Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Americanos acreditam mais na imprensa, mas desaprovam cobertura do governo Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/#respond Wed, 10 May 2017 18:31:16 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6506 Na guerra travada entre Donald Trump e a grande mídia, a imprensa americana parece levar pequena vantagem. Os eleitores americanos confiam mais na imprensa do que no presidente dos EUA, mas desaprovam o tom que repórteres e editores empregam na cobertura da atual administração da Casa Branca.

Essa é a constatação de nova pesquisa nacional feita pela Universidade de Quinnipiac, em Connecticut, e divulgada nesta quarta (10).

Cerca de 58% dos eleitores americanos não concordam com a maneira que a imprensa americana reporta as ações de Trump. Por outro lado, 65% das mesmas pessoas entrevistadas na pesquisa desaprovam os comentários que Trump faz sobre a imprensa. Em termos de credibilidade, 57% dos eleitores confiam que imprensa fala mais a verdade sobre assuntos importantes do que Trump (31%).

A pesquisa também aponta que, apesar de pequeno aumento da aprovação no governo do presidente americano após ele decidir bombardear a Síria no começo de abril, agora esse número voltou a cair para níveis recordes. Somente 36% do eleitorado aprova o trabalho de Trump na Casa Branca (a desaprovação é de 58%). Os números mais críticos dessa derrocada da popularidade do presidente surgem por entre eleitores que antes pareciam apoiar Trump: homens brancos, sem diploma universitário, e eleitores independentes.

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Frieze NY estreia com número recorde de galerias brasileiras http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/05/frieze-ny-estreia-com-numero-recorde-de-galerias-brasileiras/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/05/frieze-ny-estreia-com-numero-recorde-de-galerias-brasileiras/#respond Fri, 05 May 2017 18:04:24 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/Screen-Shot-2017-05-05-at-2.06.15-PM-135x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6473 A versão 2017 da feira de arte Frieze, em Nova York, que estreia hoje (5), reúne 11 galerias brasileiras. Trata-se de um recorde da participação do país no evento que dura três dias e reune 200 galerias, de 31 países, num gigantesco pavilhão na Randalls Island, entre Manhattan e Queens.

A Frieze Art Fair, de Nova York, abre suas portas hoje (5) para o público na Randalls Island, entre Manhattan e Queens. (Foto: Divulgação)

Juntando-se pela primeira vez à galerias mais conhecidas do Frieze como a Mendes Wood DM, Vermelho, A Gentil Carioca e Galeria Nara Roesler, estão a Silvia Cintra + Box4, Galeria Luisa Strina e Galeria Marilia Razuk. “As galerias brasileiras são importante parte da Frieze Nova York desde o início da feira há seis anos. A resposta do público é muito grande”, explicou a jovem curadora americana Abby Bangser, diretora artística para as Américas e Ásia da Frieze, ao blog. “Isso tem a ver com a grande ressonância que a arte brasileira está tendo agora em Nova York por conta de um robusto e profundo investimento artístico que museus como o MoMA, Guggenheim e também o Tate, de Londres, vem fazendo da arte latino-americana, criando comitês especializados”, prossegue Bangser.

O estande da galeria paulista Mendes Wood DM na Frieze. (Foto: Marcelo Bernardes)

No momento, o MoMA apresenta exposições com trabalhos de brasileiros de diferentes gerações. Lygia Clark (1920-1988) e Gertrudes Altschul (1904-1962) estão representadas na exposição “Making Space: Women Artists and Postwar Abstraction” (Criando espaço: mulheres artistas e abstracionismo pós-guerra), e o artista alagoano Jonathas de Andrade, 35, apresenta seu video “O Levante”, de 2013, na mostra “Unfinished Conversations” (Conversas inacabadas), que reúne obras recém-adquiridas pela instituição. No Met Breuer, Lygia Pape (1927-2004) ganha sua maior retrospectiva nos Estados Unidos.

“Se existe uma nova tendência na arte brasileira é que os novos artistas estão participando cada vez mais de um diálogo internacional”, explica Bangser. “Atualmente eles não são mais necessariamente julgados como arte brasileira, mas sim como arte contemporânea”.

Bangser conversou com o blog no estande da Galeria Luisa Strina, segundo ela “uma das grandes e melhores do mundo”. A americana ressalta o grande alcance de estilos representados pela galeria paulista. “O trabalho deles é fantástico pois faz um bom apanhado de gerações”, explica. “Eles apoiam desde trabalhos de Mira Schendel (1919-1988), um dos destaques dessa Frieze, até o de Laura Lima (carioca nascida em 1971)”.

Obras de Mira Schendel na Galeria Luisa Strina. (Foto: Marcelo Bernardes)

A Mendes Wood DM é outra galeria paulista que Bangser acompanha com extremo interesse (em entrevista à revista americana ELLE, em 2015, a curadora disse que os donos da galeria – Pedro Mendes, Matthew Wood e Felipe Dmab – estão “bem ligados”). “Eles estão atirando muito alto, e isso tem funcionado muito bem para eles”, explica Bangser ao blog. “Colocamos eles na entrada do Pavilhão Norte da feira e quem chega já sente o magnetismo da galeria, a energia da diversidade do programa que eles vem construindo. Os curadores estão muito de olho na Mendes Wood DM, assim como compradores da China, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil. Possivelmente, as obras deles estarão com vendas esgotadas já no primeiro dia da Frieze”, completa.

