Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Americanos acreditam mais na imprensa, mas desaprovam cobertura do governo Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/#respond Wed, 10 May 2017 18:31:16 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6506 Na guerra travada entre Donald Trump e a grande mídia, a imprensa americana parece levar pequena vantagem. Os eleitores americanos confiam mais na imprensa do que no presidente dos EUA, mas desaprovam o tom que repórteres e editores empregam na cobertura da atual administração da Casa Branca.

Essa é a constatação de nova pesquisa nacional feita pela Universidade de Quinnipiac, em Connecticut, e divulgada nesta quarta (10).

Cerca de 58% dos eleitores americanos não concordam com a maneira que a imprensa americana reporta as ações de Trump. Por outro lado, 65% das mesmas pessoas entrevistadas na pesquisa desaprovam os comentários que Trump faz sobre a imprensa. Em termos de credibilidade, 57% dos eleitores confiam que imprensa fala mais a verdade sobre assuntos importantes do que Trump (31%).

A pesquisa também aponta que, apesar de pequeno aumento da aprovação no governo do presidente americano após ele decidir bombardear a Síria no começo de abril, agora esse número voltou a cair para níveis recordes. Somente 36% do eleitorado aprova o trabalho de Trump na Casa Branca (a desaprovação é de 58%). Os números mais críticos dessa derrocada da popularidade do presidente surgem por entre eleitores que antes pareciam apoiar Trump: homens brancos, sem diploma universitário, e eleitores independentes.

]]>
0
Mundo em miniatura pode virar novo blockbuster do turismo de NY http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/16/em-ny-incrivel-mundo-miniatura-coloca-rio-mais-proximo-de-brasilia/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/16/em-ny-incrivel-mundo-miniatura-coloca-rio-mais-proximo-de-brasilia/#respond Sun, 16 Apr 2017 04:59:11 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-16-at-12.25.40-AM-180x134.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6383 Um admirável mundo novo do tamanho de um campo de futebol está sendo finalizado no antigo prédio do jornal The New York Times, na rua 44, centro de Nova York.

Na tarde de quinta-feira (13), em uma segunda visita deste blog ao local, a situação era a seguinte.

Dois jovens usando proteção descartável para os sapatos cuidavam dos últimos detalhes das montanhas multicoloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia, na China, mais conhecida como Montanhas Arco-Íris. Uma fiação ainda pairava sob uma pirâmide do Egito. O museu Guggenheim de Nova York estava praticamente pronto. Só faltava alguém arrancar a fita crepe de uma das laterais do prédio originalmente criado pelo arquiteto Frank Lloyd Wright.

O verniz da comentada estátua da Garota Destemida, símbolo do empoderamento feminino que fica desafiadora na frente do touro de Wall Street, já havia secado. Também prontos estavam a Garganta do Diabo, a maior queda das Cataratas do Iguaçu, com uma cascata de 500 litros de água, e o Caminito, em Buenos Aires.

No Rio de Janeiro, com holofotes verde e amarelo iluminando o Cristo Redentor, o organograma estava um pouco atrasado. A praia de Copacabana se encontrava seca, pois a bomba de água ainda não funciona. E o bondinho do Pão de Açúcar ainda não havia sido instalado. Porém, o calçadão já estava sendo frequentado por vários cariocas e turistas. E no trânsito da orla, até um caminhão da marca de chocolates Garoto era visível.

As duas capitais brasileiras, enfim, juntas. (Foto: Marcelo Bernardes)

Está faltando muito pouco tempo para a inauguração oficial, no dia 9 de maio, da exposição “Gulliver’s Gate” (O Portão de Gulliver), um incrível mundo em miniatura representado por 100 cidades, de 50 países, e que está custando US$ 40 milhões para ser construído. Inspirado no Miniatur Wunderland em Hamburgo, na Alemanha, a nova atração de Nova York deve se tornar uma das paradas turísticas obrigatórias da região do Times Square.

A exposição é tão engenhosa, atraente e compatível ao formato dos instagramadores que seus criadores esperam mantê-la funcionando por pelo menos dez anos. A direção executiva é de Eiran Gazit, que foi ex-major do exército israelense por 14 anos, antes de apresentar Israel, seu primeiro “mundo” em miniatura, em 2013. Um ano mais tarde, Gazit decidiu ser mega-ambicioso com “Gulliver’s Gate”. Fez uma campanha na Kickstarter, com orçamento inicial de US$ 20 mil, logo atraindo investidores. Seu maior sócio, co-criador da exposição, é Michael Langer, executivo do ramo imobiliário de Nova York.

