Desde 2010 polícia dos EUA gastou R$ 5 bi para indenizar vítimas de violência
O “Wall Street Journal” informou que os 10 maiores departamentos municipais de polícia dos Estados Unidos gastaram, juntos e desde 2010, o valor de U$ 1.4 bilhões (ou R$ 5 bi) em acordos indenizatórios para famílias de pessoas assassinadas pela polícia e para cidadãos agredidos por policiais.
Mais de U$ 1 bi (cerca de R$ 3 bi) foram para vítimas de brutalidade policial e injustamente presas.
A cidade de Nova York teve que desembolsar U$ 600 milhões (R$ 2 milhões) e aparece como a recordista nesse tipo de acordo e em violência policial.
Pelo mundo inteiro polícias cada vez mais militarizadas e violentas deixam de proteger e servir para se tornar uma ameaça à população, especialmente àquela parte considerada excluída, ou seja: a parcela mais pobre e oprimida.
Em 2015, segundo texto da Reuters, houve 490 assassinatos de pessoas pela polícia americana. Desses, 138 eram negros – ou 30% (um número que choca quando sabemos que menos de 15% da população americana é negra).
Nos últimos 35 anos, ainda segundo a Reuters, a população carcerária nos Estados Unidos aumentou de 300 mil para 2.3 milhões, sendo que metade é negra.
Exatamente por isso ativistas e movimentos sociais, especialmente o #blacklivesmatter, começam a pedir atenção para aquilo que chamam de “criminalização da pobreza e de raça”.