Durante um pequeno intervalo no concorrido estande da Mendes Wood DM, Pedro Mendes explica o programa de sua galeria na feira. “Ele está bastante briguento, raivoso e excitado”, diz ele ao blog. “Estamos com trabalhos que propõem transformar o mundo a partir de pequenas ações, e que apresentam uma discussão de liberdade política num mundo que parece tenebroso”.

Entre os artistas representados pela Mendes Wood DM estão os paulistas Adriano Costa (42) e Cibelle Cavalli Bastos (39), o inglês Michael Dean (40) e Matthew Lutz-Kinoy (33), baseado em Los Angeles. “Eles lidam com questões de minorias, gênero e identidade, alguns de forma bastante cômica e irreverente”. Um dos trabalhos destacados de Costa é “TheButcher’s Arms”, 2016, que traz a frase My Boyfriend is Vegan (Meu namorado é vegetariano) feita por spray em cima de uma base de couro, réplica de um trabalho que o arista fez para um exposição em Los Angeles. “Todo mundo lá era vegetariano, mas Adriano acabou notando que os tapetes eram de couro e muita gente usava roupas de couro e pele”, explica Mendes. Michael Dean, um dos finalistas do Turner Prize no ano passado, assina uma escultura com punhos de uma família – pai, mãe e filhos, feitos em concreto armado.

Obra do inglês Michael Dean na galeria Mendes Wood DM. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Uma das seções mais vibrantes da Frieze é a Frame, que apresenta trabalhos de vanguarda, muitos deles sendo apresentados pela primeira vez em fórum internacional, prontos a serem descobertos. Com curadoria do americano Jacob Proctor (do Colégio Neubauer para Cultura e Sociedade, da Universidade de Chicago) e do alemão Fabian Schöneich (do centro Portikus, em Frankfurt), a seleção de 2017 inclui 17 galerias, de 13 países diferentes e algumas de cidades não conhecidas como centros de arte como Varsóvia, Cidade do Cabo ou Cidade da Guatemala. Todas as galerias tem menos de oito anos de atividade no mercado, e seus custos de exibição em Nova York foram subsidiados pela direção da Frieze.

Dentro da Frame, a galeria Jaqueline Martins apresenta obras do artista paulista Hudinilson Urbano Júnior, morto em 2013, aos 56 anos. Seu trabalho de fotocópias feito com máquinas de xerox, em 1980, usando fragmentos do próprio corpo, como genitália, pés e torso, lidam com temas ainda mais relevantes no momento como gênero, sexualidade e identidade. “É uma apresentação bastante equilibrada e serena, refletindo sobre temas importantes”, explica Bangser.

 

 

Por ser a primeira Frieze pós-eleição Donald Trump, o portfólio artístico não poderia deixar também de ser politicamente calibrado. Existem trabalhos anti-Trump na galeria nova-iorquina P.P.O.W, que representa artistas engajados desde a década de 80, como a tela “April in the Subway”, do artista e ex-grafiteiro Chris DAZE Ellis (55), em que mostra uma jovem em vagão do metrô de Nova York com um jornal com a manchete “Impeachment para Trump”.

 

Na galeria nova-iorquina P.P.O.W tela de Chris DAZE Ellis contra Trump. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Já a galeria alemã Sprüth Magers, mostra “Dinghy”, de 2016, criada pelo artista e músico americano Llyn Foulkes (82) para recente exposição em Los Angeles. “Dinghy” retrata um homem negro, vestindo jeans, camisa xadrez e com a bandeira americana sob sua pelvis, à deriva num bote com a inscrição “Trump Salva-Vidas Cia.”. Curvas na madeira polida, o material da obra, mostra que o mar está turbulento.

Na galeria Cheim & Reid, de Nova York, todos os trabalhos são cor de rosa, em solidariedade à passeata das mulheres contra Trump. Entre as artistas expostas estão Louise Bourgeois (1911-2010), a egípcia Ghada Amer (54), Jenny Holzer (67) e Louise Fishman (78).

 

A Frieze parece também estar sintonizada com as bienais do museu Whitney, em Nova York, que continua a pleno vapor, e a de Veneza, que começa no próximo sábado (13). A galeria David Kordansky, de Los Angeles, apresenta trabalho da iraniana Tala Madani (46), e a Mary Mary, de Glasgow, expõe pinturas da mexicana Aliza Niesbaum (39), duas artistas politicamente engajadas com questões de identidade feminina e imigração e que estão atualmente representadas na Bienal do Whitney. A gigante David Zwirner apresenta novos trabalhos de Carol Bove (46), que vai representar a Suíça na Bienal de Veneza.

 

Visitantes na feira Frieze durante apresentação especial na quinta (4). (Foto: Mark Blower)

Entre as tendências de vendas, Bangser aponta que existe um grande foco na arte do século 20. Por conta disso, a Frieze reuniu 30 galerias na seção Spotlight, que concentra-se em exposições individuais. Na galeria paulista Marilia Razuk, o destaque é a obra do artista espanhol Julio Plaza (1938-2003). “Compradores estão preenchendo lacunas abertas de alguns períodos, ou descobrindo movimentos ou artistas dos anos 50, 60, 70 e 80, criando um ar de mistério e excitação”, explica Bangser.

A curadora cita a importância da Spotlight em apresentar artistas renomados em alguns países mas que continuam desconhecidos em outros cantos do mundo. Em 2015, por exemplo, durante o Spotlight da Masters Fairs, em Londres, a galeria Nara Roesler, de São Paulo, fez uma boa apresentação de obras de Tomie Ohtake (1913-2015). “Claro, trata-se de uma lenda no Brasil, mas na Inglaterra acabou significando uma descoberta muito excitante para os compradores”, diz Bangser.

