Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Artista cria cão mijão para protestar contra estátua da Garota Destemida http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/30/artista-cria-cao-mijao-para-protestar-contra-estatua-da-garota-destemida/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/30/artista-cria-cao-mijao-para-protestar-contra-estatua-da-garota-destemida/#respond Tue, 30 May 2017 12:55:51 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/Screen-Shot-2017-05-30-at-9.19.53-AM-180x100.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6534 A celebrada estátua da Garota Destemida, símbolo de empoderamento feminino em Wall Street, ganhou uma companhia indesejada: um cão pug que urina na perna esquerda da menina.

A obra-provocação do artista nova-iorquino Alex Gardega foi instalada ontem (29) ao lado da escultura da Garota Destemida para protestar contra as raízes corporativistas da estátua e o fato de ela “desrespeitar” a famosa estátua do Touro, símbolo de Wall Street por décadas, e que agora é “confrontado” pela estátua mirim. “(A Garota Destemida) não tem nada a ver com o feminismo. Ela é um nonsense corporativo”, disse o artista ao jornal The New York Post.

O jornal The New York Post fotografou Gardega ao lado de sua obra-provocação. (Foto: Reprodução)

A estátua da Garota Destemida foi uma ideia do grupo de investimentos State Street Global Advisors, com sede em Boston, para protestar conta a desigualdade de gêneros em Wall Street. A obra foi criada pela artista Kristen Visbal e instalada desafiadoramente na frente do Touro de Wall Street no último Dia Internacional da Mulher. Gardega disse que não tem nada contra o feminismo, mas sim contra “o truque publicitário da obra”.

O pequeno cão em bronze criado por Gardega foi batizado de “Sketchy Dog” (Cão Desonesto) e é uma obra rudimentar. O artista explicou ao Post que a estátua foi mal feita de próposito, com a intenção de “denegrir a Garota Destemida, que tenta fazer o mesmo com o Touro”. “A estátua do Touro tem integridade”, disse Gardega sobre a obra do artista italiano Artudo Di Modica, criada em 1989.

 

Turistas que visitaram o local ontem desaprovaram a obra de Gardega, chamando o artista de misógino e babaca. A obra foi retirada do local, pelo próprio artista, três horas mais tarde.

Não é a primeira vez que Gardega critica obras de arte públicas que virarão sensação em Nova York. Em 2013, ele criou um painel com a frase “Bansky Go Home” (Bansky, Vá Embora”), para criticar a permanência de um mês de Bansky em Nova York, período em que o artista inglês criou dezenas de grafites nos mais diversos bairros da cidade.

Gardega na frente de seu mural contra o artista inglês Bansky. (Foto: Reprodução)
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Prefeito estende permanência da Garota Destemida em Wall Street http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/prefeito-estende-permanencia-da-garota-destemida-em-wall-street/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/prefeito-estende-permanencia-da-garota-destemida-em-wall-street/#respond Mon, 27 Mar 2017 23:32:15 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-28-at-6.47.32-PM-180x142.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6197 Diga ao touro que fico!

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou hoje (27) de manhã que a estátua da Fearless Girl (Garota Destemida) ficará na região de Wall Street por mais um ano. A Garota Destemida seria removida na semana que vem, mas de Blasio estendeu o prazo de permanência da pequena de 1m20 de altura e rabo de cavalo até 8 de março de 2018, o próximo Dia Internacional da Mulher.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, posa com a Garota Destemida. (Foto: Michael Appleton/Mayoral Photography Office)

Obra da escultora americana Kirsten Visbal, a Garota Destemida fica com a mão na cintura, peito estufado, desafiante na frente do touro, símbolo de Wall Street, que foi criado em 1989 pelo escultor italiano Arturo Di Modica. O escultor protestou contra a nova instalação e processa no momento a empresa que a criou.

A empresa é o grupo de investimentos State Street Global Advisors, com sede em Boston. Eles encomendaram a Visbal uma obra que servisse de símbolo de empoderamento feminino, chamando a atenção para a desigualdade de gêneros em Wall Street, onde poucas mulheres conseguem posições de liderança. Ela foi instalada na noite de 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, numa pequena “ilha” de paralelepípedos que fica no começo da avenida Broadway, próximo da Wall Street.

A Garota Destemida fica em Wall Street até o próximo Dia Internacional da Mulher. (Foto: Marcelo Bernardes)

Desde então, a pequena feminista aumentou o fluxo de turismo na região, arrastando para o local novos grupos demográficos: garotas adolescentes, millennials e muitas mamães.

O prefeito de Blasio disse que a Fearless Girl é um símbolo daqueles que “confrontam o medo, o poder e encontram dentro de si força para fazer o que é certo”. “Ela tem inspirado muita gente, num momento em que nós precisávamos de inspiração”, disse de Blasio.