O hotel Marina Bay Sands e o museu ArtScience, do arquiteto israelense Moshie Safadie, ambos em Cingapura. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Como na Lilliput criada pelo escritor irlandês Jonathan Swift, todos os 300 lugares de 50 países – cartões postais ou não -, foram construídos numa escala de 1:87, ou seja próximos dos 15 cm da história de Swift que transformou o médico Lemuel Gulliver num gigantão. Esse mundo de 4.5 mil metros quadrados é dividido em oito seções, construídas em forma de bancadas. Ele é habitado por 100 mil pessoas em miniatura, com 10 mil carros e caminhões nas ruas, incluindo um da empresa transportadora Vasconcelos Logística.

 

Os Beatles atravessam a Abbey Road. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Uma pessoa normal de 1m80 de altura é representada na exposição por um bonequinho de 2 centímetros. Entre os 100 mil habitantes, alguns ilustres como John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison atravessando, obviamente, a Abbey Road. Existem muitos easter eggs a serem descobertos na exposição. É preciso muita destreza, no melhor estilo Onde Está Wally?, para localizar o Homem-Aranha no topo da Brooklyn Bridge, Dom Quixote e o cavalo Rocinante se aproximando de um moinho de vento na Espanha, ou um bando de ursos, na Rússia, que armam um levante contra seus caçadores, roubando e empunhando as armas deles. Os criadores da exposição prometem novos easter eggs periodicamente.

 

Homem-Aranha, na Brooklyn Bridge, é um dos vários easter eggs da exposição. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Ao contrário do mundo atual, o do Gulliver’s Gate é pacífico como num parque da Disney. Meca é ordeiramente ultra-populada. Jerusalém é um retrato de serenidade, unindo Via Dolorosa com a ponte Chords, criada pelo arquiteto Santiago Calatrava e inaugurada em 2008. Mas existem “pequenos probleminhas” perturbando a paz mundial. Na Bélgica, pode se encontrar um foco de incêndio numa reserva florestal. Em Nova York, duas mulheres parecem ser mantidas como refém durante assalto. Numa rua próxima do Kremlin, um urso (ah, os ursos!) estrangula o trânsito. E, no Egito, múmias correm atrás de turistas como se fosse parte da trama de uma comédia hollywoodiana estrelada por Abbott e Costello.

As gracinhas desta exposição são desprovidas (por enquanto) de qualquer polêmica, pois seus criadores decidiram que os “mundos” só seriam criados por artistas que entendessem a cultura retratada. Dentro dessa “concepção”, argentinos criaram toda a América Latina e os italianos toda a Europa.

 

Cena de um roubo em Manhattan. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Os modelos em miniaturas foram desenhados via computador e depois criados por impressoras 3D num período de 12 meses. Cerca de 600 pessoas, divididas em sete times de artistas, trabalharam em partes diferentes do planeta. As miniaturas foram mais tarde despachadas para Nova York.

A construção de Nova York, a mais complicada, durou 11 meses e envolveu uma equipe de 16 pessoas que trabalharam num galpão no Brooklyn. Os mínimos detalhes foram observados, como as construções do bairro do Village, em Nova York, com seus característicos telhados com papel de piche e paredes externas de tijolo exposto, com direito a desgastes provocados pela ação do tempo.

A América Latina não foi relegada à segundo plano (a Austrália e a África ganharam menos atenção). A região é a que tem a maior bancada da exposição: com 113 metros quadrados. Também foi a única a ganhar uma ilha central, e com direito a água corrente que permite, no caso do Canal do Panamá, que grandes navios circulem pela área. Em outras partes do mundo, lagos e rios foram feitos de papel celofane verde e azul, e barcos, lanchas e canoas deslizam por eles com a ajuda de imãs.

 

Trem passa pelas linhas e geóglifos de Nasca e das Pampas de Jumana, no Peru. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Uma equipe de 15 argentinos construiu a maquete da América Latina num estúdio em Buenos Aires em exatos 58 dias, antes de despacharem pedaços dela para Nova York. Entre os destaques estão as ruínas de Machu Picchu, no Peru, e as de San Ignácio Miní, em Buenos Aires, afluentes do rio Amazonas e as linhas e geóglifos de Nasca e das Pampas de Jumana, no Peru. Outras maquetes foram construídas em Nova Jersey (a capital americana Washington), Jerusalém (a seção Oriente Médio), Pequim (China), Rimini (Europa) e São Petersburgo (Rússia).

 

Jerusalém. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A primeira das bancadas, na entrada da exposição, é dedicada à Nova York. Todas os lugares mais famosos da cidade estão representados, incluindo desde a Broadway até o quase finalizado prédio residencial, em forma de uma pirâmide distorcida, feito pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, na rua 57.

Licenças geográficas e de períodos foram tomadas. O museu Guggenheim está quase do lado da Grand Central Station, e os bairros Chinatown e Little Italy são apresentados em suas versões do começo do século 20, com chão de terra batida e cavalos como meio de transporte.

