Campanha pede que Regina Casé seja considerada para Oscar de atriz
O filme brasileiro “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, ganhou seu primeiro pôster de campanha direcionada a chamar a atenção dos votantes da Academia de Hollywood. O anúncio, um pop-up na página do website “Deadline Hollywood”, sobre notícias da indústria de entretenimento americana, deixa claro que os produtores do filme também estão atrás de uma vaga do Oscar de melhor atriz para Regina Casé.
As chances de Casé, porém, parecem minguadas. Este foi um ano bom para grandes papéis femininos no cinema e a corrida para a categoria de melhor atriz está crescendo com uma lista (leia aqui) que inclui nomes consagrados e algumas novatas, cujas interpretações têm sido incensadas pela mídia americana. Neste momento, a aposta é que a novata Brie Larson, de 26 anos, seja a candidata favorita pela atuação no filme “No Quarto de Jack”, sobre uma jovem confinada em cativeiro, ao lado do filho pequeno, durante cinco anos.
Para diminuir a concorrência entre atrizes que têm papéis de protagonistas num mesmo filme, produtores também vêm manipulando as campanhas delas. Harvey Weinstein, por exemplo, é o produtor do drama lésbico “Carol”, estrelado por Cate Blanchett e Rooney Mara. Ambas protagonizam o filme baseado em livro de Patricia Highsmith. Rooney até ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes deste ano, mas Weinstein pede que os votantes da Academia considerem somente Cate para o Oscar de melhor atriz. Rooney deve ser considerada para o de coadjuvante.
A mesma situação acontece também em outro drama sobre lésbicas do ano, o filme “Freeheld”. Julianne Moore e Ellen Page protagonizam a produção, mas Ellen, pede o estúdio que distribui o filme, deve ser vista pela Academia como coadjuvante. A prática de manipulação não é ilegal, mas é decisão pessoal de cada membro da Academia acatá-la ou não. Se quiserem, votantes ainda poderão votar para todas as quatro atrizes na categoria principal.
Sobre as outras campanhas para o Oscar de melhor filme estrangeiro leia mais aqui e aqui.