Lista dos destaques LGBT em 2016 inclui dois brasileiros
A lutadora baiana Amanda Nunes, 28, e o bailarino e coreógrafo amazonense Marcelo Gomes, 37, são os brasileiros que figuram na lista das 100 pessoas mais importantes da comunidade LGBT compilada pela revista norte-americana “Out”, que chega às bancas dos Estados Unidos na sexta-feira (4).
Em entrevista à “Out”, Nunes comemora o fato de ter saído do armário em julho e se tornado a primeira lutadora abertamente gay do UFC. “Isso significa que não preciso nunca mais esconder qualquer coisa. Significa que agora posso amar livremente”, disse a vencedora do cinturão de artes marciais mistas.
Já Gomes, que faz parte do American Ballet Theatre, de Nova York, diz que reconhece o fato de que a dança, apesar de ser um “santuário” e forma de expressão largamente apoiada pela comunidade LGBT, ainda não é vista com os mesmos olhos por muita gente. “Estou constantemente pensando naquelas pessoas que fazem parte de ambientes que não são progressivos e inclusivos, e desejando a elas força e coragem”, diz o brasileiro. Gomes é ainda chamado pela revista de “dínamo da dança”.
A lista dos 100 mais da “Out” em 2016 foi encabeçada por Ellen DeGeneres, eleita a “apresentadora do ano”. O designer de moda e cineasta Tom Ford foi considerado o “artista do ano” e a modelo negra e transgênero Tracey Norman, uma “lenda viva”. A “revelação do ano” foi o ator e cantor nova-iorquino Javier Muñoz, que é soropositivo e recentemente assumiu o papel de protagonista no musical sensação da Broadway, “Hamilton”.
Outros eleitos pela “Out” foram os cineastas Pedro Almodóvar e Ira Sachs (de “O Amor É Estranho), os designers de moda Christian Siriano e Isaac Mizhari, o cantor Rufus Wainwright, os atores Jussie Smollett (da série “Empire”) e Nico Tortorella (do seriado “Younger”), o curador do museu Metropolitan Andrew Bolton, o skatista Brian Anderson e o diretor da campanha presidencial de Hillary Clinton, Robby Mook.
Também aparecem na lista os sobreviventes do ataque terrorista ocorrido em junho na boate gay Pulse, em Orlando, e o nadador tonganês Amini Fonua, que, durante a Rio-2016, denunciou um jornalista do site americano “The Daily Beast” por ter revelado a identidade de vários atletas que usavam o Grindr, aplicativo de encontros gays, na Vila Olímpica.