A mulher do prefeito, Chirlane McCray, é fã da Garota Destemida e usou recentemente a mídia social para protestar contra um tipo de Wall Street que apareceu numa foto tentando roçar a virilha contra a estátua.

 

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Escultor do touro de Wall Street critica a ‘garota destemida’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/21/escultor-do-touro-de-wall-street-critica-a-garota-destemida/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/21/escultor-do-touro-de-wall-street-critica-a-garota-destemida/#respond Tue, 21 Mar 2017 13:51:52 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-21-at-9.36.28-AM-180x135.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6080 E a “garota destemida” fez o pai do touro bufar.

O escultor italiano Arturo Di Modica, 76, criador da estátua de bronze “Charging Bull”, símbolo de Wall Street e escultura mais visitada em Nova York depois da Estátua da Liberdade, revelou que não está nada contente com a garota feminista de 1m20 de altura que foi parar – desafiadora – na frente de seu trabalho. “Eles estão tirando vantagem”, disse Di Modica ao jornal “Daily News” de hoje (21). “Não é correto. Eles estão insultando todo o povo americano, meu trabalho e eu”, prosseguiu.

O “eles” que Di Modica se refere é o State Street Global Advisors, grupo de investimentos com sede em Boston que comissionou a escultora americana Kirsten Visbal para que essa criasse uma obra que servisse de símbolo da igualdade de gêneros em Wall Street, onde poucas mulheres conseguem posições de liderança. Na noite de 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, a estátua da “Fearless Girl” foi instalada na frente do touro.

“Garota Destemida” e o touro. (Foto: State Street Global Advisors)

“Charging Bull”, que pesa 3.200 quilos, foi criada em 1989 como símbolo de esperança após o grande crash na bolsa de valores de Nova York em 1987. Na época, Di Modica disse que seu trabalho representava “a força, o poder e a esperança do povo americano quanto ao futuro”. Ao “Daily News” de hoje, Di Modica explicou que sua estátua é naturalmente inclusiva, sem panfletagem. “Fiz para todo o povo americano. Não criei (meu trabalho) para homens, mulheres ou gays”.

Di Modica espera que o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, não mantenha mais a “garota destemida” na frente do touro além do dia 2 de abril, data da retirada da estátua. Com permissão de ficar no local apenas por uma semana, de Blasio estendeu a permanência da garota por mais três semanas, devido ao sucesso e a legião de turistas – especialmente garotas – que o novo trabalhou atraiu ao local, a alguns quarteirões de distância da Bolsa de Valores de Nova York. Além da mulher de Bill de Blasio, Chirlane McCray, ser uma grande fã da garota, abaixo-assinados estão sendo preparados no momento para convencer o prefeito a mantê-la no local.

Turistas visitam a “garota destemida”. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A fúria de Di Modica pode soar como hipocrisia. Ele bancou independentemente o projeto do touro de bronze, investindo cerca de US$ 320 mil na obra. No natal de 1989, sem permissão da prefeitura, usou um caminhão para transportar o touro e depositá-lo ilegalmente ao pé de uma árvore de natal, bem na frente da Bolsa de Valores de Nova York. Removida pela polícia e trancafiada num galpão no bairro da periferia do Queens, a estátua ganhou um novo local para ficar, devido a pressão popular. Por pouco o “Charging Bill” não foi parar em Las Vegas. Um dono de um hotel fez uma proposta ao escultor. Di Modica não aceitou.

Estátua fica oficialmente no local até dia 2 de abril. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Campanha é criada para manter ‘Garota Destemida’ em Wall Street http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/campanha-e-criada-para-manter-garota-destemida-em-wall-street/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/campanha-e-criada-para-manter-garota-destemida-em-wall-street/#respond Sat, 18 Mar 2017 20:39:10 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-18-at-4.12.59-PM-180x101.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6010 Dezenas de garotas pegam o metrô com destino à ponta sul de Manhattan só para vê-la. Aproveitando o símbolo de empoderamento feminino que ela impôs em tão curto tempo, fazem selfies que propagam a mensagem. Na segunda-feira (13), durante uma tempestade de neve, alguém a cobriu com um guarda-chuva com as cores do arco-íris (fotos acima são da rede ABC7News). Afinal de contas, ela só usa um vestidinho que lhe bate nos joelhos.

Grupo de garotas posa ao lado da Fearless Girl na manhã de hoje (18). (Foto: Marcelo Bernardes)

Um engraçadinho de terno e gravata – com panca de corretor de mercado financeiro – recentemente tentou roçar sua virilha contra o ombro dela. Assim que a foto viralizou nas redes sociais, a primeira-dama de Nova York, Chirlane McCray, protestou, chamando a brincadeira de “nada engraçada”.

