Los Angeles ganha museu gratuito de arte contemporânea
Duas companhias do empresário e filantropista Eli Broad, de 83 anos, figuram entre as 500 maiores dos Estados Unidos. Segundo a revista Fortune, o patrimônio dele está avaliado em US$ 7.4 bilhões. Mas não são só as revistas especializadas em finanças que prestam atenção nos negócios de Broad. As de arte também estão ligadas em cada passo de Broad e da esposa dele, Edythe.
Os Broad são donos de uma das maiores (e mais respeitadas) coleções de arte moderna do mundo, avaliada em US$ 2.2 bilhões e representada por um “who’s who” (quem é quem) da arte pós Segunda Guerra e contemporânea que inclui, entre outros 200 nomes, Jean-Michel Basquiat, Jeff Koons, Robert Longo, Cindy Sherman, Roy Lichtenstein, Andy Warhol e Jasper Johns.
A coleção particular da Broad Art Foundation (Fundação de Arte Broad) estará agora disponível ao público de todo mundo (e gratuitamente) à partir de domingo, quando o novíssimo museu The Broad abre suas portas em Los Angeles. Situado no centro da cidade – adjacente a Walt Disney Concert Hall, a casa de espetáculos criada pelo arquiteto Frank Gehry, e de frente para o Museu de Arte Contemporânea -, o The Broad é um projeto de US$ 140 milhões desenvolvido pela companhia de arquitetura Diller Scofidio + Renfro, com sede em Nova York.
O conceito do projeto é descrito por seus criadores como “véu-e-cofre”. Um exoesqueleto em formato de colméia, feito de concreto branco, cobre a fundação em estilo caixa-forte. As 2 mil peças de arte do acervo da fundação estão distribuídas numa area que equivale a um campo de futebol, com 4.700 metros. Todo o interior do museu tem area de 11.100 metros e inclui um anfiteatro e biblioteca.
O casal Broad queria que o enfoque da entidade cultural fosse o menos institucional possível. O museu não cobra entrada, por isso, será desprovido de bilheterias. As únicas caixas registradoras do local serão as de mini-lojinhas de souvenir. O guichê central de informações será inexistente, assim como seguranças em cada seção do museu.
O museu terá funcionários qualificados para responder a qualquer pergunta e também manter o olho no acervo, de maneira menos desaprovadora. Eles vão usar roupas normais, do próprio guarda-roupa deles, mas na cor preta.
Isso é permitido porque os Broad vetaram a construção de lanchonete e restaurante no local, assim ninguém terá que se preocupar com refrigerante e comida no chão e, o espaço que seria dedicado às cozinhas, foi aproveitado para abrigar mais obras de arte. Também haverá menos chances de alguém trombar contra uma obra de arte moderna por causa de uma multidão se aglomerando em certas galerias. O museu vai permitir a entrada de apenas 400 pessoas por hora.
Reservas não são mandatórias para se entrar no museu. Mas, para evitar ficar na fila em certos horários de maior demanda, a organização aconselha que se faça uma reserva para um horário específico no site do museu.