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Psicólogo diz que mídia social está afetando o cérebro das pessoas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/14/psicologo-diz-que-midia-social-esta-afetando-o-cerebro-das-pessoas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/14/psicologo-diz-que-midia-social-esta-afetando-o-cerebro-das-pessoas/#respond Fri, 14 Apr 2017 22:34:27 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-14-at-6.12.51-PM-180x112.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6374 O uso excessivo das mídias sociais e a constante necessidade de checar os smartphones – mesmo que não exista uma notificação alertando para a chegada de novos emails ou sms – está causando “preocupantes danos” aos níveis de ansiedade. Essa é a opinião do psicólogo Dr. Larry Rosen, da Universidade do Estado da Califórnia, que atualmente conduz um detalhado estudo de como a tecnologia afeta o cérebro das pessoas.

O Dr. Rosen foi um dos entrevistados, no último domingo (9), de uma reportagem feita pelo apresentador Anderson Cooper no programa “60 Minutes”, exibido pela rede CBS. Intitulada “Brain Hacking” (cérebro hackeado), a matéria reuniu vários pesquisadores e especialistas, entre eles Tristan Harris,  o ex-design da Google que agora virou um ferrenho crítico do junk food digital. Todos comentaram as reações químicas que ocorrem no cérebro por causa da “dependência” digital.

O uso constante da tecnologia, segundo o Dr. Rosen, altera – e desvirtua – a produção do hormônio cortisol em nosso cérebro. O cortisol, que tem finalidade evolucionária, é produzido pela glândula suprarrenal após o cérebro alertá-la de que estamos diante de uma reação de estresse agudo, mais comumente conhecida como reação de lutar ou fugir. Era desse modo que o cérebro chamava a atenção de um homem primitivo para uma situação de perigo iminente. “Mas agora o cortisol está sendo liberado apenas para nos compelirmos a checar nossos smartphones”, disse o Dr. Rosen ao blog.

Da Califórnia, o Dr. Rosen conversou com o blog sobre o aumento dos níveis de ansiedade, a obsessão pelas mídias sociais e, obviamente, sobre o novo mestre do Twitter, o presidente norte-americano Donald Trump.

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Quais são as primeiras conclusões que o senhor e sua equipe chegaram nesse novo estudo sobre o impacto da tecnologia em nossos cérebros. Devemos ficar preocupados com os novos efeitos neurológicos e psicológicos?

Dr. Larry Rosen – Se o que estamos presenciando atualmente é, pelo menos em parte, uma obsessão ou uma compulsão para o uso da tecnologia, isso significa que nosso corpo está constantemente sendo inundado por substâncias químicas que sinalizam a ansiedade, como são os casos do cortisol e da adrenalina. No longo prazo isso não pode ser saudável para nosso corpo ou cérebro. O problema é que essa obsessão está sendo lentamente fortalecida. Ela ainda não atingiu todo seu potencial. Somos ainda partes de um grande experimento. Minha teoria é que, com o passar do tempo, vamos presenciar ou uma retração nessa obsessão de checar o smartphone constantemente, ou as pessoas vão começar a perceber que precisam fazer algo bem drástico para evitar uma doença.

 

O que o mais surpreendeu nesse estudo?

Dr. Rosen – O número de vezes que as pessoas checam seus smartphones, mesmo que elas não tenham recebido um alerta ou uma notificação de novas atividades. É algo alarmante, e feitas em intervalos menores do que 15 minutos.

 

Que tipo de reação uma pessoa tem ao checar suas contas no Instagram ou Twitter?

Dr. Rosen – É como se ela estivesse diante de uma máquina de caça-níqueis, para usar uma definição cunhada pelo Tristan Harris. De acordo com a psicologia comportamental, a maneira mais forte de reforçar e sustentar um certo tipo de comportamento é fornecer, de maneira infrequente, alguma coisa empolgante. É isso o que acontece quando você checa sua mídia social. A maioria dos posts é enfadonho, ou lixo mesmo, mas você continua passando o dedo por eles, até que, vez ou outra, encontra uma pérola no meio do caminho, e que te coloca um sorriso no rosto. Ou que talvez aumente a atividade da dopamina (a molécula do entusiasmo). E você continua fazendo aquilo constantemente, para reproduzir mais uma vez a mesma sensação.

 

Existe um remédio para toda essa ansiedade?

Dr. Rosen – Sim! Reverter o processo e reaprender a se focar, não mais se distraindo. Isso requer prática, e precisa ocorrer gradativamente. Você vai precisar de um cronômetro para avisá-lo que já se passaram 15 minutos desde a última vez que seu smartphone foi checado. Vencida essa barreira, o limite deve ser aumentado para 20 minutos, e dai por diante até chegar a, pelo menos, 60 minutos isentos de qualquer obsessão.

 

A tecnologia alterou muito nossas vidas e existe uma grande preocupação sobre como certos aspectos serão afetados no futuro. Da caligrafia, passando pela interação social, até o analfabetismo. Qual desses aspectos o preocupa mais?

Dr. Rosen –  A comunicação face a face. A maioria dos jovens não a pratica hoje em dia. Isso os fazem perder a habilidade de compreender uma comunicação inteira, incluindo pistas ou dicas não-verbais que são importantíssimas para a contextualização da comunicação.

