Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rua de NY que ficou famosa com ‘Sex and the City’, entra em declínio http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/21/rua-de-ny-que-ficou-famosa-com-sex-and-the-city-entra-em-declinio/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/21/rua-de-ny-que-ficou-famosa-com-sex-and-the-city-entra-em-declinio/#respond Sat, 22 Apr 2017 01:50:31 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-21-at-9.46.05-PM-180x135.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6445 O comércio da Bleecker Street, rua do bairro do West Village, em Nova York, que virou destino para lojas de grifes de luxo depois do sucesso do seriado “Sex and the City” e da chegada da grife Marc Jacobs num de seus quarteirões mais disputados, pode estar mostrando seus primeiros sinais de declínio.

A última loja de roupas Marc Jacobs, de um total de três, que ainda estava em funcionamento na rua fechou suas portas no final de março. A grife agora só é representada no local por meio da livraria BookMarc. Uma volta pelo local mostra que 19 estabelecimentos comerciais, onde funcionavam lojas, restaurantes e floriculturas, estão vazios com grandes sinais de aluga-se em suas portas e fachadas.

Após 16 anos em atividade, loja Marc Jacobs, outro símbolo da Bleecker Street, fechou suas portas em março. (Foto: Marcelo Bernardes)

A culpa da grande debandada é dos altos aluguéis ainda praticados na rua, apesar de locatários estarem saindo do local desde 2015. O preço médio do aluguel de um metro quadrado na Bleecker Street varia entre US$ 6.400 a US$ 7.450 (ou R$ 20.200 a R$ 23.400).

No Meatpacking District, outro bairro da moda que ganhou uma mãozinha de “Sex and the City”, a média de um metro quadrado sai mais em conta, entre US$ 3.200 a US$ 6.400 (R$ 10 mil a R$ 20.200). Não é à toa que o comércio de luxo e restaurantes sofisticados se multiplicaram no Meatpacking, que fica a dez quarteirões da Bleecker Street. Principalmente depois da chegada do museu Whitney e da loja da Apple.

Duas lojas, de um total de 19, vagas na Bleecker Street. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A Bleecker Street foi imortalizada em um episódio de Sex and the City, em 2000, no qual as personagens Carrie Bradshaw (interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker) e Miranda (Cynthia Nixon) comem um cupcake da Magnolia Bakery, sentadas num banco da frente da doceira.

 

Cena da terceira temporada de Sex and the City, em 2000, na qual Miranda (Cynthia Nixon) e Carrie (Sarah Jessica Parker) provam cupcakes na frente da Magnolia Bakery. (Foto: Divulgação)

O banco não existe mais, mas a peregrinação à loja – que nem mais produz o melhor cupcake de Nova York (esta distinção cabe, entre outras doceiras, a Billy’s Bakery) – continua ao local, com vários ônibus com turistas estrangeiros e de outros estados americanos fazendo uma parada no local durante os finais de semana. Foi Sarah Jessica Parker quem escolheu a locação, por morar a três quarteirões de distância e de ter frequentado o local antes do pandemônio que a própria viria a criar.

A fama da Bleecker Street continuou, um ano mais tarde, com a chegada de três lojas Marc Jacobs. A pioneira delas, e que acabou de fechar suas portas, estava em funcionamento desde 2001. As outras lojas da grife, Marc by Marc Jacobs e Marc Jacobs Men fecharam suas portas respectivamente em 2015 e 2016. Outras marcas famosas que deixaram o local foram a Mulberry, Brooks Brothers Black Fleece e Compton des Cotonniers. A primeira loja Marc Jacobs em Nova York, na Mercer Street, no bairro do SoHo, continua em funcionamento.

Entre as lojas ainda presentes na Bleecker Street estão a Maison Margiela, Intermix, Seven For All Mankind, Nars, Burberry, Gant e Paul Smith. Uma loja pop-up, de permanência limitada, das Havaianas abriu na Bleecker Street no ano passado.

Loja pop-up das Havaianas enfrenta os altos aluguéis da Bleecker Street desde o ano passado. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

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Patricio Bisso diz que Joan Crawford está meiga em ‘Feud’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/patricio-bisso-diz-que-joan-crawford-esta-um-pouco-meiga-em-feud/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/patricio-bisso-diz-que-joan-crawford-esta-um-pouco-meiga-em-feud/#respond Fri, 31 Mar 2017 17:49:39 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-31-at-1.17.36-PM-180x120.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6247 A página do ator, figurinista e ilustrador argentino Patricio Bisso no Facebook é como um desfile de estrelas antigas de Hollywood, organizado pelo canal Turner Classics Movies, e com cobertura jornalística feita pelos escritores da revista Mad. Imagens de Ava Gardner, Humphrey Bogart, Mae West, Bette Davis, Sophia Loren e Carmem Miranda são ardilosamente reproduzidas com trocadilhos, jogos de palavras e observações engenhosas.

 

Post recente de Bisso. (Foto: Reprodução)

 

Sobra também espaço para gatos e esquilos, Bill Gates e Steve Jobs, e muitos rapazes sarados. “Venho me dedicando de corpo e alma ao Facebook, e capricho nas postagens como se elas fossem um show”, disse Bisso ao blog. Ele também começou a escrever sua biografia. “As pessoas reclamam que querem, mas tenho um memória fraca”, zomba.

Com o sucesso da série de TV “Feud: Bette and Joan”, que acompanha a rivalidade de bastidores entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, antes e depois da elas filmarem o clássico “O que Terá Acontecido a Baby Jane?” (1962), o blog pediu para Bisso comentar sobre o programa criado por Ryan Murphy. No Brasil, “Feud” é exibido aos domingos, às 22h, no Canal Fox Premium.

 

Patrício Bisso, fotografado em Hollywood, em 1987, por Albert Sanchez. (Foto: Cortesia)

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O que achou da série ‘Feud’? Concorda com a escalação de Jessica Lange e Susan Sarandon para interpretarem respectivamente Crawford e Davis?

Patricio Bisso – Tenho achado a série muito boa, uma verdadeira ‘American Horror Story’. A escolha das atrizes foi ótima. Além de serem parecidas, gosto do jeito de atuar das duas. A Jessica foi uma surpresa. Depois de ver a caracterização dela como Joan Crawford, não consigo imaginar em ninguém mais para o papel. Somente acho que ela é um pouco meiga e boazinha. Mas imagino que a Joan, naquela altura do campeonato, estava mais calma. Já La Sarandon, sempre achei que ela era a cara da Bette. Uma vez disso isso para o Raul Julia, que tinha acabado de rodar um filme com ela (“Posições Comprometedoras”, 1985). Mas ele achou a conversa muito de bichinha e, dando uma de machão, disse “não sei com quem ela se parece, só sei que ela tem uns peitões deeeeste tamanho!”

 

Quem saiu vencedora dessa famosa briga, Davis ou Crawford?

