Avenida Paulista, cães de rua e a Vai-Vai viram estrelas de reality show
A cidade de São Paulo serviu de cenário para o segundo episódio da 29a. temporada do reality show de competição “The Amazing Race”, exibido quinta (6) à noite na rede norte-americana CBS.
Dez duplas, vindas de seis diferentes voos da Cidade do Panamá, onde aconteceu a competição da semana passada, desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos. Elas passaram por provas – ou receberam envelopes contendo pistas – em lugares como a Praça da Sé, Avenida Paulista e a academia Garrido Boxe, que fica debaixo do viaduto Alcântara Machado, na Mooca.
No primeiro dia de competição, as duplas foram até a Praça da Sé (onde tem “aquela igreja grande”, disse uma das participantes) para buscar o envelope detalhando as primeiras provas.
Metade dos participantes foi de helicóptero, e a outra (todos se ferraram) de táxi. “Que congestionamento!”, reclamou uma das competidoras, uma ex combatente que serviu na Guerra do Iraque. Do alto da cidade, via helicóptero, a reação foi outra (e ninguém reclamou da poluição). “Nunca vi nada assim espetacular em toda minha vida”, disse Redmond, um ex-soldado. Outros, ao sobrevoarem a cidade, comentaram que São Paulo parece “ter sido construída com Legos” ou que “não tem mais fim”. “É incrível”, disse um dos competidores, um bombeiro.
As primeiras provas foram divididas entre aqueles que tinham que tocar percussão com a bateria da escola de samba Vai-Vai, e outros que precisaram construir uma mini-academia com geladeiras, latões cheios de água e outros tipos de peso feitos de sucata. O local da última prova foi a academia Garrido Boxe, debaixo de um viaduto na Mooca. E as estrelas da prova foram os gatos e cachorros vira-latas – muitos deles – que circulavam na academia. Todos ganhando close-ups, mesmo quando se coçavam desesperadamente.
A prova final, com todas as equipes participando, aconteceu no prédio do Instituto Cervantes, na Avenida Paulista. Um participante de cada dupla tinha que limpar (por fora) as janelas do prédio. Se os vidros não tivessem brilhando, os julgadores paulistas diziam “no good” e a limpeza tinha que recomeçar.
O programa terminou no Parque Trianon, também na Paulista, onde o apresentador do “Amazing Grace” e um índio com cocar dizia: “bem-vindo à São Paulo, Brasil”.
O único incidente durante as provas foi provocado por uma cinta de nylon que mantinha os competidores suspensos do lado de fora do prédio na Paulista. Um dos competidores, um investidor financeiro do Bronx, Nova York, que se descreve como “um tipo alfa”, precisou ser atendido por uma ambulância estacionada na calçada da Paulista. Ele machucou o saco ou, como disse sua parceira de prova: “acho que as bolas dele ficaram espremidas.”