 

Durante a última campanha presidencial nos EUA, o senhor postou um texto em seu blog dizendo que Donald Trump era o mestre de fornecer um estímulo desvirtuado via mídia social. O senhor acredita que a habilidade dele de se comunicar por meio de frases de efeito em seus discursos e debates ou via tuítes tiveram impacto no resultado das urnas? E acredita que a obsessão de Trump pelo Twitter vai continuar até o fim do mandato dele?

Dr. Rosen – Vivemos realmente num mundo estranho. Comunicar em pequenos ímpetos por meio da mídia social se tornou maneira eficaz e interessante de falar aos eleitores. Donald Trump é o mestre da distração. Ele usa seus tuítes de uma forma tão efetiva e criteriosa para redirecionar a atenção da mídia de fatos mais importantes, como, por exemplo, as conexões de sua campanha com a Rússia. Ele cria, assim, um efeito mais aliciante para os leitores. E os leitores americanos claramente preferem um nível mais raso de leitura, algo mais apropriado a estudantes da quinta série. Então qualquer aspecto mais sedutor apela à curiosidade deles.

 

Uma das principais preocupações da tecnologia é como o uso dos smartphones e tablets antes de dormir afeta nosso sono…

Dr. Rosen – Esse é um importante tema que a gente estudou muito. Se você tem uma boa noite de sono, três fatores cruciais acontecem com seu cérebro. Primeiro, ele vai decorar todo o material que aprendeu durante o dia, algo que chamamos de consolidação, para fixar tudo isso em sua memória. Segundo, o cérebro se livra de informações irrelevantes para abrir mais espaço para novas informações no dia seguinte. Em terceiro lugar, o fluido cerebrospinal expele as moléculas extras, o que é necessário para manter o funcionamento de nosso cérebro.  Uma dessas moléculas expelidas é a beta-amiloide que tem uma tendência de querer se agrupar, formando placas. Essas placas são encontradas com abundância no cérebro de pacientes com alzheimer.

 

Como a indústria tecnológica tem reagido aos seus estudos?

Dr. Rosen – Na verdade, eles costumam apreciar bastante os nossos métodos cuidadosos de estudar esse fenômeno. Mas quando estou de humor mais cínico, tendo a acreditar que eles usam os resultados de nossos estudos para modificar as maneiras de atrair mais a atenção do usuário. Apesar de tudo, grudar o usuário a seu smartphone é o que faz eles ganharem dinheiro.

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Projetos para o muro na fronteira dos EUA ficam prontos http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/06/projetos-para-o-muro-na-fronteira-dos-eua-ficam-prontos/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/06/projetos-para-o-muro-na-fronteira-dos-eua-ficam-prontos/#respond Thu, 06 Apr 2017 19:10:05 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-06-at-2.14.40-PM-180x106.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6338 Foi encerrado na terça (4), o deadline para que as companhias interessadas em construir o polêmico muro na fronteira entre o México e Estados Unidos, uma das principais promessas da campanha do presidente Donald Trump, entregassem seus projetos.

Segundo a agência Associated Press, cerca de 200 empresas manifestaram interesse em desenvolver o projeto para o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteira dos Estados Unidos. A orientação dada foi a de que os protótipos deveriam ter nove metros de comprimento e entre 5,5 e nove metros de altura.

Alguns dos projetos colocam ainda mais fogo na polêmica de uma já bizarra e custosa ideia. Empreiteiras e companhias de design estão preocupadas com ataques hostis da população e grupos contrários à construção. Segundo o jornal “Washington Post”, funcionários de algumas companhias latinas que decidiram participar da licitação sofreram ameaças de morte.

Um comunicado oficial sobre os vencedores será divulgado em 1o. de junho. A estimativa é de que o projeto para cobrir os 3.219 quilômetros da fronteira custe US$ 38 bilhões.

Abaixo algumas das ideias:

Projeto da empresa Otra Nation (incluindo foto acima da manchete deste post) destoa dos demais, pois não existe um muro físico para separar as fronteiras, mas sim um trem aéreo chamado de Hyperloop. (Foto: Otra Nation)

 

Painéis solares para recuperar o alto investimento da construção é a proposta da companhia de Las Vegas, Gleason Partners. (Foto: Gleason Partners)

 

A Manatts Construction, com sede em Iowa, propôs muro com inscrições (pagas) de nomes da árvore genealógica de famílias, visando dimunuir os custos do governo americano com a obra. (Foto: Manatts)

 

“Terra Batida” é o nome do projeto em concreto da WTC Construction para “refletir a beleza das terras da fronteira”. (Foto: WTC Construction)

 

Projeto da companhia Penna Group, com sede no Texas, cria mais polêmica ainda. A tela metálica do lado americano permite a visão das terras mexicanas. Do outro lado, o vidro temperado bloqueia a visão dos mexicanos. (Foto: Penna Group)

 

Close-up do projeto “estético’ da iCON Wall Solution. Pedras e cristais são misturados ao concreto para “efeito artístico para olhos” e, ao mesmo tempo, cria dificuldades para o muro ser escalado. (Foto: iCON Wall Solution)

 

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Anunciantes boicotam (e Trump apoia) âncora acusado de assédio http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/#respond Wed, 05 Apr 2017 17:14:03 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-05-at-1.24.48-PM-180x94.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6308 O que fazer quando 34 anunciantes, entre eles as companhias de carro Mercedes-Benz e a farmacêutica Bayer, deixaram de anunciar durante o intervalo de um popular programa de TV sacudido por um escândalo de assédio sexual?