Bisso – Bette definitivamente leva as palmas. Ter a coragem de se transformar numa velha artista de kabuki, não é para qualquer um, não. Mas a Joan continuou trabalhando. Não eram filmes que mereciam uma estrela como ela, mas acho que o que ela queria mesmo era continuar na ativa. “O que Terá Acontecido a Baby Jane” é o melhor filme que elas poderiam ter feito juntas. Joan a eterna masoquista, e Bette, a sádica hors-concours.

Susan Sarandon e Jessica Lange interpretam Bette Davis e Joan Crawford em “Feud”. (Foto: Divulgação)

 

Qual das duas atrizes você descobriu primeiro?

Bisso – Não consigo me lembrar qual foi o primeiro filme delas que eu assisti. Na verdade, eu só tinha olhos para a Julie Andrews.

 

Os figurinos da série parecem corretos?

Bisso – Sim. As roupas que elas usam no dia-a-dia, dentro de casa, são exatamente como eu poderia imaginar que elas se vestiriam. Mas hoje em dia é difícil alguém fazer roupas erradas. As reconstruções de época estão ficando cada vez melhores.

 

Em determinada cena da série, Bette Davis critica o estilo conservador de Joan Crawford de se vestir, “aconselhando-a” a abrir mão das ombreiras.

Bisso – Mas quando alguém se acostuma com a ombreiras, é difícil ficar sem elas. Gostei da cena em que elas vão jantar na casa da Hedda (a colunista Hedda Hopper): a Joan está de ombreiras. Discretas, mas ombreiras de qualquer maneira. As ombreiras dos anos 80 são medonhas, mas o ombro marcado do final da década de 30, eu acho divino.

 

Por falar em Hedda Hopper, qual das mais famosas colunistas sociais de Hollywood você prefere: a Hedda ou a arqui-inimiga dela, a Louella Parsons?

Bisso – Só pelo fato dos chapéus extravagantes terem virado sua marca registrada, sou mais Hedda. Louella era mais fofoqueira, e a Hedda era venenosa mesmo!

 

A atriz inglesa Judy Davis como a colunista de Hollywood Hedda Hopper. (Foto: Divulgação)

 

A série mostra outras estrelas de Hollywood como Olivia de Havilland (interpretada por Catherine Zeta-Jones) e Joan Blondell (Kathy Bates). O que achou delas?

Bisso – Bem fraquinhas. Mas como o público em geral não as conhecem muito, não fica comprometedor. O detalhe de as duas estarem usando caftãs deve ter vindo de alguma entrevista que deram. Uma atriz antiga, nos anos 70, adorava um caftã.

 

Sua página no Facebook é uma bem humorada enciclopédia da ‘old Hollywood’. Qual foi uma estrela cujo estilo você sempre admirou e quais as que você não vai com a cara?

Bisso – Sempre achei a Kay Francis o máximo. Da era antiga, não detesto nenhuma. Até as mais cafoninhas eram engraçadas. Mas as de agora, nem se comparam. Detesto todas as Jennifers: a Jennifer Lawrence, a Jennifer Aniston e a Jennifer Hudson. Elas fazem filmes passáveis.

 

E quais as estrelas de hoje apresentam glamour das antigas?

Bisso – Estou torcendo por Scarlett Johansson. Acho que ela tem a sensualidade das antigas. E a Cate Blanchett tem um nariz esquisito, mas é tão boa que a gente perdoa.

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Abaixo alguns dos posts recentes de Bisso

 

 

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Revista ‘EW’ revela alguns segredos da volta de ‘Twin Peaks’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/24/revista-ew-revela-alguns-segredos-da-volta-de-twin-peaks/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/24/revista-ew-revela-alguns-segredos-da-volta-de-twin-peaks/#respond Fri, 24 Mar 2017 06:32:13 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-24-at-1.55.22-AM-143x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6127 Após 25 anos da estreia de “Twin Peaks”, o diretor e co-criador da série mais cultuada da TV americana, David Lynch, 71, revisita um dos maiores sucessos de sua carreira. O canal Showtime exibe, a partir do dia 21 de maio, o novo revival da série, que vem embalado por muito mistério. Com acesso exclusivo ao diretor e seu famoso elenco, a revista “Entertainment Weekly” desta semana, que chegou às bancas americanas hoje (24), criou três capas diferentes para colecionadores. Uma delas só está disponível na livraria Barnes & Noble.

Sheryl Lee, David Lynch, Kyle MacLachlan e Sherlyn Fenn em uma das capas da “EW” (Foto: Reprodução)

Na entrevista, Lynch explica que quis voltar a explorar o universo da personagem Laura Palmer (interpretada por Sheryl Lee) porque ele “adora” aquele mundo e as pessoas dele. Mas o diretor se recusou a confirmar pequenos detalhes como se a obsessão dos personagens, pra lá de fetichista, por gulodices do desjejum, como café, donuts e torta de cereja, voltam com força total. Pelo menos, na capa da EW, Lynch aparece fumando ao lado de seis donuts. “É muito bonito quando você entra em outro mundo sem saber as coisas que vai encontrar”, disse Lynch à revista sobre o clima de mistério.

Lynch desdenha o termo “episódio” e chama seu “Twin Peaks” 2.0 de “um filme em 18 capítulos”. O diretor também não confirma se os atores originais da série estão reprisando os mesmos papéis. A exceção é que Lynch já havia dito oficialmente que Kyle MacLachlan volta como o agente do FBI, Dale Cooper.

As outras duas capas. A primeira, vendida só na Barnes & Noble, reúne Wendy Robie, Everett McGill e James Marshall; a segunda é com Mädchen Amick, Dana Ashbrook e Peggy Lipton. (Foto: Reprodução)

Mas fotos da série liberadas para a “EW” mostram que muitos dos atores voltaram usando as mesmas roupas de seus personagens originais e trabalhando ou morando nos mesmos cenários. Como são os casos das balconistas do restaurante Double R, Shelly (Mädchen Amick) e Norma (Peggy Lipton); dos agentes do FBI, Gordon (interpretado por Lynch) e o parceiro irascível dele, Albert (Miguel Ferrer, que morreu recentemente); e a telefonista Lucy (Kimmy Robertson) e o guarda – e namorado dela – Andy (Harry Goaz). Até a agente transgênero do FBI, Denise Brown (interpretada por David Duchvony em drag) parece estar de volta.

David Duchovny pode estar interpretando a agente transgênero do FBI, Denise Brown (Foto: EW/Showtime)

O novo “Twin Peaks” conta com a participação de 217 atores. Alguns são novatos na trama, como Jennifer Jason Leigh, Michael Cera e Tim Roth. Outros, nunca apareceram na série, mas já haviam participado do universo lynchiano como Naomi Watts (de “Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos”, “Rabbits” e “Império dos Sonhos”) e Laura Dern (“Veludo Azul”, “Coração Selvagem” e “Cidade dos Sonhos”).