A estátua de bronze da Fearless Girl (Garota Destemida) é uma das mais quentes atrações turísticas de Nova York. Com apenas 1m20 de altura, a menina com rabo de cavalo aparece desafiadora, peito estufado, mãos na cintura, na frente da famosa estátua do touro de 3.200 quilos, com grandes colhões, criada em 1989 pelo escultor ítalo-americano Arturo Di Modica e, desde então, símbolo de Wall Street.

Placa aos pés da Fearless Girl diz “conscientize-se sobre o poder das mulheres na liderança”. (Foto: Marcelo Bernardes)

A garota foi colocada ali por seus criadores – o grupo de investimentos State Street Global Advisors e a escultora Kirsten Visbal, na véspera (7) do dia internacional da mulher, para protestar contra a falta da presença feminina no topo da liderança das grandes empresas. Deveria ter ficado no local por apenas sete dias. Mas o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, ao ser briefado da peregrinação de turistas ao local e o sucesso da ocasião nas redes sociais (incluindo tuítes, fotos ou outros posts feitos por políticos, empresários e atrizes de Hollywood), estendeu a permanência da garota no local até o dia 2 de abril.

 

A Fearless Girl é uma das atrações turísticas mais quentes de NY no momento. (Foto: Marcelo Bernardes)

Agora, dois abaixo-assinados, um deles organizado pelo change.org, já acumulam milhares de assinaturas. E eles estão próximos de atingirem a cota necessária para pressionar o prefeito de Blasio a deixar a garota no local, em caráter permanente. “A significância da igualdade feminina não é uma questão temporária, devendo ser limitada a um dia, uma semana, ou um mês”, diz a petição.

Enquanto seu futuro físico ainda é incerto, a fama da Fearless Girl pelo menos ficará para sempre registrada na internet. Ela já tem uma página na Wikipedia. E, a propósito, a escultora Visbal disse que a Fearless Girl foi inspirada em duas garotas: uma delas, uma latina de 9 anos de idade.

Engraçadinho que tentou esfregar a virilha contra a estátua irritou a primeira-dama de NY, Chirlane McCray . (Foto: Reprodução)

 

Peito estufado, rabo de cavalo e mãos na cintura. A Fearless Girl tem 1m20 de altura e muito poder. (Foto: Marcelo Bernardes)
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Seriado “Billions” é nova ótima aposta do gênero “pornô financeiro” http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/01/17/serie-billions-e-nova-otima-aposta-do-genero-porno-financeiro/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/01/17/serie-billions-e-nova-otima-aposta-do-genero-porno-financeiro/#respond Sun, 17 Jan 2016 20:57:33 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/01/Screen-Shot-2016-01-17-at-3.15.47-PM-180x107.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=3444 “Billions” (Bilhões), que estreia hoje à noite na TV americana, no canal “Showtime”, é o primeiro seriado imperdível do ano. Caso precisasse de uma distinção mais específica de gênero para descrevê-lo, ele se encaixaria numa espécie de “financial porn”, pornô financeiro. Trata-se de uma sub-categoria dramática e prematuramente revisionista da história de Wall Street da qual certas cabeças pensantes da indústria de entretenimento rapidamente se apoderaram após o estouro da bolha de crédito no mercado imobiliário do país, que provocou a grande crise de 2008, pandemônio econômico do qual o mundo ainda tenta se reerguer.

Na semana passada, a Academia de Hollywood indicou o filme “A Grande Trapaça”, sobre os financistas que previram e tomaram vantagem da crise imobiliária, a cinco prêmios Oscar, inclusive o de melhor filme que, se conquistado, garante uma estatueta dourada a um de seus produtores, o ator Brad Pitt. Em anos recentes, o Oscar também mostrou admiração por “O Lobo de Wall Street”, do cineasta Martin Scorsese, sobre a queda e reinvenção do investidor fraudulento Jordan Ross Belfort, e “Margin Call – O Dia Antes do Fim”, produção do ator Zachary Quinto sobre a pulverização de um banco de investimento durante a última quebradeira financeira.

Em 2011, o canal a cabo “HBO” adaptou “Too Big To Fail”, o livro seminal do jornalista do “New York Times”, Andrew Ross Sorkin, sobre como o gestão de Barack Obama tentou intervir na crise de Wall Street. A TV americana exibe ainda neste primeiro semestre, duas biografias de Bernie Madoff, investidor responsável por uma das maiores fraudes financeiras da história americana e cujo rosto virou tema de máscaras da parada de Halloween.

“Billions” é uma ideia original dos roteiristas Brian Koppelman e David Levien (dos filmes “Cartas na Mesa”, com Matt Damon e Edward Norton, e “Onze Homens e um Segredo”, com George Clooney e Pitt), que trabalham em parceria com Andrew Ross Sorkin, que cumpre as funções de roteirista e produtor-executivo. Espere da série diálogos espertos, factuais e com citações de nomes que figuram regularmente na coluna “Dealbreaker” do “New York Times”, da qual Sorkin é responsável. O magnata Warren Buffet, por exemplo, já é mencionado no primeiro episódio da série.