Na parte brasileira, a Catedral de Brasília fica ao pé do Corcovado. Ao fundo da obra de Oscar Niemeyer, pode se ver o topo da torre do banco ICBC, em Buenos Aires. Há também uma comunidade carente erguida em cima de um túnel no canto direito da praia de Copacabana.

 

Detalhe de comunidade carente no Rio. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A parte latino-americana ainda tem muitas linhas de trem que cortam dos Pampas à América Central. Existe um total de 1 mil trens em miniaturas percorrendo a exposição, com 12 mil vagões. Muitos deles funcionando via interatividade. Os visitantes podem interagir de várias maneiras, incluindo botões que mostram o interior de uma pirâmide do Egito, um concerto de música clássica na cidade de Praga e várias opções de show de rock num palco na Inglaterra, incluindo a banda Queen, The Clash, e Adele, esta última cantando “Rolling in the Deep”.

 

A Cidade Proibida, na China, e as torres Petronas, na Malásia. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

China, Rússia e Índia roubam a cena, ajudadas pela iluminação da exposição, que simula a luz do fim do dia, ou a hora mágica. Os monumentos de Washington D.C. destoam das demais partes, por serem confinados e protegidos por caixas de vidro. Mas as maquetes impressionam. O Lincoln Memorial tem a figura de Martin Luther King discursando em sua frente, um casal de noivos e a estátua de Abraham Lincoln sentado na cadeira. Na frente da Casa Branca, um presidente caubói (seria Ronald Reagan?) parece esperar por alguém. Aos fundos da sede do governo americano rola uma festinha e, em uma de suas laterais, duas mulheres tomam sol de biquini.

 

Casa Branca com presidente caubói na porta. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Sem espaço para comida e lojinhas de souvenir, a exposição tem outros truques mais inventivos para faturar. Entre elas, um dos raros scanners de corpo inteiro, o Cobra 3G Body, que captura ângulo de 360 graus dos visitantes. Os participantes podem escolher por um avatar em miniatura, que pode se juntar permanentemente à população de 100 mil pessoas do mundo liliputiano (não falta espaço para isso) ou uma versão maior, em 16cm, que fica pronta em até quatro dias. Ambas são feitas via impressora 3D.

 

Versões miniaturizadas da equipe da Gulliver’s Gate e as maiores em 16 cm, ambas feitas por impressora 3D. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A exposição está em período de pré-estreia e tem ingressos com desconto (eles precisam ser reservados na internet) que custam US$ 25. Depois da estreia oficial, no dia 9 de maio, os ingressos para adultos vão custar US$ 36 na porta (US$ 32 on-line) e crianças e idosos pagam US$ 28 (US$ 24 on-line).

 

Assista making of da maquete da América Latina, feita em Buenos Aires:

 

Abaixo outras fotos:

China: arranha-céus e Cidade Proibida. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Pão de Açúcar ainda sem o bondinho. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Estátua da Liberdade, de Nova York, com as costa de fora. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Meca foi construída em Jerusalém. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Pessoas caminham pela Brooklyn Bridge, em Nova York. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Novíssimo prédio residencial do arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, em Nova York, está na exposição. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A Grand Central Station, um dos pontos altos da exposicão. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Outro ângulo da Grand Central Station, com seus andares subterrâneos. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Egito esconde um dos easter eggs: múmias correndo atrás de turistas. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Ponte da Mulher em Buenos Aires. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Consertando Manhattan com durex. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Retocando as montanhas multicoloridas da China. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Broadway, o parque suspenso High Line e até um muro com pichação. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Lagos são feitos com papel celofane e embarcações se movimentam com imãs. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Meu dedo “gulliverniano” na Abbey Road. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Dedo em Copacabana. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

De olho no Brasil. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Veneza e o Coliseu foram construídos em Rimini, na Itália. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Europa com Torre de Pisa ao fundo. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Torre de Belém, em Portugal, ao pé da Eiffel, em Paris. Repare fotógrafo (com tripé) em primeiro plano, fazendo imagem de um casal de noivos. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Outro ângulo de comunidade carente no Rio. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Arco do Triunfo e o rio Sena, em Paris. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Fila para entrar no museu do Louvre. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Maquete da Rússia foi construída em São Petersburgo. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Central de controle da exposição pode ser vista pelo público. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Scanner Cobra 3G Body faz bonecos em miniatura e em 16 cm. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

 

O Taj Mahal. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

A estátua da Garota Destemida enfrenta o touro de Wall Street. (Foto: Marcelo Bernardes)

 

