da Trump Tower, estão às moscas desde a eleição presidencial. (Foto: Marcelo Bernardes)

Nem só o comércio pequeno está sendo afetado. Na rua 57, espécie de corredor das lojas de luxo de Manhattan, grifes como Louis Vuitton, Burberry, Gucci, Armani e Prada estão com clientela reduzida desde a eleição de Trump. A Henri Bendel, loja de departamento de luxo situada na Quinta Avenida, costuma fechar suas portas às 20h durante os finais de semana. Mas, no sábado (12) e no domingo (13), quase às moscas, a loja fechou respectivamente às 14h e 15h45. Somente durante o furacão Sandy, em 2012, a Henri Bendel fechou suas portas antes do horário oficial. Até o hotel Plaza e o Paris Theatre, o único cinema da região norte de Manhattan a exibir o filme brasileiro “Aquarius”, estrelado por Sonia Braga, estão tendo respectivamente queda do número de hóspedes e espectadores.

Barricada policial na frente da Tifanny's (a esq.) faz com que a loja, que fica encostada a Trump Tower, cancelasse evento de lançamento de sua vitrine de natal. (Foto: Marcelo Bernardes)
Barricada policial na frente da Tiffany’s (a esq.) faz com que a loja, que fica encostada a Trump Tower, cancelasse evento de lançamento de sua vitrine de natal. (Foto: Marcelo Bernardes)

A icônica joalheria Tiffany’s, que fica na esquina da rua 57 com Quinta Avenida, cancelou pela primeira vez em sua história um evento especial de lançamento de sua vitrine de natal que faria na manhã de segunda (21). A vitrine que seduziu Holly Golightly, a personagem do livro de Truman Capote interpretada no cinema por Audrey Hepburn, agora será revelada sem fanfarra ou glamour dos flashes.

Trânsito parado na rua 58, onde está o hotel Plaza e o Paris Theatre, que exibe o filme brasileiro "Aquarius". (Foto: Marcelo Bernardes)
Trânsito parado na rua 58, onde está o hotel Plaza e o Paris Theatre, que exibe o filme brasileiro “Aquarius”. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Conheça as leis mais esdrúxulas de Nova York http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/conheca-as-leis-mais-esdruxulas-de-nova-york/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/conheca-as-leis-mais-esdruxulas-de-nova-york/#respond Mon, 27 Jun 2016 02:01:15 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/Screen-Shot-2016-06-26-at-9.41.43-PM-180x73.png http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4443 Uma das promessas do governador de Nova York, Andrew Cuomo (Partido Democrata), era o de dar um basta na corrupção política que vinha arruinando a imagem de Albany, a capital do estado, nos últimos anos. Ao ser reeleito em 2014, Cuomo traçou um plano de 11 leis, algumas delas, como restrições na forma em que campanhas políticas são financiadas, foram aprovadas na manhã de sábado (18), antes da Assembléia Legislativa entrar num recesso de seis meses. Outro projeto pessoal do governador também votado foi o de encorajar a criação de projetos habitacionais mais baratos para a população de baixa renda e expandir o número de abrigos para os sem-tetos.

Embora muito se comentou na mídia local que muitas leis propostas pelo governador não passaram e que ele se encontra frustrado com isso, uma outra lei, de pouco impacto social ou político, também chamou muito a atenção. Aquela que vai beneficiar a turma que ama as mimosas e os bloody marys servidos nos brunches de domingo em Nova York.

Essa turma, principalmente a que gosta de comer mais cedo, não podia saborear esses drinks em companhia des ovos mexidos ou omeletes turbinadas antes do meio-dia. Uma lei, datada da época da Lei Seca, no começo dos anos 20, proibia a venda de bebidas alcóolicas em restaurantes e bares entre as quatro da manhã até ao meio-dia dos domingos. A partir de agora, essa restrição foi encurtada para até às dez da manhã. Fora de Nova York, alguns estabelecimentos poderão começar a servir álcool à clientela a partir das oito da manhã de domingo.