Lançada em 8 de abril de 1990 pela rede ABC, “Twin Peaks” virou um fenômeno cultural nos Estados Unidos e ao redor do mundo, especialmente em sua primeira temporada. A série teve 30 episódios e durou 14 meses. A metade da segunda temporada foi um desastre. Lynch e seu co-parceiro, David Frost, 63, tiveram que sucumbir à pressão da rede ABC e revelaram a identidade do assassino de Palmer logo no começo da segunda temporada. A resolução do crime afetou a criatividade de ambos os criadores. A trama ficou frouxa, os espectadores perderam o interesse, a audiência caiu miseravelmente, quase dando traço, e a série foi cancelada pela ABC.

David Lynch e Miguel Ferrer, que morreu recentemente, parecem que estão reprisando os agentes do FBI da série, respectivamente um com problemas auditivos e outro um áspero estraga-prazeres. (Foto: EW/Showtime)

Sobre a volta de Lynch em “Twin Peaks”, o ator James Marshall, que interpretou James Hurley, namorado secreto de Laura Palmer, disse que “é como Jimi Hendrix voltando para um jam session”.

Sherilyn Fenn, que interpretou Audrey Horn, a femme fatale que dava nó no cabo de cereja usando apenas a língua, disse que estava jantando com amigos, quando recebeu um SMS de Lynch sobre o retorno. “Gritei, me constrangi toda e corri para fora como se fosse uma louca”, explicou ela à “EW”.

Lynch, porém, não tinha o número de telefone de todos seus atores. Ele havia perdido contato com Everett McGill, que interpretou Big Ed Hurley, o marido da Nadine, que usa o tapa olho. Quem acabou ajudando o diretor, passando o contato, foi um seguidor de McGill no Twitter.

Segundo a EW, Lynch, no momento, está rodando a última parte da série com dois colaboradores fiéis, o editor Duwayne Dunham e o compositor Angelo Badalamenti.

Em maio, a EW vai lançar, via iTunes, um podcast semanal com debate e análises ao final de cada parte da nova série.

Outro par sem confirmação: a telefonista Lucy (Kimmy Robertson) e o policial desastrado Andy (Harry Goaz) (Foto: EW/Showtime)
As muy “amigas” e os namorados de Laura Palmer: em sentido horário, começando do alto: Sherilyn Fenn, James Marshall, Dana Ashbrook e Mädchen Amick. (Foto: Reprodução)

 

Lynch, por Marc Hom, para a “EW” (Foto: Reprodução)
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Sonia Braga vai participar de nova série do criador de ‘Narcos’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/17/sonia-braga-vai-participar-de-nova-serie-do-criador-de-narcos/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/17/sonia-braga-vai-participar-de-nova-serie-do-criador-de-narcos/#respond Fri, 17 Feb 2017 23:24:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5744 A atriz Sonia Braga é o primeiro nome do elenco de “Las Reinas” (As rainhas), uma das novas séries da rede ABC, controlada pela Disney e uma das quatro maiores emissoras dos EUA.

Braga será a co-protagonista da série, interpretando uma nova e diferente Gabriela. Ela será Gabriella De La Reina, que, depois da morte do marido, assume o posto de chefona do cartel criminoso mais poderoso da cidade de Miami. Por conta de sua nova posição, Gabriella entrará em conflito com a neta, Sonya De La Reina, com quem ela não mantem um bom relacionamento, depois que esta optou por integrar a força policial da cidade, trabalhando como detetive.

O piloto de “Las Reinas”, que começa a ser gravado em breve, tem produção-executiva de Chris Brancato, um dos co-criadores da série de sucesso da Netflix, “Narcos”. A diretora do piloto será Liz Friendlander, responsável pelo vídeo “The Great Beyond”, da banda R.E.M., e pela série “Conviction”, também da rede ABC. Se aprovado pela ABC, o piloto de “Las Reinas” pode virar uma das novas atrações da emissora para a próxima temporada de TV, que começa em setembro.

Brancato também desenvolve uma série para a TV americana sobre a vida de Joaquín “El Chapo” Guzmán,  narcotraficante mexicano, líder do cartel de Sinaloa, que foi extraditado para os Estados Unidos em janeiro e se encontrar numa prisão de Nova York, onde aguarda julgamento.

 

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Jack Bauer sai da aposentadoria e volta como presidente http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/em-tempos-de-eleicao-maluca-jack-bauer-volta-como-presidente/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/em-tempos-de-eleicao-maluca-jack-bauer-volta-como-presidente/#respond Thu, 22 Sep 2016 14:34:26 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/Screen-Shot-2016-09-22-at-9.42.35-AM-180x119.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4979 Em pesquisas de opinião, a candidata democrata Hillary Clinton é descrita pelo eleitorado americano como uma pessoa “não honesta” ou “digna de confiança”. Ela também já foi chamada de “enfermeira sádica” (pelo ex-prefeito de Londres Boris Johnson) e “candidata sanduíche de cocô (semana passada, em episódio do desenho “South Park”). A lista dos pontos negativos de seu oponente, o republicano Donald Trump, é vasta e inclui  “xenófobo”, ”sexista”, “inexperiente”, “islamofóbico”. Em emails de Colin Powell recentemente vazados por hackers russos, o ex-secretário de Estado norte-americano chamou Trump de “desgraça nacional” e “pária internacional”.

Às vésperas do primeiro debate presidencial, que acontece segunda (26), a rede de TV ABC, de propriedade da Disney, está oferecendo uma deliciosa alternativa a uma das corridas à Casa Branca mais alopradas dos últimos tempos: Jack Bauer para presidente.

Sim, a partir de agora, todas as noites de quarta-feira, Bauer, o agente da CIA que, por mais de uma década, se desdobrou para defender dos terroristas um presidente negro, uma presidenta e um vice impopular que assume os EUA interinamente, agora foi parar no Salão Oval.

Com a mulher (Natasha) segurando uma bíblia, o secretário de governo Kirkman (Sutherland) assume interinamente a presidência dos EUA. (Foto: /ABC)
Com a mulher (Natasha McElhone) segurando uma bíblia, Kirkman (Sutherland) assume a presidência dos EUA. (Foto: Ben Mark Holzberg /ABC)

No seriado “Designated Survivor”, que teve sua estreia ontem à noite (21), o ator Kiefer Sutherland está de volta à TV fazendo o que sabe melhor: defender a soberania americana, custe o que custar. E por falar em custos, a Disney torrou uma boa cifra na promoção da série. Sinal de que eles acreditam ter em mãos uma versão disfarçada do popular “24 Horas”. E é. Projeto do roteirista David Guggenheim, autor de “Protegendo o Inimigo”, filme de suspense com Denzel Washington e Ryan Reynolds, “Designated Survivor” é um “24 Horas” mais ponderado (sem toda a agenda reacionária do original) e mais light, perfeito para o atual momento eleitoral, que está deixando os americanos com os nervos à flor da pele.

