Na TV, Hillary Clinton finalmente pede desculpas e diz sentir a falta da mãe

Marcelo Bernardes

Hillary Clinton, pré-candidata do Partido Democrata para disputar o cargo de presidente dos Estados Unidos, usou esta terça-feira, que marca (não-oficialmente) o fim do verão americano e a volta ás aulas, para fazer grandes reparos em sua campanha. Hillary vem perdendo cada vez mais pontos nas pesquisas de intenção dos votos por conta de um de seus principais escândalos, o de ter usado uma conta de email particular (e não o servidor da Casa Branca) para mandar mensagens profissionais, algumas de caráter secreto.

Como estratégia, Hillary concedeu uma entrevista exclusiva a David Muir, âncora do telejornal “World News Tonight with David Muir”, da rede ABC. Na conversa, Hillary, pela primeira vez, pediu desculpas por usar seu email particular quando era Secretária de Estado do governo Barack Obama. A candidata usou o “sinto muito” duas vezes e ainda admitiu que a decisão foi um erro.

O eleitor americano quer que seus candidatos peçam desculpas pelo erros cometidos. E Hillary repara, assim, a imagem de fria que vinha mantendo a respeito da polêmica, divulgada com exclusividade, em março, pelo jornal “The New York Times”.

Hillary Clinton fica com os olhos marejados ao falar sobre a mãe em entrevista excluiva hoje á noite a rede ABC. (Foto: Reprodução)
Hillary Clinton quase chorou ao falar sobre a mãe em entrevista exclusiva hoje á noite a rede ABC. (Foto: Reprodução)

De bônus, ela teve um momento “olhos marejados”, e que irá ajudar muito a quebrar a imagem de durona da candidata, ao responder a uma pergunta de Muir sobre que frase da mãe dela, falecida em 2011, reverbera em sua mente.

“Minha mãe teve um péssima infância. Ela foi abandonada pelos pais, rejeitada pelos avós. Ela literalmente trabalhava como doméstica aos 14 anos. E ela costumava me dizer todos os dias: ‘levante e lute pelo que acredita, não importando o quanto difícil seja’”. Hillary disse sentir muito a falta da mãe e que pretende lutar por gente como ela. “(Como presidente) eu não quero lutar por mim, quero lutar para pessoas como minha mãe que precisam de alguém do lado delas.”