Preencher o espaço com muitas chamadas de outros programas da casa e remanejar para o horário nobre anúncios de qualidade visual menos sofisticada como um de pranchas de equilíbrio (“para esculpir seu abdôme”) que o anunciante comercializara, a preços mais módicos, para ser inserido nos intervalos da programação de madrugada.

Foi isso o que aconteceu, pela segunda noite consecutiva, durante os intervalos do noticiário “The O’Reilly Show”, um dos programas de maior audiência da emissora conservadora Fox News.

Também pela segunda noite consecutiva, seu apresentador, Bill O’Reilly, não fez qualquer menção sobre o polêmico artigo do jornal The New York Times, publicado sábado (1o.), que explicitava acordos que o canal Fox teve que negociar com cinco mulheres que alegaram terem sido vítimas de assédio sexual e abusos verbais de O’Reilly.

No artigo escrito pela dupla de jornalista Emily Steel e Michael Schmidt, documentos com testemunhos das mulheres – algumas trabalhavam diretamente com o apresentador, outras foram comentaristas convidadas do programa – mostravam que o comportamento inapropriado de O’Reilly ocorreu durante conversas corriqueiras e que o assédio incluiu aproximações indesejadas e até telefonemas em que algumas dessas mulheres notaram ruídos que indicavam que O’Reilly estava se masturbando do outro lado da linha.

Em entrevista ao jornal The New York Times feita hoje (5) no salão oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump disse não acreditar que O’Reilly tenha feito “qualquer coisa errada” e que “pessoalmente eu acho que ele não deveria ter feito um acordo”. Trump defendeu o apresentador dizendo que conhece O’Reilly “muito bem” e que “ele é uma boa pessoa”.

Para não seguirem adiante com ações judiciais, a Fox pagou a essas mulheres um total de US$ 13 milhões. Em seu website, O’Reilly fez o único comentário oficial sobre o caso. “Estou vulnerável a processos de indivíduos que querem que eu pague para evitar publicidade negativa”. A razão dos acordos é que O’Reilly queria poupar os dois filhos adolescentes de “situações embaraçosas”.

O número da debandada de anunciantes do “The O’Reilly Factor” já chega ao de 34 empresas. Em notas divulgadas à imprensa, a companhia de carro Mitsubishi disse que lida com as alegações com “muita seriedade”, e a seguradora All State reiterou que “a inclusão e o apoio às mulheres são valores muito importantes para a companhia”.

Gráfico feito por noticiário da rede NBC mostram os anunciantes que romperam relação com o programa da Fox. (Foto: Reprodução)

A rede Fox também soltou comunicado oficial: “Valorizamos nossos parceiros e estamos trabalhando juntamente a eles para expressarmos as suas atuais preocupações com o ‘The O’Reilly Factor’”.

Segundo a jornalista do New York Times, Emily Steel, a rede Fox recentemente renovou seu contrato com o O’Reilly, “mesmo que a companhia estivesse ciente dessas acusações”. Todos os anúncios já pagos foram remanejados para outros programas da casa. Somente a companhia Jenny Craig, responsável por comercializar um sistema de comida para emagrecimento, diz que não tem intenção de romper laços com o programa.

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Hacker usa trecho de canção do Nirvana para protestar contra Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/02/jornal-de-ny-que-apoia-donald-trump-e-hackeado/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/02/jornal-de-ny-que-apoia-donald-trump-e-hackeado/#respond Sun, 02 Apr 2017 03:06:46 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-02-at-12.26.25-AM-180x109.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6280 Usando a saudação nazista “Heil, President Donald Trump” (Salve, presidente Donald Trump), oito “pushes” de notificações de notícias urgentes do jornal conservador New York Post surgiram nos telefones celulares de vários leitores da publicação, inclusive no deste blog, hoje (1o.) à noite.

Os primeiros pushes faziam rogativas à Trump. “Me escute agora, porque falo como um anjo nas palavras de Deus”; “Abra seu coração para aqueles que você não compreende”.

As mensagens continuam com a referência à música “Come As You Are”, do Nirvana: “Não se apresse, apresse-se, a escolha é sua, mas não chegue tarde…”. O hacker também diz que “o destino de sua alma será logo decidido”.

No push de encerramento, o hacker se identifica como Selah. “Com amor lúcido, Selah”. O nome do hacker parece fazer uma alusão à expressão bíblica Selá, que aparece 71 vezes no Livro de Salmos. O significado da palavra é ainda debatido e pode ser entendido como pessoa “honrada” ou ‘honesta” e também “para sempre”.

O jornal pronunciou-se 58 minutos depois do trote, mandando um novo push, em que pedia desculpas ao leitores pelo mecanismo de notificações ter sido “comprometido”.

O New York Post, de propriedade do australiano Rupert Murdoch, apoio o governo Trump.

O Twitter logo começou a repercutir o hacking. “Ahn, @nypost…avisa sua redação”, foi um dos primeiros tuítes.

Banners do jornal New York Post (Foto: Reprodução)

 

(Foto: Reprodução)
Push com pedido de desculpas do jornal. (Foto: Reprodução)
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Rei das ‘fake news’ diz que suas reportagens são 100% legítimas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/#respond Mon, 27 Mar 2017 04:12:53 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-26-at-11.55.55-PM-180x99.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6175 Fake News!

Não, não se trata de um tuíte do presidente Donald Trump desmoralizando o jornal The New York Times ou as redes CNN e NBC. Mas sim de uma fascinante reportagem sobre notícias falsas, fenômeno intensificado durante a última eleição presidencial norte-americana, feita por Scott Pelley, co-âncora do programa jornalístico “60 Minutes”.

