Jornal New York Times apresenta queda na publicidade digital
O New York Times, um dos jornais norte-americanos pioneiros no novo modelo da publicidade digital para sua plataforma on-line, apresentou uma queda de 7% nos negócios executados por este setor, que representa um terço da receita publicitária do jornal. Na quinta (28), o Times anunciou que fechou o segundo trimestre de 2016 com faturamento de US$ 45 milhões na área digital. Trata-se do segundo trimestre consecutivo que a publicação experimenta um desaquecimento no setor. Na edição impressa, a baixa no número de anúncios foi de 14%.
Por outro lado, e também pelo segundo trimestre consecutivo, a companhia comemorou acréscimo no número de suas assinaturas digitais. Um total de 51 mil delas foram feitas, elevando o número total para 1.2 milhões de assinaturas. Trata-se de um aumento de 25% se comparado com o mesmo período em 2015. Já em sua edição impressa, o jornal apresentou queda de 6% em sua circulação no trimestre. A massuda edição de domingo do jornal caiu 4%. Durante o mês de junho, o Times teve 126 milhões de visitantes únicos. Cerca de 20% desse tráfego veio de leitores não-assinantes do matutino.
O faturamento geral do New York Times caiu em 3% no segundo trimestre de 2016, de US$ 383 milhões para US$ 373 milhões. Segundo Mark Thompson, chefe-executivo da companhia, essa queda deve-se sobretudo ao encerramento das atividades de serviços de edição e layout que eram executados em Paris, França. Os gastos com rescisão de contratos trabalhistas e outros custos operacionais na capital francesa somaram uma perda de US$ 12 milhões para os cofres da empresa.
Segundo reportagem do próprio Times, o jornal vem intensificando seu enfoque no setor digital, investindo “agressivamente” no Facebook Live, serviço que transmite eventos ao vivo nos news feeds, tendo produzido, só neste trimestre, cerca de 400 vídeos. O jornal é otimista em relação ao digital. Espera que, até 2020, irá dobrar seu faturamento no setor, chegando aos US$ 800 milhões.