“Quantico”, nova série que a rede ABC começou a exibir aos domingos, é um dos mais promissores programas da nova temporada de outono da TV americana. Trata-se de uma espécie de “Homeland” ultralight com elenco de sete jovens bonitões e trama com suspense suficiente para fazer o telespectador procurar pelos episódios seguintes.

O seriado é contado em flashbacks. Nove meses depois de um grupo de cadetes passar 20 semanas na sede da treinamento do FBI, em Quantico, estado da Virginia, um deles pode ser o terrorista que armou o “pior ataque em solo americano após 11 de setembro de 2001”.

Assim como em “Blindspot”, outro novo seriado (este da CBS), o ato terrorista de “Quantico” é contra a cidade de Nova York. Uma bomba (o ataque não é mostrado) explode na Grand Central Station, zona central da cidade. Alex Parrish, uma das recrutas do FBI surge na abertura do seriado, levantando-se, sem arranhão nenhum, dos escombros deste novo “marco zero”.

Alex, que logo passa a ser a principal suspeita, é interpretada pela atriz indiana Priyanka Chopra. No showbiz americano, o nome dela não significa nada, o que explica a maçica campanha de promoção que o departamento de imprensa da rede ABC vem fazendo dela na imprensa. Em Bollywood, porém, Priyanka é uma espécie de Angelina Jolie. Aos 33 anos e com 40 filmes em seu currículo, essa ex-vencedora do concurso Miss Mundo (em 2000), é a atriz mais bem paga na Índia. Ela também já ganhou um Prêmio Nacional do Cinema, equivalente ao Oscar de melhor atriz.

“Quantico” é um projeto de Joshua Safran, produtor dos seriados-folhetinescos “Smash” e “Gossip Girl”. O “template” (molde) aqui é “How to Get Away with Murder”, série da roteirista Shonda Rhimes, estrelado por Viola Davis.

O grupo de jovens bonitões tem passado carregado de dramas ou fortes ideologias políticas (uma recruta perdeu os pais num dos aviões que explodiram durante o 11/9; outro é um judeu anti-sionista). Eles também se antagonizam, para, após dez minutos, tratarem de suas diferenças na cama. Priyanka já tem uma cena de sexo, com um dos cadetes, logo na primeira parte da série – para depois evitá-lo até o final.

Assim como nos elencos dos seriados de Shonda Rhimes, o elenco apresenta diversidade racial. Entre o grupo dos cadetes, existe uma muçulmana (Yasmine Al Massri) e um jovem judeu gay (Tate Ellington), mas latinos ou negros são inexistentes.