Ryan Lochte ficou seis dias trancado em casa depois da Rio-2016

Marcelo Bernardes

Ao chegar em Charlotte, na Carolina do Norte, vindo do Rio de Janeiro, onde mentiu sobre um assalto durante as Olímpiadas, o nadador americano Ryan Lochte passou seis dias trancado em casa. O motivo do isolamento foi para evitar repórteres e fotógrafos que estavam de prontidão na porta da casa do atleta, na espera das primeiras imagens e declarações dele. “Não coloquei o pé na rua, nem mesmo para pegar correspondências. Nunca vi tantos veículos de emissoras de TV estacionados na frente do meu jardim”, disse o nadador americano em entrevista publicada hoje (3) no jornal “USA Today”.

Lochte revelou que, dentro de sua casa, começou a pensar num plano para o futuro, já que havia assinado contrato de participação no show de TV “Dancing with the Stars”, e como lidar com suas contas no Twitter e Instagram, repletas de comentários de desaprovação. “A meu ver, eu era a pessoa mais odiada de todos os tempos. Pensei em me esconder durante um ano inteiro”, revelou. Seis dias depois, quando os carros das emissoras de TV deixaram a frente da casa dele, Lochte embarcou para Nova York, onde foi entrevistado pelo jornalista Matt Lauer, da rede NBC, e pediu desculpas pelo ocorrido.

Na reportagem do “USA Today”, Lochte deixa implícito que o incidente no Rio abalou seu relacionamento com amigos do time de natação, inclusive com o nadador Michael Phelps. Lochte revela que telefonou para Phelps, mas não obteve resposta. Então, mandou duas mensagens de sms para o colega. “Ele é ocupado. Ele tem sua própria vida. Ele tem um filho. Então deve ser duro, entende?”, contou o nadador. A declaração de Lochte contraria as de Phelps, que disse para alguns repórteres que havia entrado em contato com o amigo e estava “dando uma força” para ele. O jornal diz que Lochte “encerrou” com seus pedidos de desculpas pelo incidente na Rio-2016.