Sutherland é Tom Kirkman, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano (equivalente ao Ministério das Cidades no Brasil) do governo do presidente Richmond. Político de filiação independente (um pedido de Sutherland para os produtores), Kirkman nunca foi oficialmente eleito para um cargo público. Conquistou a posição, que nem queria muito, por ser um arquiteto progressista com ótimos projetos habitacionais voltados para populações de baixa renda. No dia do discurso do Estado da União, Kirkman fica sabendo que seus projetos não serão citados pelo presidente. E mais, na manhã seguinte, segundo o chefe do Gabinete, o presidente planeja pedir para que o secretário se desligue do cargo. Em sua última noite no governo, Kirkman tem derradeira missão: assumir a função que dá título a série, a do sobrevivente designado.

Durante o discurso do Estado da União, no qual todos os integrantes da alta cúpula de Washington está presente no Capitólio para ouvir o presidente, um integrante do Gabinete é escolhido para ficar para trás e ser o sobrevivente designado. Na eventualidade de que algo catastrófico aconteça e impossibilite o presidente, o vice e outros sucessores, o sobrevivente, também conhecido como candidato designado, está protegido para dar continuidade ao governo. Andrew Cuomo, governador de Nova York, por exemplo, cumpriu a função duas vezes durante o governo do presidente Bill Clinton, do qual fazia parte na função de secretário da Habitação.

Kirkman (Sutherland) e a mulher (McElhone) com o redator de discursos Seth Wright (Kal Penn) em uma das salas da Casa Branca. (Foto: /ABC)
Kirkman (Sutherland) e a mulher (McElhone) com o redator de discursos Seth Wright (Kal Penn) na Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)

No caso de Kirkman, oficialmente o 12o. nome na linha sucessória, todas essas posições são galgadas quando o Capitólio é totalmente destruído por uma bomba e “a águia” (o presidente americano) é declarada abatida. Sob proteção do serviço secreto, usando moletom com capuz, jeans, tênis branco e óculos, Kirkman é rapidamente levado para a Casa Branca, onde se vê na posição de um presidente acidental, totalmente inexperiente.

O lado banana do novo presidente é logo sentido com diálogos divertidos (e duvidosos) como “tire esse moletom, cara: você é a porra do presidente agora” ou “melhor eliminar esses óculos, eles não parecem presidenciais”. Quando pergunta ao responsável pelos códigos nucleares se precisa escanear suas digitais para ter acesso à maleta, esse escuta um “não, senhor presidente, isso é clichê dos filmes de Hollywood”.

O presidente Kirkman (Sutherland) vira Jack Bauer e enfrenta o embaixador do Irã no salão oval da Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)
O presidente Kirkman (Sutherland) vira Jack Bauer e enfrenta o embaixador do Irã (Elias Zarou) no salão oval da Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)

Humilhado ao ser chamado de “presidente de figuração” na frente de seu novo staff por um general responsável pela segurança da transição, Kirkman começa a ficar bem Bauer. A transformação é completamente sentida mais tarde, quando, no Salão Oval, Kirkman joga duro com o embaixador do Irã, cujo governo se aproveita da vulnerabilidade dos Estados Unidos pós-atentado e manda seus navios bloquearem o Estreito de Ormuz, impedindo o traslado de petróleo.

Ajudando a investigar o ataque terrorista está a agente do FBI, Hannah Wells (a atriz Maggie Q) com “passagem recente em Paris e Bruxelas”. E assessorando diretamente o presidente, está Seth Wright, redator de discursos presidenciais interpretado por Kal Penn, que fez o chapadão Kumar da comédia cult “Madrugada Muito Louca”.

Hannah Wells (Maggie Q) é uma agente do FBI que ajuda na investigação do atentado terrorista. (Foto: Ian Watson/ABC)
Hannah Wells (Maggie Q) é uma agente do FBI que ajuda na investigação do atentado terrorista. (Foto: Ian Watson/ABC)

Penn, que tirou dois anos de férias da vida artística, período em que se juntou ao governo Barack Obama, na função de diretor adjunto de Relações Públicas, também funciona como consultor da série. Em entrevista ao programa “Good Morning America”, Sutherland explicou que Penn corrigiu certas cenas que colocavam pessoas que jamais transitariam pelos corredores da Casa Branca, e também o posicionamento de agentes do Serviço Secreto. Uma cena que Penn nunca presenciou num dos banheiros da Casa Branca, e que não conseguiu eliminar da série: esbarrar com o presidente vomitando num cubículo, por este se sentir inseguro no novo cargo.

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Com êxito, rede NBC revitaliza o ato de chorar na frente da TV http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/21/com-exito-rede-nbc-revitaliza-o-ato-de-chorar-na-frente-da-tv/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/21/com-exito-rede-nbc-revitaliza-o-ato-de-chorar-na-frente-da-tv/#respond Wed, 21 Sep 2016 18:23:27 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/Screen-Shot-2016-09-21-at-12.05.21-PM-180x127.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4963 Com predileção por histórias ambientadas em tribunais de justiça, sobre médicos sexy fazendo plantões em hospitais, por aventuras de super-heróis e investigações criminais sofisticadas, fazia muito tempo que as grandes emissoras da TV americana não se aventuravam em oferecer ao público um programa sobre dramas de gente como a gente, de olho em fazer muita gente chorar. Em maio, essa carência na grade televisiva da TV aberta ficou bem evidenciada quando a rede NBC disponibilizou em sua página no Facebook o trailer de um futuro seriado, “This Is Us” (Isto é a gente). A reação pegou todo mundo de surpresa: 50 milhões de pessoas assistiram ao trailer.

Na noite de ontem (20), a espera por “This Is Us” finalmente terminou. O seriado foi ao ar, sendo saudado pelo jornal Los Angeles Times como um dos “melhores pilotos desta nova temporada da TV”. O crítico do The New York Times não conseguiu engolir muito bem a manipulação das emoções. “Assistir ao programa é como ser alvejado por um travesseiro embebido em lágrimas”, escreveu.

Milo Ventimiglia, de barba, é reconfortado pelo médico (Gerald McRaney) depois de uma cesariana de risco da mulher (Mandy Moore), grávida de trigêmeos. (Foto: Paul Drinkwater/NBC)
Jack (Milo Ventimiglia) é reconfortado pelo médico (Gerald McRaney) após cesariana de risco da mulher (Mandy Moore). (Foto: Paul Drinkwater/NBC)

 

Descontados os clichês, “This Is Us” manda bem dentro do gênero “catarse emocional”. Os diálogos são eficientes e sua trama de histórias interligadas (no estilo dos filmes “Crash – No Limite”, de Paul Haggis, e “Short Cuts – Cenas da Vida”, de Robert Altman) é bem arquitetada e amarrada. O elenco, sem nomes espalhafatosos, é extremamente convincente; e a trilha sonora, que inclui músicas mais contemplativas de Sufjan Stevens e Labi Siffre, ajuda a criar o climão necessário. Para coroar o estilo novelão, a série ainda tem uma grande revelação, apresentada no final de sua primeira hora de exibição. (Este texto prossegue sem conter nenhum grande spoiler.)

