Nova York se prepara para receber o sucessor de David Letterman
Os anúncios da estreia do programa Late Show, do apresentador Stephen Colbert, estão por todas as partes em Nova York. Na rodoviária, nos quiosques de telefones que ainda resistem, em ônibus, no topo dos táxis amarelos, em outdoors ao lado da loja Macy’s ou no Times Square. Difícil não topar com um.
Colbert, que, na terça-feira, dia 8, assume o posto deixado por David Letterman, o último dos gigantes do gênero dos talk shows de fim de noite da TV americana, precisa de toda propaganda possível. Apesar de ser um darling da crítica há anos e mais cerebral e politicamente engajado que Letterman, ele não é um nome popular como seu antecessor. O novo Late Show, da rede CBS, também será gravado (quatro vezes por semana) em Nova York.
Em seu primeiro programa na terça, Colbert vai entrevistar o ator George Clooney (o primeiro a confirmar presença, em julho) e também Jeb Bush, um dos candidatos republicanos que pleiteam vaga para representar o partido na disputa da presidência dos Estados Unidos. Colbert, que tem uma equipe de 200 pessoas e apareceu na capa da revista Time na semana passada, também vem a ser o único apresentador da TV a ser católico declarado – e devoto. Por dois anos, ele deu aulas dominicais de religião numa igreja de Nova Jérsei. Seus métodos, no entanto, não era nada ortodoxos: ele tocava guitarra nas aulas e encenava games shows religiosos. Ele também instituiu a Missa Sundae, um trocadilho com o nome da sobremesa com a palavra Sunday, domingo em inglês. O serviço dominical, naturalmente, terminava com bastante sorvete com cobertura.