Várias leis arcaicas ou esdrúxulas, algumas datadas do século 18, continuam vigentes em Nova York, muito embora penalidades para quem desobedecê-las não sejam levadas à sério nem pelas autoridades. Até mesmo porquê muitos fiscais da prefeitura ou policiais não saibam que algumas delas existam, quem as criou e para que elas servem.

Abaixo algumas dessas leis:

— O “jaywalking”, ou seja, atravessar a rua fora da faixa de segurança é proibido desde 1958. Quando introduzida, a lei ajudou a diminuir a morte de pedestres por atropelamento. No começo da gestão do atual prefeito de Nova York, Bill de Blasio, policiais intensificaram a distribuição das multas (valor próximo aos US$ 150) contra os infratores mas, depois de reportagens negativas na imprensa e um “levante” na mídia social feito pelos nova-iorquinos, o prefeito abandonou essas blitzes, se atendo apenas as áreas da cidade onde atravessar fora da faixa de segurança é comprovadamente perigoso.

Atravessar a rua fora da faixa de segurança rende multa de ate US$ 150 em NY. (Foto: Reprodução)
Atravessar a rua fora da faixa de segurança rende multa de ate US$ 150 em NY. (Foto: Reprodução)

— Criada em 2014 por uma política local, e com multa no valor de US$ 500, uma lei proíbe que selfies com tigres sejam feitos. Especialmente em circos itinerantes, onde, ao contrário dos zoológicos, é possível ter um contato mais próximo com os felinos.

— Décadas antes do termo bullying virar verbete oficial do dicionário, abuso físico, em tom de brincadeira ou com intenção de “ensinar uma lição”, é proibido na cidade. Entre eles: jogar uma bola contra o rosto ou outras partes do corpo de uma pessoa; atirar facas contra alguém, obrigar uma pessoa a dançar na rua ou de andar de bicicleta por mais de oito horas seguidas.

— Assobiar, chamar mulher de gostosa ou qualquer outro tipo de flerte leve ou malicioso na rua é proibido. Multa é de US$ 25.

Flertar com mulheres em NY: multa de US$ 25. (Foto: Reprodução)
Flertar com mulheres em NY: multa de US$ 25. (Foto: Reprodução)

— Aprovada em 2011 e defendida ferrenhamente pelo ex-prefeito Michael R. Bloomberg, a lei que proíbe as pessoas de fumarem em um dos 1700 parques públicos da cidade ou nos 22 quilômetros de praias da região da grande Nova York nunca foi levada a sério, nem mesmo pela polícia de cidade, que emitiu menos de 100 multas no valor oficial de US$ 50 nos três primeiros anos de vigência da lei.

— Vender ou importar pelo de cachorro ou gato na cidade é crime. Mas se o pelo for de coiote, raposa ou lince, está tudo liberado.

— Cuspir em Nova York, seja na rua, na escada de um edifício público, ou dentro de qualquer meio de transporte de massa, é punido com multa.

— Continua ilegal o consumo público de álcool na cidade. Desde 1979, por conta da lei assinada pelo prefeito Ed Koch, nova-iorquinos escondem suas latinhas de cerveja ou mini-garrafas de uísque dentro de um saco de papel quando bebem andando pela rua.

— Tudo bem usar uma máscara do Anônimo ou de Donald Trump na rua, mas se seu amigo e a namorada dele também quiserem sair com uma, a história é bem outra. Desde 1845, é ilegal que duas pessoas saiam juntas na rua escondendo sua verdadeira identidade por meio de uma máscara. A lei foi criada no começo do século 19, quando, fazendeiros locais, irritados com a baixa do preço do trigo pelo governo da cidade, se fantasiaram de índios e atacaram policiais. Vale lembrar que em 30 de outubro, noite do Halloween, sair em massa com máscaras de Jason Voorhees ou Michael Meyers é permitido.