“This Is Us” começa com uma informação tirada de um verbete da Wikipedia. Cerca de 18 milhões de pessoas dividem o mesmo dia de aniversário. Mas não existem provas científicas de que a data crie qualquer elo de comportamento por entre os aniversariantes do dia.

Na série, quatro são os personagens que celebram o níver, todos eles baseados em Pittsburgh, na Pensilvânia. Jack (Milo Ventimiglia) mal tem tempo de apagar a velinha em cima do cupcake, quando a bolsa da mulher (Mandy Moore), grávida de trigêmeos, estoura. A gestação foi de alto risco. Ao chegar ao hospital, o médico que monitorava todo o drama estava ausente (crise de apendicite). Um outro médico, um avô de 73 anos (ótima interpretação do ator Gerard McRaney), assume a função, tentando reconfortar Jack, marido extremamente cuidadoso.

Nem duas strippers conseguem alegar o galã de sitcom Kevin (Justin Hartley ) no dia de seu aniversário. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)
Nem duas strippers conseguem alegrar o galã de sitcom Kevin (Justin Hartley ) no dia de seu aniversário. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)

Com uma festa rolando na beira da piscina e duas strippers o atiçando na cama, o ator-galã Kevin (Justin Hartley) celebra seu aniversário sem muita empolgação. Seu último trabalho, o sitcom “Manny” (O babá) é um desses programas de TV vexatórios que obriga o ator a passar 90% do tempo sem camisa, a fim de exibir o tanquinho. Para piorar, o diretor do sitcom detesta Kevin e o humilha na frente do público que acompanha as gravações ao vivo no estúdio.

Kevin precisa interromper suas “festividades” para ajudar a irmã gêmea que, ao subir numa balança instalada no banheiro, escorregou e torceu o tornozelo. Ao contrário do irmão de anatomia perfeita, Kate (Chrissy Metz) é morbidamente obesa. Sua geladeira é repleta de bilhetinhos de desencorajamento, afixados aos produtos altamente calóricos. No dia do aniversário, dando um basta em sua compulsão, Kate decide frequentar uma reunião dos comilões anônimos e jogar toda a comida fora. Com medo de ter uma recaída e pegar a comida de volta do lixo, pede à vizinha, que passeia o cachorro na rua, pelo saquinho de cocô recém-recolhido, que ela, então, despeja em cima de bolos, sorvetes e pacotes de marshmallow.

Cindy diz ao irmão Kevin (Hartley) que vai fazer um regime. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)
Kate (Chrissy Metz), que é morbidamente obesa, diz ao irmão (Hartley) que vai fazer um regime. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)

Randall (interpretado por Sterling K. Brown, que, no domingo (18) venceu o Emmy de melhor ator coadjuvante pela série “American Crime Story – O Povo contra O.J. Simpson”) interpreta um executivo bem sucedido, que foi criado por pais adotivos. Com a ajuda de um detetive particular, Randall consegue finalmente descobrir o paradeiro do pai biológico (Ron Cephas), que o abandonou, quando era ainda recém-nascido, na porta da sede de um corpo de bombeiros da cidade.

Randall (de óculos) consegue localizar o paradeiro do pai que o abandonara na porta do corpo de bombeiros quando era recém-nascido. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)
Randall (Sterling K. Brown, de óculos)  localiza o paradeiro do pai biológico, que o abandonara quando era recém-nascido. (Foto: Ron Batzdorff/NBC)

O criador de “This Is Us” é Dan Fogelman, diretor da comédia de Hollywood “Amor à Toda Prova”, com Ryan Gosling e Emma Stone. Sem que muita gente consiga perceber, Fogelman, que também escreveu o primeiro episódio, dá uma pista do enigma que interliga as quatro histórias, já no início do programa. Em sua resenha, o crítico do New York Times deu uma trégua aos ataques contra os clichês e chamou o clímax da série de “lindo”. “Terminei o seriado me sentindo manipulado, e disposto a assistir, pelo menos, ao segundo episódio.”

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Estrela de ‘Frozen’ volta a encantar em série sobre vida pós-morte http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/20/estrela-de-frozen-volta-a-encantar-em-serie-sobre-vida-pos-morte/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/20/estrela-de-frozen-volta-a-encantar-em-serie-sobre-vida-pos-morte/#respond Tue, 20 Sep 2016 17:31:26 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/Screen-Shot-2016-09-20-at-1.05.29-PM-180x119.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4933 Em “The Good Place” (Lugar do bem), nova comédia da emissora NBC, lançada ontem (19) na TV americana, o processo de recrutamento para o estágio da vida pós-morte é determinado por um complicado algoritmo.

Se você doou sangue; não encheu o saco de ninguém falando sobre a meteorologia; não passou um SMS enquanto interagia com outra pessoa; ajudou sua mãe a lidar com a impressora; ou hospedou uma família de refugiados (especialmente vindos da Síria), os pontos positivos vão se acumulando. Caso tenha poluído um rio; lido uma revista ruim de fofocas; pedido para uma mulher ‘dar um sorriso’; usado a palavra Facebook como verbo numa frase; ou atrapalhado uma ópera por causa de seu comportamento grosseiro, um cálculo negativo impede que você chegue ao lugar que dá título ao programa. Neste caso, o caminho é ir parar o “lugar ruim”, como aconteceu com Elvis Presley, Mozart, Picasso, Cristóvão Colombo e todos os presidentes americanos, “exceto Abraham Lincoln”.

Eleanor (Kristen Bell) é uma jovem do estado do Arizona que, depois de um acidente bizarro que lhe tirou a vida na Terra, surge num escritório comandado por uma espécie de anjo vestido com gravata borboleta, Michael (Ted Danson). Este avisa Eleanor que a matemática aplicada à vida dela, rendeu-lhe notas altas e uma vaga no local onde existe “felicidade eterna”. Nesse local, todos os 321 moradores de cada bairro (criados por Michael, que também é arquiteto) têm uma alma-gêmea e várias opções de lojas de frozen yogurt. As boas pessoas adoram uma sobremesa.

Em "The Good Place", Ted Danson explica a Kristen Bell como funciona a vida pós-morte. (Foto: Justin Lubin/NBC)
O céu não pode esperar: em “The Good Place”, Ted Danson explica a Kristen Bell como funciona a vida pós-morte. (Foto: Justin Lubin/NBC)

Quando finalmente conhece sua alma-gêmea, Chidi (William Jackson Harper), um professor de ética nascido na Nigéria, Eleanor confidencia a este sobre o fato de que houve um engano em seu processo de seleção para a entrada no paraíso. Ela realmente se chama Eleanor, mas nunca esteve numa missão da Anistia Internacional na Ucrânia, mas, sim, era uma vendedora de uma companhia farmacêutica que fraudava idosos. Para piorar, ela era egoísta e mesquinha.

