Nariz de Barbie e tratamento “Beyoncé” são sucesso na Coréia do Sul
Recado da reportagem sobre cirurgia plástica da última edição da revista The New Yorker: “Brasil, se você quiser o título (de o país que mais executa plásticas), você vai precisar levantar um pouco mais de traseiros”.
Em longo artigo escrito pela jornalista e escritora Patricia Marx, para a edição-temática de Estilo da revista (o renascimento das sandálias Birkenstock também é abordado na edição), a obsessão da Coréia do Sul pelas plásticas parece não ser ofuscada por nenhuma outra nação. Segundo a reportagem, o país tem o maior índice per capita de operações do tipo no mundo. Entre um quinto e um terço da população coreana já passou pela faca. Entre os homens, 15% deles já tiveram alguma intervenção cosmética executada.
No bairro chique de Gangnam, o Beverly Hills de Seul, clínicas de nomes sugestivos como “Rosto Pequeno”, “Cinderela”, “Nariz Mágico” recebem clientes locais e uma legião de turistas asiáticos, na grande maioria vindos da China. Um costume muito comum entre pais na Coréia do Sul é dar de presente para as filhas, quando elas se formam no colegial, uma plástica no nariz. Em certas clínicas, o procedimento cirúrgico foi batizado de “Rinoplastia Nariz-de-Barbie”. Uma clínica chega a chamar o procedimento de clareamento da pele de “Beyoncé”.
Mas o tipo de cirurgia mais popular em Seul, e que leva apenas 15 minutos para ser feita, é a blefaroplastia, para fazer o olho aparentar maior. (Leia post abaixo sobre a exposição da artista Laurie Simmons, mãe da atriz Lena Dunham, que faz uma crítica à obsessão das mulheres pelo “look boneca”)
Nem todas as coreanas tem problemas com pés-de-galinha ou necessitam de Botox na testa. Um cirurgião explica à revista: “Asiáticas não têm muitas rugas porque elas não levantam a sombrancelha, pois é considerado um costume rude”.
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