A reportagem sobre “impostores mascarados como repórteres que envenenaram a conversa com histórias que pendem para a direita e para a esquerda” foi exibida hoje à noite (26), pela rede CBS. Minutos depois da exibição, ela viralizou nas mídias sociais.

O “60 Minutes” ouviu várias fontes. A mais importante foi o advogado californiano Mike Cernovich, dono do website “Danger & Play”, um das mais populares fontes de notícias falsas nos Estados Unidos. Só no mês passado, o feed do Twitter de Cernovich teve tráfego de 83 milhões de seguidores. “Foi um mês fraco, já tive 150 milhões”, explica o advogado à Pelley.

Foi também no website de Cernovich (ele se considera politicamente de “centro-direita”) que uma notícia falsa ganhou grande repercussão dias antes das eleições americanas, e batizada pela mídia mainstream pelo hashtag “pizzagate”. Segundo o Danger & Play, uma pizzaria de propriedade de James Alefantis, na capital americana, seria, na verdade, uma fachada para esconder uma rede de abuso infantil liderada pela candidata democrata Hillary Clinton e o chefe da campanha dela, John D. Podesta.

Mike Cernovich, do website Danger & Play, sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O Danger & Play chegou a escrever que “o círculo de assessores de Clinton incluía traficantes de crianças, pedófilos e agora membros de uma ‘seita de sexo”. Ouvido por Pelley, o dono da pizzaria disse que sofreu inúmeras ameaças de morte em suas contas no Instagram e Facebook. “Foram momentos aterrorizantes”, explicou Alefantis. Uma das mensagens que Alefantis recebeu foi a de que os intestinos dele deveriam ser arrancados e espalhados pelo chão da pizzaria.

Na reportagem do “60 Minutes”, Cernevich refuta que as notícias de seu site sejam falsas. “Você realmente acredita nelas ou diz isso porque é importante para o seu marketing?”, pergunta Pelley. O advogado diz que elas são “100% verdadeiras”. Pelley ironiza dizendo que Cernevich coloca seu website num nível muito elevado. “Sou advogado, tenho minhas maneiras de aferir evidências”, diz ele.

Cernevich ainda diz que a popularidade de seu website, incluindo seus podcasts, se deve ao fato de ele criar um conteúdo que é  “contundente, divertido, contraintuitivo e contra-narrativas. Tenho uma informação que você não vai encontrar em nenhum outro lugar”.

Notícia falsa do Danger & Play diz que Hillary Clinton sofre de mal de Parkinson. (Foto: Reprodução)

Pelley questiona outra notícia publicada pelo Danger & Play em período pré-eleição, a de que Clinton sofria de mal de Parkinson. A informação foi baseada em especulação de um anestesista que nunca encontrou ou tratou a candidata.

Usuários conservadores das mídias sociais especularam a informação por dias, obrigando Clinton e até a Associação Nacional de Parkinson a divulgarem comunicados oficiais negando a notícia. “Ela teve pneumonia”, diz Pelley. “Como você sabe?” responde Cernevich. “Eu não vou aceitar a palavra dela. A mídia hoje diz a mesma coisa sobre Trump: não vamos acreditar no que ele diz. É por isso que nos encontramos em universos diferentes”, conclui o advogado.=

Outro provedor de fake news entrevistado é Jestin Coler, que comanda os websites “National Report” e “Denver Guardian”. Coler está na categoria que Pelley define como “aqueles que ganham uns trocados” com notícias falsas. Mais especificamente US$ 10 mil por mês ao escrever reportagens contra aborto, Obamacare e até de uma família no Texas que ficou em quarentena ao ser diagnosticada com o vírus do ebola. Cerca de 8 milhões de pessoas leram a notícia.

Coler diz que usa palavras específicas a fim de chamar a atenção para suas “reportagens” (“o sangue do leitor tem que ferver”, diz ele). Coler compara os momentos de picos dos pageviews, e a subsequente queda do interesse pela notícia, ao vício pelas drogas. “Você fica alto, depois cai e ai espera até a próxima vez de ficar chapado”, diz.

Jestin Coler (esq.) sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O falso jornalista ironiza que o Facebook e o Twitter facilitam o trabalho dele. “Basicamente entramos nos grupos que são nossos alvos e propagamos a notícia. Os usuários, são essencialmente, nossos bots. Eles tendem a acreditar em qualquer página colocada na frente deles e que tenha um ‘look noticioso’.”

Pelley entrevista o consultor Jim Vidmar sobre os bots, as falsas contas de mídia social programadas para curtir ou retuitar uma mensagem (Pelley compra um pacote de “bots” de um website russo durante a reportagem). Ele também fala com Phil Howard, chefe do Instituto da Internet da Universidade de Oxford. Durante as semanas pré-eleitorais nos EUA, o time de Howard estudou as notícias veiculadas no Michigan, que é um “swing state”, estado que ponde pender para os democratas ou republicanos. O especialista explica a Pelley que o número de “junk news” publicadas no Michael pré-eleição foi equivalente ao de notícias divulgadas por organizações noticiosas profissionais.

Da empresa TradeDesk, que ajuda companhias a se livrarem de notícias falsas, surge estatística alarmante. Os consumidores de fake news são afluentes, mais velhos e frequentaram o colégio. “Eles não são essencialmente pessoas incultas ou de baixa renda como todo mundo achava”, diz Jeff Green, CEO da empresa, ao “60 Minutes”.

