Nova York tem três focos de protestos contra Donald Trump

Marcelo Bernardes

Protestos contra Donald Trump acontecem no momento em várias cidades americanas, incluindo Nova York, Los Angeles, Oakland, Chicago, Austin, Boston, Filadélfia e na capital Washington.

Em Nova York, os manifestantes, a maioria jovens, pedem o impeachment do presidente-eleito americano e alguns o chamam de “estuprador” e “homofóbico”. Em um dos cartazes, uma manifestante escreveu: “Tire as mãos da minha xoxota”.

Eles também gritam (alguns com megafone) frases como “vai se foder, Trump”, “vai se foder, Giuliani” (o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, foi um dos poucos republicanos a fazer campanha para Trump); além de “Foda-se, Flórida”, “Foda-se, Indiana”, alguns dos estados americanos em que Hillary Clinton era apontada como favorita, mesmo que com margem pequena.

São três os principais focos de manifestação hoje à noite em Nova York: na rua 59, na frente do hotel Trump Tower, bem na entrada sul do Central Park; na Trump Tower, da Quinta Avenida, onde está o triplex em que Trump mora com a mulher, Melania, e o filho; e na Union Square, no Baixo Manhattan.

Na frente do hotel Trump Tower, os piqueteiros seguram faixas com frases de protestos como “Not My Fucking President” (Não é a porra do meu presidente); “Dump Trump” (Jogue Trump no lixo); “You’re Not My President Fuck You” (Você não é meu presidente, vá se foder); “We Will Not Be Silent” (Não vamos ficar calados); e “Trump: anti-LGBT”.

Na Union Square, algumas das faixas tem frases como “Stop the Hate” (Pare com o ódio); “Solidaridad con los Imigrantes” e “Stop Trump”. Os manifestantes penduram-se em árvores, ficam em pé em muros de proteção e se apoiam numa estátua com a figura do Mahatma Gandhi.

Vários manifestantes estão convocando outras pessoas a fazerem um mega-protesto no dia da posse de Donald Trump, que acontece em 20 de janeiro de 2017.

A polícia de Nova York acompanha os protestos sem intervir, mas os policiais tiveram que fechar um quarteirão inteiro na frente do prédio de Trump, na Quinta Avenida, e criar barricadas no Central Park e Union Square para inibir que os jovens tomem as ruas e dificultem o trânsito já caótico dessas regiões. Depois de fazerem uma espécie de concentração, os manifestantes marcharam pelas ruas de Manhattan em direção ao prédio do presidente-eleito.

Na Union Square, a polícia isolou os manifestantes, evitando que eles tomem as ruas. (Foto: Marcelo Bernardes)
Na Union Square, a polícia isolou os manifestantes, evitando que eles tomem as ruas. (Foto: Marcelo Bernardes)
Trânsito na rua 14 está caótico. (Foto: Marcelo Bernardes)
Trânsito na rua 14 está caótico. (Foto: Marcelo Bernardes)
Manifestantes na Union Square. (Foto: Marcelo Bernardes)
Manifestantes na Union Square. (Foto: Marcelo Bernardes)
Manifestação na entrada sul do Central Park, com o hotel Trump Tower ao fundo. (Foto: Marcelo Bernardes)
Manifestação na entrada sul do Central Park, com o hotel Trump Tower ao fundo. (Foto: Marcelo Bernardes)
"Basta com o ódio", diz faixa de manifestante na entrada do Central Park. (Foto: Marcelo Bernardes)
“Basta com o ódio”, diz faixa de manifestante na entrada do Central Park. (Foto: Marcelo Bernardes)
"Joque Trump no lixo"; "Foda-se" e "Não é meu presidente" são as frases dos cartazes de vários manifestantes. (Foto: Marcelo Bernardes)
“Joque Trump no lixo”; “Foda-se” e “Nunca será meu presidente” são as frases dos cartazes de vários manifestantes. (Foto: Marcelo Bernardes)
O movimento #blacklivesmatter também presente com essa faixa "Judeus apóiam o Black Lives Matter". (Foto: Marcelo Bernardes)
O movimento #blacklivesmatter também presente com essa faixa “Judeus apóiam o Black Lives Matter”. (Foto: Marcelo Bernardes)
Central Park no começo da noite de quarta (9). (Foto: Marcelo Bernardes)
Central Park no começo da noite de quarta (9). (Foto: Marcelo Bernardes)