Corrida para Oscar de melhor ator começa com dez candidatos de peso
A revista “Entertainment Weekly” desta semana analisa os nomes com maiores chances para preencher as cinco vagas para o Oscar de melhor ator. A publicação aposta em dez atores.
Desses, apenas um deles, Bryan Cranston, da série de TV “Breaking Bad”, não teve uma indicação para o Oscar anteriormente.
O inglês Eddie Redmayne vai conquistar sua segunda indicação consecutiva na categoria. No ano passado, ele foi o vencedor por “A Teoria de Tudo”. Redmayne também vem a ser o ator mais jovem nessa lista de dez: ele tem 33 anos.
Ao contrário das favoritas ao Oscar de melhor atriz, quatro delas com menos de 30 anos, para o Oscar de ator a regra é quanto mais velho, melhor.
Sete atores interpretam personagens reais.
A corrida do Oscar de ator, segundo a “EW”, está assim:
CERTEZAS
Michael Fassbender, por “Steve Jobs”, estreia no Brasil em janeiro. O filme sobre o co-fundador da Apple falhou na bilheteria americana e recebeu críticas mornas, mas a transformação de Fassbender não deve ser ignorada pelos votantes da Academia.
Eddie Redmayne, por “A Garota Dinamarquesa”, estreia no Brasil em fevereiro. Esse é o ano dos transgêneros no showbiz e a Academia simplesmente venera transformações físicas como as que Redmayne se submeteu para interpretar Lili Elbe, a primeira pessoa a passar por uma operação de mudança de sexo.
Leonardo DiCaprio, por “O Regresso”, estreia no Brasil em fevereiro. Poucos críticos viram o novo filme do cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu, que venceu o último Oscar de melhor diretor, mas muitos apostam que DiCaprio vai conquistar sua sexta indicação para o prêmio, a quarta na categoria de melhor ator. Ele interpreta o famoso caçador de peles Hugh Glass nesse drama de ação passado em 1822.
SÉRIOS CANDIDATOS
Matt Damon, por “Perdido em Marte”, em cartaz. A surpresa de bilheteria da temporada e o filme que fez o diretor Ridley Scott voltar a fazer as pazes com o sucesso. O astronauta de Damon é dramático e cômico o suficiente para agradar a Academia e conquistar sua quarta indicação para o prêmio, a terceira nas categorias de interpretação.
Will Smith, por “Um Homem Entre Gigantes”, estreia no Brasil em março. Antes mesmo de estrear nos Estados Unidos, o roteiro deste filme cujo título original é “Concussion” (Concussão) vem sendo acusado de ter sido “suavizado” pelo estúdio Sony para não desagradar a NFL, a Liga de Futebol Americana. O filme tem tema atual e Smith interpreta o médico patologista Bennet Omalu, que, ao diagnosticar trauma cerebral em um jogador de futebol americano, descobre se tratar de um mal que aflige também outros profissionais do esporte.
Bryan Cranston, por “Trumbo”, sem data de estreia. A máquina de ganhar prêmios agora próxima de um Oscar? Cranston venceu o Globo de Ouro e o Emmy por sua atuação no seriado “Breaking Bad”. Na Broadway, como o ex-presidente americano Lyndon Johnson, na peça “All the Way”, ganhou o prêmio Tony no ano passado. Agora, no cinema, dá vida ao famoso roteirista de Hollywood Dalton Trumbo, vencedor de dois Oscars (pelos roteiros de “A Princesa e o Plebeu”, em 1954, e “Arenas Sangrentas”, em 1957), que, por anos não foi contratado pelos estúdios por ter tido seu nome na lista negra de Hollywood, por ter supostas ligações com o Partido Comunista.
Michael Caine, por “Youth”, sem data de estreia. O filme do cineasta italiano Paolo Sorrentino (cujo “A Grande Beleza” ganhou o último Oscar de filme estrangeiro) chegou a ser vaiado no último Festival de Cannes, em maio. Mas o ator inglês Caine se salvou das críticas negativas com uma vigorosa atuação como um maestro aposentado que passa férias num luxuoso hotel ao lado de outro amigo octagenário, interpretado por Harvey Keitel.
AZARÕES
Ian McKellen, em “Sr. Holmes”, sem data de estreia. O famoso detetive Sherlock Holmes (McKellen) decide investigar um novo caso, mesmo que sua mente, devido a idade avançada, esteja se deteriorando.
Johnny Depp, por “Aliança do Crime”, em cartaz. Mesmo com maquiagem carregada, Depp disse adeus a fase de pirata e outros malucões com perucas esquisitas, que pareciam saídos de uma festa de Halloween, que enterraram sua boa reputação de gerar boas bilheterias em Hollywood. Neste drama, ele é Whitey Bulger, um dos mais temidos mafiosos da cidade americana de Boston e que já havia servido de modelo para o capo que Jack Nicholson interpretou em “Os Infiltrados”, de Martin Scorsese.
Tom Hanks, por “Ponte dos Espiões”, em cartaz. Em mais uma dobradinha com o cineasta Steven Spielberg, Hanks interpreta o advogado real James Donovan que é destacado para defender um espião russo em plena Guerra Fria. Sem usar o “piloto automático” dessa vez, Hanks faz uma interpretação bastante convincente, ou “comovente”, segundo diz a “EW”.
A lista da revista “EW” omite alguns nomes que estão circulando em lista de favoritos da crítica como Michael Keaton por “Spotlight”, Tom Courtenay por “45 Anos”, e Jake Gyllenhaal por “Nocaute”. Todos esses três atores também já tiveram indicações passadas para o Oscar. Existe forte campanha feita pelo estúdio Sony Classics para que o ator húngaro Géza Röhrig seja lembrado por sua performance no filme “Son of Saul”, o favorito ao Oscar de melhor filme estrangeiro.