Para evitar ser mandada para o inferno, ela decide continuar mentindo sobre sua situação. Chidi, então, decide ensinar Eleanor a ser uma boa pessoa, começando pela leitura de “A Metafísica dos Costumes”, de Immanuel Kant, “um livro sobre como ser do bem”.

Somente Chidi ( ), sabe que sua alma-gêmea Eleanor (Kristen Bell) é uma fraude. (Foto: Justin Lubin/NBC)
Somente Chidi (William Jackson Harper) sabe que sua alma-gêmea Eleanor (Kristen Bell) é uma fraude. (Foto: Justin Lubin/NBC)

Criado por Michael Schur (de “Parks and Recreation” e “Brooklyn Nine-Nine”), “The Good Place” é o primeiro sitcom criado por uma grande emissora americana com chances de emplacar dentro da nova temporada da TV, graças a esquisitice da trama e a boa performance de Kristen (a Anna do desenho da Disney, “Frozen – Uma Aventura Congelante”). Os críticos aprovaram. O jornal Los Angeles Times chamou a série de “encantadora” e o USA Today disse que “temos boas razões de esperar muito desse seriado”.

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‘Maconha-chic’: TV americana investe no tema da legalização http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/06/maconha-chic-tv-americana-investe-no-tema-da-legalizacao/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/06/maconha-chic-tv-americana-investe-no-tema-da-legalizacao/#respond Tue, 06 Sep 2016 16:39:24 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/Screen-Shot-2016-09-06-at-12.10.06-PM-180x101.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4827 Em “Mary + Jane”, novo sitcom da MTV americana, lançado ontem à noite (5) nos EUA, Paige (Jessica Rothe) e Jordan (Scout Durwood) são grandes amigas que moram juntas num apartamento em bairro boêmio de Los Angeles. Elas dividem o espaço com um cachorrinho chamado Daniel Day-Lewis (que adora destruir as calcinhas de uma, e fazer sexo com uma almofada) e também comandam, em sociedade, um serviço “quase legal” de entrega de maconha medicinal. Dentro do universo do cannabis sativa, essa duplinha se auto-denomina como “ganja-preneurs”, trocadilho com o nome como a maconha é conhecida na Jamaica com a palavra empreendedor.

A loira Paige é a mais romântica delas. Ela ainda tenta emendar o coração recentemente despedaçado por um grafiteiro de sucesso chamado Softs3rve, cujo trabalho é “parecido com o do Bansky”. No passado não muito distante, Paige sustentava a arte do namorado, pagando por suas tintas. Mas foi só Taylor Swift “instagramar” a imagem de um sorvete de casquinha produzido pelo grafiteiro, para ela levar o pé na bunda – e o trabalho paralelo dele de DJ ter seu cachê elevado.

Paige. (Foto: Divulgação)
As atrizes Jessica Rothe e Scout Durwood em foto promocional do seriado “Mary + Jane”. (Foto: Divulgação)

Já a morena Jordan é uma espécie de Samantha Jones, de “Sex and the City”: aventureira, predadora e promíscua. O apetite voraz dela pelo sexo só se iguala ao incessante prazer que sente em fumar um baseado. Jordan tenta explica à melhor amiga que sexo com estranhos cura tudo: “de dores de cabeça, cólicas menstruais, doença de Lyme ao tédio”.

Para serem consideradas legítimas no mundo do tráfico, a dupla precisa entrar na lista dos ‘Green 15’, ou seja, um app que lista os 15 melhores “distribuidores” de maconha em Los Angeles. Um concorrente que elas desprezam galgou várias posições nessa lista, depois de ter feito uma selfie “com um dos maiores maconheiros do mundo: o ator Seth Rogen”.

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A grande chance delas surge quando Jordan recebe uma mensagem de texto para entregar maconha na casa de um casal de atores de Hollywood. A atriz é vencedora do Oscar de melhor coadjuvante e, segundo Paige: “deve ter recebido também o Nobel da Paz”. O ator, apaixonado por arquitetura, “reconstruiu o Haiti com as próprias mãos”. A dupla tem meia dúzia de filhos adotados de culturas diferentes. Qualquer semelhança como o casal Brangelina, isto é, Brad Pitt e Angelina Jolie, não é mera coincidência. Quando finalmente faz a entrega para o casal, Jordan acredita estar altamente chapada: Pitt e Angelina são literalmente um peru de penugem loira e um esqueleto de cabelo preto lustroso. “Por trás da maquiagem, somos um casal bem normal”, explica a esqueleto à traficante. “Angelina” também diz que adora “dar força para as mulheres que comandam seus próprios empreendimentos”.

Casal Brad Pitt e Angelina Jolie compram maconha de personagem de "Mary + Jane" (Foto: Reprodução)
Casal Brad Pitt e Angelina Jolie compra maconha de personagem de “Mary + Jane” (Foto: Reprodução)

“Mary + Jane” tem produção-executiva de um legítimo “ganja-preneur”, o rapper Snoop Dogg, fundador da marca de maconha e produtos derivados Leafs by Snoop (Folhas por Snoop). O “template” do novo show da MTV é o seriado “Broad City”, sucesso do canal Comedy Central, sobre duas amigas, judias nova-iorquinas, interpretadas pelas engraçadíssimas Ilana Glazer e Abbi Jacobson, que não têm maiores ambições na vida do que se divertirem com sexo e entorpecentes. O resultado final de “Mary + Jane”, porém, não se equipara a “Broad City”, que chegou a ter uma participação especial da candidata à Casa Branca, a democrata Hillary Clinton, em um de seus episódios. O roteiro do show da MTV é “millennial” demais: auto-centrado, repleto de citações de cultura pop, mas muitas delas não bem polidas. Também falta um melhor acabamento para as personagens principais.

O sucesso de “Mary + Jane” vai depender também de como o público irá reagir à exploração que a TV promete fazer da nova cultura mainstream da maconha, impulsionada pela legalização do cânhamo medicinal em alguns estados americanos desde 2012. Depois de “Broad City”, que foi uma websérie apresentada pelo YouTube entre 2010 e 2011, outro show da internet, o “High Maintenance”, apresentado pela Vimeo, entre 2012 e 2015, está migrando para a TV.

A partir de 16 de setembro, a HBO vai apresentar seis novos episódios de “High Maintenance”, que é produzido pela dupla Katja Blichfeld e Ben Sinclair, este último também protagonista do programa, que acompanha as aventuras de um traficante de maconha em Nova York. A série que, enquanto na web custava US$ 1 mil para ser produzida, chegou a ter a participação de atores famosos como o galã inglês Dan Stevens, o Matthew Crawley de “Downton Abbey”.