— Qual criança não gosta de um teatrinho de fantoches? Mas se uma pessoa criar uma apresentação deles, da janela de uma casa, de um apartamento, ou até de uma vitrine de loja, ela pode passar até 30 dias na cadeia.

— Nova York não é a Sicília e, por isso, quem quiser ter um varal de roupas na sacada do apartamento precisa pedir uma autorização para a prefeitura. Geralmente, quem reclama do vizinho que ilegalmente estende de toalhas a cuecas em varais improvisados nas sacadas do prédio, obtem sucesso. Eles costumam desaparecer da noite para o dia.

Varal de roupas na sacada dos prédio de NY: só com permissão da prefeitura. (Foto: Reprodução)
Varal de roupas na sacada dos prédio de NY: só com permissão da prefeitura. (Foto: Reprodução)

 

— É proibido – até para os suicidas – pular de cima dos prédios da cidade.

— Trair a mulher ou marido é um dos passatempos preferidos dos nova-iorquinos, de atores famosos à governadores do estado, muitos já foram chifrados ou traíram. Mas, em Nova York, adultério é proibido desde 1907. Penas incluem multas de US$ 500 e até 90 dias na prisão.

— Nada impede que as nova-iorquinas andem topless pelas ruas da cidade, mas se forem remuneradas por isso, elas podem ser presas.

— Periguetes, atenção. Usar roupas “muito coladas ao corpo” é ato ilegal para as mulheres em NY.

— É proibido conversar dentro de elevadores da cidade.

— E a mais esdrúxula: é proibido carregar no bolso traseiro da calça um sorvete de casquinha aos domingos. A lei existe desde o século 19, quando era ilegal a venda de sorvete de casquinha na rua, prática que costumava acontecer geralmente aos domingos,  dia de folga na cidade. Para não ser multado, quando algum policial estava patrulhando, as pessoas que conseguiam comprar o sorvete o escondiam no bolso traseiro. Daí a criação da lei que vigora até hoje, apesar de, nos últimos 100 anos, não ser mais ilegal vender sorvete aos domingos.

 

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Moradores da periferia de NY dão gorjetas mais generosas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/12/03/moradores-da-periferia-de-ny-dao-gorjetas-mais-generosas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/12/03/moradores-da-periferia-de-ny-dao-gorjetas-mais-generosas/#respond Thu, 03 Dec 2015 15:02:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=3116 Residentes de alguns dos bairros mais abastados da ilha de Manhattan são os mais sovinas na hora de dar gorjeta para os entregadores de restaurantes. Segundo pesquisa conduzida pelo popular aplicativo de entrega de comida Seamless e da imobiliária StreetEasy, os mais generosos clientes são pessoas de classe média, que moram no Brooklyn e em partes mais periféricas da região do Queens.

Moradores do bairro Carnegie Hill, entre as ruas 86 e 96, no Upper West Side de Manhattan, e os dos Battery Park City, bairro vizinho ao prédio One World Trade Center, são os que dão as menores caixinhas, respectivamente 12.2% e 12.4% do valor total da entrega. Já em Greenpoint, Sunset Park, Bushwick, bairros do Brooklyn, e Woodside, no Queens, costumam dar gorjetas de  15% para cima. Outras regiões do Queens, como Astoria e Ridgewood, onde estão moradores de classe média baixa, fazem parte da lista das dez mais generosas de Nova York.

A pesquisa aponta que quanto mais alto é o valor do aluguel pago, mais pão duro o cliente é. No Upper East Side, a média de aluguel de um apartamento é de US$ 3 mil. Em Sunset Park, no Brooklyn, o preço cai para US$ 1.750. “As pessoas castigadas com aluguéis maiores, prestam atenção no orçamento reservado a todos os aspectos de suas vidas, incluindo despesas com comida e gorjetas”, explicou Alan Lightfeldt, analista da StreetEasy.

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