Em Nova York, a desigualdade social mostra suas garras
No dia 21 de maio, uma escola no bairro do Queens, em Nova York, promoveu um dia de diversão entre os alunos para dar início às férias de verão. A fim de conseguir organizar a festança, que teria escorregador, pula-pula, jogos, comida e bebida, a direção da escola precisou cobrar 10 dólares de cada família. Houve algum estranhamento já que a bagunça seria feita em horário letivo, mas nada que pudesse interromper o evento. Segundo o “New York Post”, que trouxe a história, 900 estudantes pagaram os 10 dólares exigidos, mas 100 estudantes não puderam pagar porque suas famílias simplesmente não tinham o dinheiro extra.
Como a festa aconteceu em horário letivo, a direção da escola achou por bem trancar os “não-pagantes” no auditório, de onde poderiam escutar a bagunça lá fora e ao mesmo tempo permanecer impedidos de participar.
As crianças excluídas da festa eram em sua maioria filhas de imigrantes chineses que trabalham por salário mínimo e moram em condições deploráveis, muitas vezes amontoados em pequenos apartamentos na região.
Segundo o economista Richard Wolff, que repercutiu o ocorrido em seu programa semanal de rádio, a diretora da escola, quando confrontada pela decisão que tomou, explicou que deixar que os não-pagantes participassem da festa seria injusto com aqueles que pagaram.
O caso agora está sendo investigado pelo departamento de educação.