Bem Sinclair é um traficante de maconha em Nova York na série "High Maintenance", que estreia semana que vem na HBO (Foto: Divulgação)
Ben Sinclair é traficante de maconha em Nova York na série “High Maintenance”, que estreia semana que vem na HBO (Foto: Divulgação)

A Amazon e o Netflix também preparam seus projetos cannabis para 2017. A comediante Margaret Cho produz para a Amazon a série “Highland”, um ‘dramedy’ (comédia-dramática) de uma hora de duração sobre uma mulher (Cho) que sai de um rehab obrigatório e volta a lidar com a família, que comanda centro de comercialização de maconha. Já Chuck Lorre, o famoso criador do sitcom “Two and a Half Men”, está desenvolvendo o seriado “Disjointed” para a Netflix. Nele, a atriz Kathy Bates interpreta uma veterana ativista pela legalização da maconha que agora comanda seu próprio dispensário em Los Angeles, junto com o filho e um guarda-costas problemático, ambos chapadões. A Netflix gostou tanto do roteiro que encomendou um total de 20 episódios.

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Seriado “Billions” é nova ótima aposta do gênero “pornô financeiro” http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/01/17/serie-billions-e-nova-otima-aposta-do-genero-porno-financeiro/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/01/17/serie-billions-e-nova-otima-aposta-do-genero-porno-financeiro/#respond Sun, 17 Jan 2016 20:57:33 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/01/Screen-Shot-2016-01-17-at-3.15.47-PM-180x107.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=3444 “Billions” (Bilhões), que estreia hoje à noite na TV americana, no canal “Showtime”, é o primeiro seriado imperdível do ano. Caso precisasse de uma distinção mais específica de gênero para descrevê-lo, ele se encaixaria numa espécie de “financial porn”, pornô financeiro. Trata-se de uma sub-categoria dramática e prematuramente revisionista da história de Wall Street da qual certas cabeças pensantes da indústria de entretenimento rapidamente se apoderaram após o estouro da bolha de crédito no mercado imobiliário do país, que provocou a grande crise de 2008, pandemônio econômico do qual o mundo ainda tenta se reerguer.

Na semana passada, a Academia de Hollywood indicou o filme “A Grande Trapaça”, sobre os financistas que previram e tomaram vantagem da crise imobiliária, a cinco prêmios Oscar, inclusive o de melhor filme que, se conquistado, garante uma estatueta dourada a um de seus produtores, o ator Brad Pitt. Em anos recentes, o Oscar também mostrou admiração por “O Lobo de Wall Street”, do cineasta Martin Scorsese, sobre a queda e reinvenção do investidor fraudulento Jordan Ross Belfort, e “Margin Call – O Dia Antes do Fim”, produção do ator Zachary Quinto sobre a pulverização de um banco de investimento durante a última quebradeira financeira.

Em 2011, o canal a cabo “HBO” adaptou “Too Big To Fail”, o livro seminal do jornalista do “New York Times”, Andrew Ross Sorkin, sobre como o gestão de Barack Obama tentou intervir na crise de Wall Street. A TV americana exibe ainda neste primeiro semestre, duas biografias de Bernie Madoff, investidor responsável por uma das maiores fraudes financeiras da história americana e cujo rosto virou tema de máscaras da parada de Halloween.

“Billions” é uma ideia original dos roteiristas Brian Koppelman e David Levien (dos filmes “Cartas na Mesa”, com Matt Damon e Edward Norton, e “Onze Homens e um Segredo”, com George Clooney e Pitt), que trabalham em parceria com Andrew Ross Sorkin, que cumpre as funções de roteirista e produtor-executivo. Espere da série diálogos espertos, factuais e com citações de nomes que figuram regularmente na coluna “Dealbreaker” do “New York Times”, da qual Sorkin é responsável. O magnata Warren Buffet, por exemplo, já é mencionado no primeiro episódio da série.

Também preparem-se para conhecer a melhor raposa de Wall Street desde o surgimento de Gordon Gekko (personagem icônico de Michael Douglas no filme “Wall Street”) em 1987. Trata-se do ruivo Bobby “Axe” Axelrod, um chefão de uma empresa de hedge fund de Connecticut, interpretado pelo ator inglês Damian Lewis.

Em "Billions", Damian Lewis cria um Gordon Gekko para novas gerações. (Foto: Showtime)
Em “Billions”, Damian Lewis cria um Gordon Gekko para novas gerações. (Foto: Showtime)

Junto com o compatriota Tom Hardy e o ator americano Michael Shannon, Lewis, que vem do sucesso das séries “Homeland” e “Wolf Hall”, forma uma trinca de intérpretes cuja intensidade e machismo intimidante surgem naturalmente. Mesmo que venham a interpretar Gandhi ou São Francisco de Assis, eles aindam assim seriam capazes de meter medo e causar pesadelos nos espectadores. Como bem notou um crítico do “New York Times”, Lewis “faz diálogos hiperdramáticos soarem orgânicos”.

Em “Billions”, o ator cria um financista com roupas menos vistosas que Gordon Gekko e também discurso menos grandioso e refinado como o famoso “Ambição É Boa”, que o cineasta Oliver Stone inventou para Gekko em 87. Mas o novato é tão implacável e cortante quanto o velho original. Em determinado momento, pedindo para que um dos investidores de sua empresa de hedge fund não lhe traga mais notícias ruins, Axelrod solta a vulgaridade: “Meu colesterol já está alto o suficiente, não venha ainda passando manteiga no meu rabo”. Por vezes, Axerold lembra personagem saído de uma peça do dramaturgo David Mamet. “Você não tem que nadar mais rápido que o tubarão. Você tem que nadar mais rápido que o cara com quem está mergulhando”, é um dos ensinamentos do personagem.

Axerold e o império (a Axe Capital) que ele construiu em Connecticut, a uma hora de Manhattan, são os objetos de desejo de Chuck Rhoades (Paul Giamatti), um procurador do governo americano para o distrito de Manhattan que encontra uma brecha para iniciar uma investigação contra o bilhardário. Assim como Lewis, Giamatti é show. Neurótico no último. O personagem é claramente inspirado em um dos heróis modernos de Nova York, o procurador Preet Bharara, que nasceu em Punjab, na Índia, e depois mudou-se com a família para os Estados Unidos. Implacável, ele é responsável por desmantelar desde quadrilhas de traficantes até políticos locais metidos em escândalos de propinas.

Neurótico, implacável, mas também chegado a uma dominação sexual, Paul Giamatti é show como um procurador do governo americano. (Foto: Showtime)
Neurótico, implacável, mas também chegado a uma submissão sexual, Paul Giamatti é show como procurador do governo americano. (Foto: Showtime)

Axelrod e Rhoades vêm de mundos diferentes. O financista é um self made man, pobretão de uma região que fica após o Bronx, que se casou com uma loira, Kate Sacker (Malin Akerman), ainda mais suburbana que ele. A fortuna de Axelrod foi construída em boa parte após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Nessa data, a empresa de investimento da qual fazia parte perdeu quase todos seus funcionários, presos em uma das torres do World Trade Center. Axerold só sobreviveu à tragédia daquela manhã pois estava em uma reunião em outra parte da cidade.