Green explica que, uma vez na frente de uma notícia falsa, os leitores continuam lendo artigos similares, em vez de procurarem por uma página de jornalismo legítimo. São o que ele chama de Internet Echo Chambers” (câmaras de eco da internet).”O mais alarmante disso tudo é que são essas pessoas que saem para votar.”

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Trump cria ‘conflito de incesto’ ao contratar filha, diz apresentador http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/trump-cria-conflito-de-incesto-ao-contratar-filha-diz-apresentador/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/trump-cria-conflito-de-incesto-ao-contratar-filha-diz-apresentador/#respond Wed, 22 Mar 2017 14:50:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6089 Vários apresentadores dos talk shows noturnos da TV americana zombaram do fato de Ivanka Trump estar ganhando um escritório no segundo andar da Casa Branca, e assumindo posição mais formal dentro do governo do pai, o presidente Donald Trump. “Trata-se de conflito de incesto”, disse o apresentador Trevor Noah, do programa “The Daily Show”, exibido ontem (21).

Em janeiro, Ivanka negou que tinha planos de exercer qualquer função dentro da atual administração americana. “Ivanka Trump vai ter um escritório na Casa Branca?”, indagou Seth Meyers, do “Late Night”. “Mais inacreditável que isso, é o fato que Donald Trump tem um também!”

O advogado de Ivanka, Jamie Gorelick, confirmou ao site “Politico”, que sua cliente será “os olhos e ouvidos” do pai. Embora ela não vai ter salário e a posição não será oficial, Ivanka terá acesso a material confidencial, sendo submetida às mesmas normas de investigação aplicadas a outros assessores da Casa Branca, quando eles assumem um trabalho remunerado na sede do governo americano.

Na sexta-feira (17), ela irritou muita gente em Washington, ao sentar-se ao lado de Angela Merkel, durante a visita da chanceler alemã à Casa Branca. “Ivanka vai poder usar dos 20 anos de experiência em questões de política interna e internacional que ela adquiriu vendendo sandálias na (loja) Nordstrom”, disse Jimmy Kimmel, do talk show “Jimmy Kimmel Live”. E o apresentador acrescentou: “A maioria das empresas não permite nem que os funcionários levem a filha para o escritório a fim de vender biscoitos para arrecadar dinheiro para o grupo de escoteiras”.

O inglês James Corden, que comanda o “The Late Late Show”, disse ter “ficado feliz” ao saber que Ivanka será “os olhos e ouvidos” do pai. “Agora é torcer para ela também ser a boca e os dedos ‘tuiteiros’ de Trump”. Corden opinou sobre a verdadeira função de Ivanka. “Basicamente ela vai ficar andando pela Casa Branca e dizendo: ‘chega disso! Vou contar pro meu pai’”.

Mas a melhor teoria vem de Kimmel.  “Suspeito que eles a colocaram no segundo andar da Casa Branca, próxima do Salão Oval, pois assim alguém pode correr para lá e pegá-la, caso o pai decida atacar alguma coisa com armas nucleares. Ela poderá ser a única que o pai vai escutar”.

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Restaurantes da moda abrigam casos de intolerância política http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/19/restaurantes-da-moda-abrigam-casos-de-intolerancia-politica/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/19/restaurantes-da-moda-abrigam-casos-de-intolerancia-politica/#respond Sun, 19 Mar 2017 21:27:59 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6030 Os jornais americanos noticiaram hoje (19) dois incidentes isolados, acontecidos em restaurantes da moda, e que refletem o aumento da intolerância em tempos de uma melindrosa sensibilidade política criada pela retórica de ódio de Donald Trump. Os casos ocorreram em dois dos mais liberais estados do país, Califórnia e Nova York.

Ao visitar um restaurante em Huntington Beach, a 60 quilômetros de centro de Los Angeles, na Califórnia, a filha de imigrantes mexicanos Brenda Carillo, 23, jamais poderia imaginar que teria de apresentar uma prova de residência. Mas foi exatamente esse o pedido que um garçom do restaurante Saint Marc fez.

Indignada, uma colega de Carillo repetiu ao mesmo garçom, a frase que este acabara de dizer: “posso ver uma prova de residência?”. E o garçom, segundo entrevista de Carillo ao jornal “Los Angeles Times”, se explicou: “Preciso ter certeza que você é daqui antes de servi-la”. Quando duas outras amigas de Carillo chegaram, o garçom repetiu o pedido de prova legal de residência. As amigas resolveram reclamar para o gerente, que pediu desculpas e se ofereceu a trocá-las de lugar. O quarteto declinou e deixou o restaurante.

Carillo, que mora na Califórnia, trabalha numa ONG que presta serviços sociais para famílias e jovens e se considera “uma latina de pele clara”, explicou que, horas mais tarde, ainda abalada com o ocorrido, decidiu tornar público o incidente em mídias sociais. Fez um post no Facebook sobre o incidente e escreveu uma crítica no popular site de resenhas Yelp.

O gerente do local entrou novamente em contato com Carillo, pedindo desculpas e explicando que demitira o garçom. Também ofereceu passes VIPs para Carillo e amigas, e disse que doaria 10% do rendimento do restaurante durante um fim de semana para entidades sociais da escolha delas. “Fico mais assustada pelos outros membros de minha comunidade, que são imigrantes”, disse Carillo ao “Los Angeles Times”. “Se uma situação dessas acontece com eles, tenho certeza que vão ficar com medo de protestar”.

