Nova sobremesa ‘viral’ de NY tem filas de até duas horas de espera

Depois da febre do cronut (croissant com donut, com recheios variados), os nova-iorquinos elegeram uma nova “sobremesa viral”: o cookie dough, a massa para se fazer cookie, a ser consumida crua, sem medo de ser atacado pelo micróbio intestinal do E.coli.

Massa de cookie é servida como sorvete. (Foto: Marcelo Bernardes)
No começo do ano, a jovem empreendedora Kristen Tomlan abriu a lanchonete (lê-se ‘dou’) no bairro do Greenwich Village, ao lado da Universidade de Nova York. Não demorou muito para o lugar virar um fenômeno, inicialmente por entre os millennials e agora frequentada por todas as faixas etárias, inclusive casais septuagenários.

Fila no sábado (10) tinha 2 horas de espera, com quase 200 pessoas. (Foto; Marcelo Bernardes)
A DŌ é fechada toda segunda-feira e não existe uma boa hora para se evitar filas para entrar na colorida doceira. Nos finais de semana, a espera é brutal: até duas horas. No sábado (10), cerca de 200 pessoas esperavam pacientemente na fila. O pequeno comércio local ao lado da DŌ reclamou da multidão que tumultua a passagem na calçada e um assistente da lanchonete costuma remanejar a fila para o outro lado da rua, assim que o número de clientes dispara.

A doceira Kristen Tomlan mostra sua criação (Foto: Divulgação)
São 12 os sabores da massa de cookie. A receita clássica inclui “gotas” de chocolate no meio da massa. Outras são mais elaboradas com confetti, açúcar cristalizado, pasta de amendoim, pedaços de bolacha ou M&M’s, calda de caramelo, avelãs e marshmallow. Existe também uma versão para massa de brownie. O dough é servido como sorvete, com no máximo três bolas. Vários sabores de sorvete também podem ser acrescentados, assim como outros toppings. Os clientes costumam combinar uma bola da massa com uma bola de sorvete de baunilha.

Fila em dia calmo (uma terça-feira) resulta-se em espera de 40 minutos. (Foto: Marcelo Bernardes)
Tomlan desenvolveu uma receita segura para seu dough, a fim de evitar a ação da bactéria salmonella. Em vez de ovos frescos, ela usa ovos pasteurizados. A farinha tem um pré-tratamento aquecido que a torna 100% comestível.

Depois de esperar 40 minutos na fila, num dia mais calmo, cheguei a conclusão de que a sobremesa não é para mim. É uma delícia enfiar o dedo na tigela e roubar um teco da massa doce, mas comer uma bola inteira é experiência totalmente diferente. A massa é muito doce, enjoa rapidamente e ‘pesa’ no estômago. Joguei metade fora. Muitos na doceira me olharam estranhamente. A maioria dos clientes traça o quitute em questão de minutos, sem desperdiçar qualquer pedaço.

Millennials formam o público-chave da doceira DŌ. (Foto: Marcelo Bernardes)

Algumas das 12 opções de sabores da massa de cookie da DŌ. (Foto: Divulgação)

Máximo servido são três bolas. (Foto: Divulgação)