Lewis e Malin Akerman interpretam casal emergente de Nova York. (Foto: Showtime)
Lewis e Malin Akerman interpretam casal emergente de Nova York. (Foto: Showtime)

Já Rhoades vem de berço. É filho de um advogado rico e famoso do Upper West Side. Quer ser mais implacável, ético e incorruptível que o pai. No final da noite, prefere o papel de submissão sexual. A esposa dominatrix dele é Wendy (Maggie Siff, de “Mad Men”). E ela cria um conflito de interesses que poder ser problema para a batalha que o marido pretende travar: ela trabalha como terapeuta na empresa de Axelrod, motivando os investidores a serem ainda mais machos alfas.

Essa briga de gato e rato, tema central de “Billions”, faz brotar dessa obra de viés anticapitalista um lado de novelão financeiro em estilo “Dallas”, o que torna a série ainda mais viciante.

Giamatti e a esposa terapeuta/dominatrix interpretada por Siff. (Foto: Showtime)
Giamatti e a esposa terapeuta/dominatrix interpretada por Maggie Siff. (Foto: Showtime)
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O personagem gay que choca o horário nobre da televisão americana http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/03/07/o-personagem-gay-que-choca-o-horario-nobre-da-televisao-americana/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/03/07/o-personagem-gay-que-choca-o-horario-nobre-da-televisao-americana/#respond Sat, 07 Mar 2015 21:12:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=139 Se a produtora e roteirista Shonda Rhimes comandasse um estúdio de Hollywood, o mantra da escassez da diversidade racial e de outras minorias dentro da indústria de entretenimento teria pouco eco.

Nas noites de quinta-feira, pela emissora ABC, que pertence ao conglomerado Disney, Rhimes impera absoluta com a exibição de três séries que levam a assinatura de sua companhia produtora, a ShondaLand. “Grey’s Anatomy” em sua 11a. temporada, a ultra cultuada “Scandal”, no quarto ano de exibição, e a novata “How To Get Away with Murder”, cujos capítulos iniciais acabaram de ser exibidos nos Estados Unidos. O show produzido por Rhimes e criado por Peter Nowalk, estreou dia 5 de março no Brasil, via canal Sony.

 

No menu de mais de 50 personagens principais desses três dramas, Rhimes não deixa uma minoria de fora: negros, latinos, asiáticos e gays estão em papéis principais, secundários ou em pontas. Qualquer minoria que sintonizar a ABC na noite quinta não vai se sentir excluída desses dramas ambientados, respectivamente, num hospital de Seattle, nos bastidores da Casa Branca, em Washington D.C, e no campus de uma universidade e em um escritório de advocacia na Filadélfia.

 

Na parte gay, a subdivisão é igualitária: lésbicas (em “Gray’s Anatomy”) e homens gays (em “Scandal” e “How To Get Away with Murder”). Há duas semanas, Rhimes apresentou em “Gray’s Anatomy”, o primeiro personagem transgênero (que também vem a ser negro) da história do horário nobre da TV. Até o fim da temporada vigente, Rhimes pretende mostrar a transição do personagem de homem para mulher.

De todos os personagens gays, o que mais força os limites do horário (dez da noite) é Connor Walsh, estudante de direito interpretado pelo ator Jack Falahee, de 26 anos, em “How To Get Away with Murder”. Apesar de ser coadjuvante na trama, o roteirista Nowalk acrescentou uma forte dose de complexidade ao personagem. E, em artigo da edição de março da revista gay Out , da qual foi capa, Falahee revela que, por conta de a ética não ser a principal virtude da personalidade de seu personagem, costuma ser parado na rua e ouvir declarações fortes e determinadas como “odeio você”.

 

O ator Jack Falahee, do seriado "How To Get Away with Murder" na capa da edição de março da revista Out. (Crédito: Reprodução)
O ator Jack Falahee, do seriado “How To Get Away with Murder” na capa da edição de março da revista Out. (Crédito: Reprodução)

Connor é uma espécie de Samantha Jones, de “Sex and the City”, com a pá virada. Ele é arrogante, usa drogas e adora (e transpira) sexo. Mas, ao contrário da personagem interpretada pela atriz Kim Cattrall, Connor usa o sexo com seus parceiros, puramente como forma de exploração. Ele tenta extrair informações que podem ajudar (nos bastidores) ou se tornarem evidências oficiais nos casos judiciais defendidos pela professora Annalise Keating, chefe e mentora dele, interpretada pela atriz Viola Davis.

 

Já no episódio de estreia, Connor vale de seu charme para seduzir e tirar informações de Oliver (Conrad Ricamora), que trabalha no setor de TI de uma agência de publicidade, na qual um dos funcionários está sendo processado por um cliente do escritório de advocacia que representa. Depois de alguns drinques, Conrad vai parar na casa de Oliver e, em cena escurecida pela penumbra do apartamento, passa a língua, de baixo até em cima, por toda a extensão das costas de Oliver.

 

Três episódios mais tarde, Oliver tira proveito de nova presa, dessa vez transando com um personagem gay contra uma máquina de fazer cópias. Depois do sexo, o assistente seduzido confidencia a um amigo, via celular: “E ele (Oliver) fez essa coisa no meu rabo que fez meus olhos lacrimejarem”.

 

A cena chocou muitos e o twitter ferveu. Pela primeira vez um canal aberto da TV estava sendo tão explícito quanto um episódio do polêmico seriado “Queer as Folk”, que estreou no canal americano à cabo Showtime em 2000 e inovou com suas fortes cenas de sexo. “As cenas gays estão demais”, escreveu um espectador sobre as passagens de Connor e seus parceiros sexuais. Rhimes, que tem mais de 850 mil seguidores no Twitter e sempre compra brigas com seus detratores, contra-atacou. “Não existem cenas gays no meu seriado. Existem cenas com pessoas nele”. E, em seguida, encerrou a conversa. “Se você usa a expressão “cenas gays”, você só não está bem atrasado para a festa, como também não está convidado para ela. Adeus, Felicia!”. Na gíria americana, a expressão “Adeus Felicia” é usada para o chato que ninguém se opõe – ou fica triste – quando esse deixa uma festa pela metade.

 

Em entrevista à Out, o ator Falahee disse que se surpreendeu com a reação de Rhimes. “Fico feliz que isso é uma grande coisa”, comentou. Mas o ator também ressaltou que o fato de o personagem ser gay e suas cenas polêmicas tem pouco peso em cena. “Na segunda-feira, vou trabalhar e tenho muitas cenas para fazer, e só estou pensando em minhas ações e meus objetivos – não que estou ali para fazer uma diferença”. Já o roteirista Nowalk, diz à revista. “Fico esperando que as cenas pareçam conturbadas do mesmo jeito que a vida também é uma zona”.

 

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