A guerra-fria entre EUA e China chega ao Waldorf Astoria, em Nova York

Milly Lacombe

Depois de anos usando o luxuoso Waldorf Astoria para se hospedar quando em Nova York, o Departamento de Estado Americano anunciou que não irá mais fazer uso das instalações.

O motivo alegado oficialmente é, para dizer o mínimo, curioso: como o hotel foi comprado por uma corporação chinesa (por 2 bilhões de dólares), os diplomatas americanos não se sentem mais seguros ali dentro.

“Os quartos de hotel ( incluindo salas de reunião), escritórios, carros, taxis, telefones, acesso à Internet e máquinas de fax poderão ser monitorados no local ou remotamente, e objetos de uso pessoal nos quartos do hotel, incluindo computadores, podem ser revistados sem o seu consentimento ou conhecimento”, diz a nota oficial.

Claro que a razão oficialmente divulgada, vinda do país que monitora há anos todos os cidadãos do mundo, é um deboche. O que o governo americano pretende com a ação é dar uma bofetada moral e pública nos chineses.

Tudo fica muito claro quando a nota oficial diz que a diplomacia americana passará a usar o New York Palace Hotel. O que a nota não diz é que o New York Palace pertence ao Lotte Group, que é uma corporação de sul-coreana.