Também preparem-se para conhecer a melhor raposa de Wall Street desde o surgimento de Gordon Gekko (personagem icônico de Michael Douglas no filme “Wall Street”) em 1987. Trata-se do ruivo Bobby “Axe” Axelrod, um chefão de uma empresa de hedge fund de Connecticut, interpretado pelo ator inglês Damian Lewis.

Em "Billions", Damian Lewis cria um Gordon Gekko para novas gerações. (Foto: Showtime)
Em “Billions”, Damian Lewis cria um Gordon Gekko para novas gerações. (Foto: Showtime)

Junto com o compatriota Tom Hardy e o ator americano Michael Shannon, Lewis, que vem do sucesso das séries “Homeland” e “Wolf Hall”, forma uma trinca de intérpretes cuja intensidade e machismo intimidante surgem naturalmente. Mesmo que venham a interpretar Gandhi ou São Francisco de Assis, eles aindam assim seriam capazes de meter medo e causar pesadelos nos espectadores. Como bem notou um crítico do “New York Times”, Lewis “faz diálogos hiperdramáticos soarem orgânicos”.

Em “Billions”, o ator cria um financista com roupas menos vistosas que Gordon Gekko e também discurso menos grandioso e refinado como o famoso “Ambição É Boa”, que o cineasta Oliver Stone inventou para Gekko em 87. Mas o novato é tão implacável e cortante quanto o velho original. Em determinado momento, pedindo para que um dos investidores de sua empresa de hedge fund não lhe traga mais notícias ruins, Axelrod solta a vulgaridade: “Meu colesterol já está alto o suficiente, não venha ainda passando manteiga no meu rabo”. Por vezes, Axerold lembra personagem saído de uma peça do dramaturgo David Mamet. “Você não tem que nadar mais rápido que o tubarão. Você tem que nadar mais rápido que o cara com quem está mergulhando”, é um dos ensinamentos do personagem.

Axerold e o império (a Axe Capital) que ele construiu em Connecticut, a uma hora de Manhattan, são os objetos de desejo de Chuck Rhoades (Paul Giamatti), um procurador do governo americano para o distrito de Manhattan que encontra uma brecha para iniciar uma investigação contra o bilhardário. Assim como Lewis, Giamatti é show. Neurótico no último. O personagem é claramente inspirado em um dos heróis modernos de Nova York, o procurador Preet Bharara, que nasceu em Punjab, na Índia, e depois mudou-se com a família para os Estados Unidos. Implacável, ele é responsável por desmantelar desde quadrilhas de traficantes até políticos locais metidos em escândalos de propinas.

Neurótico, implacável, mas também chegado a uma dominação sexual, Paul Giamatti é show como um procurador do governo americano. (Foto: Showtime)
Neurótico, implacável, mas também chegado a uma submissão sexual, Paul Giamatti é show como procurador do governo americano. (Foto: Showtime)

Axelrod e Rhoades vêm de mundos diferentes. O financista é um self made man, pobretão de uma região que fica após o Bronx, que se casou com uma loira, Kate Sacker (Malin Akerman), ainda mais suburbana que ele. A fortuna de Axelrod foi construída em boa parte após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Nessa data, a empresa de investimento da qual fazia parte perdeu quase todos seus funcionários, presos em uma das torres do World Trade Center. Axerold só sobreviveu à tragédia daquela manhã pois estava em uma reunião em outra parte da cidade.

Lewis e Malin Akerman interpretam casal emergente de Nova York. (Foto: Showtime)
Lewis e Malin Akerman interpretam casal emergente de Nova York. (Foto: Showtime)

Já Rhoades vem de berço. É filho de um advogado rico e famoso do Upper West Side. Quer ser mais implacável, ético e incorruptível que o pai. No final da noite, prefere o papel de submissão sexual. A esposa dominatrix dele é Wendy (Maggie Siff, de “Mad Men”). E ela cria um conflito de interesses que poder ser problema para a batalha que o marido pretende travar: ela trabalha como terapeuta na empresa de Axelrod, motivando os investidores a serem ainda mais machos alfas.

Essa briga de gato e rato, tema central de “Billions”, faz brotar dessa obra de viés anticapitalista um lado de novelão financeiro em estilo “Dallas”, o que torna a série ainda mais viciante.

Giamatti e a esposa terapeuta/dominatrix interpretada por Siff. (Foto: Showtime)
Giamatti e a esposa terapeuta/dominatrix interpretada por Maggie Siff. (Foto: Showtime)
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