TVs passam a identificar Brasil como principal fonte do zika
“Uma manchete alarmante hoje sobre o vírus zika.” Foi assim que o âncora David Muir, do telejornal “ABC World News”, da rede norte-americana ABC, anunciou na noite desta terça (26) a confirmação oficial do 18o. caso do vírus nos Estados Unidos (no estado do Arkansas) e o anúncio de que o Centro de Controle de Doenças dos EUA (o CDC) acrescentou a República Dominicana e as Ilhas Virgens Norte-Americanas na lista de áreas da América Central e América do Sul que as mulheres grávidas devem evitar. Essa lista agora é composta por 24 países e territórios internacionais. “A gente, infelizmente, está recebendo ligações de mulheres grávidas todos os dias”, disse a Dra. Jennifer Wu, ginecologista do hospital Lennox Hill, de Nova York, à reportagem do jornal.

Todos os principais noticiários do horário nobre da TV americana tiveram reportagens nesta terça sobre o vírus zika, e todos apontaram que o principal foco de contaminação é o Brasil. “São mais de um milhão de casos somente no Brasil”, disse o Dr. Jon Lapook, correspondente-chefe de assuntos de Saúde do noticiário “CBS Evening News with Scott Pelley”, da rede CBS. Ao explicar que todos os 18 casos oficiais nos Estados Unidos são de mulheres grávidas que viajaram para os países que lidam com a epidemia do zika, o âncora Pelley quis que o médico explicasse aos espectadores como o vírus pode se propagar no país. “Um mosquito infectado pica alguém, vamos dizer, no Brasil. Essa pessoa viaja para os EUA. O vírus fica na corrente sanguínea por sete dias. Essa pessoa é picada novamente, dessa vez, por um mosquito não infectado. E ai você tem o começo da propagação do vírus”.

O jornal “ABC World News” mostrou uma foto “cartão postal” do Rio de Janeiro, explicando de que se trata do país que sedia as Olimpíadas, e uma imagem do exército brasileiro. “O Ministério da Saúde no Brasil está colocando 220 mil soldados nas ruas para combater o mosquito Aedes aegypti, culpado por ter propagado o vírus”, explicou o repórter. Os noticiários também deram a notícia, divulgada essa semana, de que a companhia aérea United Airlines e a operadoras de cruzeiros Carnival vão restituir o valor das passagens de avião e navio para todas as mulheres grávidas que tinham viagens marcadas para os países afetados e que queiram cancelá-las.
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