Filhos de Trump não vão poder votar no pai nas prévias de NY

Marcelo Bernardes

Um grande “oops” familiar. Ivanka e Eric Trump, filhos do pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump, não vão votar no próprio pai durante as primárias do estado de Nova York, que acontecem no próximo dia 19. Tudo porque eles esqueceram de registrar seus nomes como filiados do partido que apóiam,  o que é exigido para poder votar no lado republicano, democrata ou independente em alguns estados americanos. Donald Trump Jr., o filho mais velho do empresário, vai poder votar, pois já é registrado como republicano. Trump tem ainda mais dois filhos: a estudante Tiffany não tem sua afiliação partidária revelada e, o caçula Barron, filho do empresário com a ex-modelo eslovena Melania, tem apenas dez anos de idade.

O deslize foi considerado por oponentes de Trump e pela mídia política como um sinal da desorganização da campanha do empresário. E o próprio Trump não ajudou muito a sossegar a situação. Em entrevista concedida nesta segunda (11) ao programa de TV “Fox & Friends”, o candidato confirmou a notícia, dizendo que os filhos “não estavam cientes das regras”. “Eles não se registraram a tempo. Então, eles estão se sentindo muito, muito culpados”. E brincou: “Sim. Sem mesada agora!”

Ivanka, na verdade, sabia das regras. A filha de Trump gravou várias mensagens de campanha para o pai, pedindo a eleitores de estados como Carolina do Norte e Havaí, por exemplo, que registrassem sua filiação partidária para poderem votar. “É muito fácil de se registrar”, disse Ivanka em vídeo (ver no fim do post).

Imagem da empresária Ivanka Trump em vídeo que pede para eleitores se registrarem para poder votar. (Foto: Reprodução)
Imagem da empresária Ivanka Trump em vídeo que pede para eleitores do estado de Iowa se registrarem para poder votar. (Foto: Reprodução)

Falta de voto dos familiares não vai prejudicar o candidato. Uma nova pesquisa da rede NBC com o Wall Street Street e o instituto Marist revela que Trump tem mais da metade da intenção dos votos nas prévias eleitorais de Nova York. Trump está em primeiro lugar com 54%, seguido de John Kasich, 21%, e Ted Cruz, na rabeira com 18%, principalmente depois de ter se transformado no inimigo número 1 de Nova York, ao criticar, em janeiro, os valores liberais dos eleitores do estado.

Do lado democrata, a mesma pesquisa aponta a ex-secretária de Estado Hillary Clinton com boa vantagem sobre o senador por Vermont Bernie Sanders, respectivamente com 55% e 41% da intenção dos votos.