Em Nova York, garçons de um restaurante no West Village, que serviu de locação para a cena em que a personagem Miranda (Cynthia Nixon), do seriado de TV “Sex and the City”, celebra o casamento com as amigas, pediu que um simpatizante de Donald Trump se retirasse do local.

O cliente, Greg Piatek, 30, um contador da Filadélfia, disse que visitou o local com dois amigos no final de janeiro. Ao pedirem uma segunda rodada de drinques, uma garçonete notou que Piatek usava o famoso boné vermelho da campanha presidencial de Trump com a frase “Faça a América Ser Grandiosa Novamente”, e avisou o bartender que os atendia.

Em artigo do jornal “New York Post”, Greg Piatek, de boné, disse que foi destratado por garçons de um restaurante da moda em Manhattan (o dono, à direita), por ser simpatizante de Donald Trump. (Foto: Reprodução)

 

Piatek disse ao jornal “The New York Post” que o garçom, então, depois de perguntar se o boné “era algum tipo de brincadeira” e ouvir uma negativa, pediu para que Piatek e os amigos deixassem o local: “Qualquer pessoa que apoia Trump não é bem-vinda aqui. Você tem que deixar o restaurante agora, pois nós não o serviremos”, teria dito o garçom. O trio de amigos foi escoltado para fora pelo gerente do lugar, e agora Piatek decidiu entrar com um processo contra o restaurante na Suprema Corte de Nova York. O advogado de Piatek alega que a situacão foi “humilhante”.

O “Post”, de propriedade do magnata australiano Rupert Murdoch e com linha editorial pró-Trump, destacou um de seus colunistas para visitar bares e restaurantes populares dos bairros SoHo e Harlem, em Manhattan, e também em áreas do Brooklyn, usando o mesmo boné vermelho da campanha do presidente.

Na maioria dos estabelecimentos visitados, o colunista Dean Balsamini disse ter sido destratado, ou virado motivo de piada,  por garçons. Ao andar por Williamsburg, bairro do Brooklyn, Balsamini disse que foi confrontado na rua por um “hipster de skinny jeans”, que o ameaçou: “Tire essa merda de boné da cabeça”.

Numa calçada na área do Lincoln Center, em Manhattan, o colunista avistou o comediante Chris Rock e pediu para que este posasse para uma selfie. “Ele ergueu a palma de mão e continuou andando”, escreveu Balsamini.

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Trump superou Baldwin na arte de parodiar Trump, diz apresentador http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/trump-superou-baldwin-na-arte-de-interpretar-trump-diz-apresentador/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/trump-superou-baldwin-na-arte-de-interpretar-trump-diz-apresentador/#respond Sat, 18 Mar 2017 03:07:08 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-17-at-9.57.09-PM-180x120.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5998 Os editores do jornal “O Popular”, da República Dominicana, devem prestar atenção redobrada hoje à noite (17) ao selecionar uma foto do presidente Donald Trump, e tentar não confudi-lo mais uma vez com o ator Alec Baldwin (acima), que o interpreta quase que semanalmente no programa humorístico da TV “Saturday Night Live”.

Segundo o âncora norte-americano Chris Matthews, do programa de notícias “Hardball”, da rede MSNBC, o encontro de hoje entre a chanceler alemã Angela Merkel e Donald Trump elevou o último a um novo patamar. Trump teria superado Alec Baldwin na arte de parodiar…Trump. “Nós o vimos (Trump) hoje na Casa Branca…fazendo um trabalho melhor de interpretar Trump, da maneira mais ridícula, do que o próprio ator poderia”, disse Matthews hoje à noite.

Matthews disse também que o comportamento de Trump ao ser questionado por um repórter alemão sobre suas recentes declarações acerca de grampos telefônicos, encomendados, segundo ele, pelo ex-presidente Barack Obama, “é a mais cristalina declaração de um presidente americano que quer criar um rumor sobre seu antecessor”. O âncora sugeriu que Trump “abandone a comédia” e “habite a Casa Branca, aceitando suas tarefas”.

 

Angela Merkel e Donald Trump momentos antes de ele se recusar a apertar a mão da chanceler alemã. (Foto: Divulgação)

 

Durante uma sessão de fotos, que antecedeu a coletiva de imprensa que os dois líderes conduziram conjuntamente no Salão Leste da Casa Branca, Trump se recusou a apertar a mão de Merkel, que não conseguiu disfarçar o constrangimento, balançando a cabeça num misto de rápida desaprovação e sarcasmo. Isso depois que Trump, sentado na mesma posição no mês passado, quase rendeu um torcicolo ao primeiro-ministro Shinzo Abe, apertando a mão do líder japonês por 19 segundos.

 

No passado, Merkel só ganhou amor dos presidentes americanos. George W. Bush arriscou fazer uma bizarra massagem nos ombros de Merkel durante um encontro do G-8, na Rússia, em 2006. E Barack Obama sempre foi o schatzi (amorzinho) da chanceler. A imprensa alemã ainda ridiculariza o fato de que Merkel tem uma quedinha secreta por Obama.

No começo do ano, a humorista inglesa Tracey Ullman, que satirizou Angela Merkel em seu programa da rede HBO, participa de um quadro no qual a assistente da chanceler pergunta de onde vem o aroma gostoso de um blazer sujo dela. “Obaaaaaama…Ele é um abraçador”, diz Merkel revirando os olhos.

 

A mais famosa foto de Angela Merkel e Barack Obama, que parece ter saído de uma cena de “A Noviça Rebelde”, de braços abertos nos Alpes. (Foto: Pete Souza/White House)

 

 

 

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