Detalhe caminhão da Garoto na orla. (Foto: Marcelo Bernardes)
]]>
0
Morre em Nova York, aos 65, criador do símbolo da causa LGBT http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/01/criador-do-simbolo-da-causa-lgbt-morre-em-nova-york-aos-65-anos/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/01/criador-do-simbolo-da-causa-lgbt-morre-em-nova-york-aos-65-anos/#respond Sat, 01 Apr 2017 04:57:02 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-01-at-12.49.05-AM-180x119.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6269 Desde que surgiu numa manifestação gay na cidade norte-americana de São Francisco, em 1978, a bandeira do arco-íris, hoje símbolo do movimento LGBT mundialmente, nunca foi patenteada. Seu criador, Gilbert Baker, se recusou a registrar o símbolo, e a se beneficiar financeiramente dele. “Foi um presente para o mundo”, confidenciou a um amigo. Baker, que trocou a costa oeste americana por Nova York, onde morava desde 1994, morreu durante o sono, na madrugada de sexta (31), aos 65 anos. Seu corpo foi encontrado por um amigo, Cleve Jones, também defensor da causa gay.

Gilbert Baker, com sua criação. Ele morreu durante o sono. (Foto: Divulgação)

 

Baker criou a bandeira, que hoje também é emblema da inclusão e do movimento paz e amor, a pedido de Harvey Milk, líder gay de São Francisco. Milk queria um símbolo que representasse o movimento gay. A bandeira foi apresentada numa passeata de verão pelas ruas do bairro Castro, em 25 de junho de 1978. Cinco meses depois, Milk, juntamente com o prefeito da cidade, George Moscone, viria a ser assassinado por um rival, o político Dan White.

As primeiras bandeiras tinham oito cores berrantes, cada uma com um significado diferente. Pink para sexo, vermelho para vida, laranja representando o processo de cura, amarelo para o sol, verde para a natureza, turquesa como mágica, azul para a paz e harmonia, e púrpura significando o espírito. Um ano mais tarde, a bandeira foi redesenhada com apenas seis cores. O pink e turquesa caíram fora do design da bandeiras porque os tecidos daquelas cores eram mais caros na época.

Baker nasceu no Kansas e foi soldado. Depois de ter sido dispensado, com honrarias, pelo exército, decidiu aprender a costurar. Fazia vestidos e fantasias para um número performático, como drag queen, que apresentava na noite de São Francisco.

Um ano depois de ter criado a bandeira, foi trabalhar na empresa que a fabricou em massa para todos os EUA. Mas decidiu deixar a companhia para trabalhar em arte e design. Mudou-se para Nova York mais tarde. No final da tarde de 36 de junho de 2015, quando a Suprema Corte americana legalizou o casamento gay nos Estados Unidos, 26 milhões de usuários do Facebook criaram uma foto para o perfil que incluía as cores da bandeira. O presidente Barack Obama ordenou que a cores do movimento LGBT iluminassem a Casa Branca naquela noite histórica de 2015.

As cores da bandeira gay iluminaram a Casa Branca na noite do dia 26 de junho de 2015, quando a Suprema Corte votou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA. (Foto: Pete Souza)

No ano passado, Baker criou várias bandeiras para a minissérie gay da rede ABC, “Nossa Luta” (When We Rise, no original). O programa, exibido nos EUA e Brasil recentemente, foi criado por Dustin Lance Black, o roteirista vencedor do Oscar pela cinebiografia de Harvey Milk, “Milk – A Voz da Igualdade”, estrelada por Sean Penn em 2008.

Baker também vinha trabalhando num projeto de criar 39 bandeiras com as oito cores originais, mais uma extra, lavanda, para representar diversidade. Elas seriam apresentadas durante o aniversário de 39 anos da bandeira, em junho.

 

O ator T.R. Knight em cena da minissérie sobre a causa gay “When We Rise”. (Foto: Eike Schroter/ABC)
]]>
0
Trump cria ‘conflito de incesto’ ao contratar filha, diz apresentador http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/trump-cria-conflito-de-incesto-ao-contratar-filha-diz-apresentador/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/trump-cria-conflito-de-incesto-ao-contratar-filha-diz-apresentador/#respond Wed, 22 Mar 2017 14:50:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6089 Vários apresentadores dos talk shows noturnos da TV americana zombaram do fato de Ivanka Trump estar ganhando um escritório no segundo andar da Casa Branca, e assumindo posição mais formal dentro do governo do pai, o presidente Donald Trump. “Trata-se de conflito de incesto”, disse o apresentador Trevor Noah, do programa “The Daily Show”, exibido ontem (21).

Em janeiro, Ivanka negou que tinha planos de exercer qualquer função dentro da atual administração americana. “Ivanka Trump vai ter um escritório na Casa Branca?”, indagou Seth Meyers, do “Late Night”. “Mais inacreditável que isso, é o fato que Donald Trump tem um também!”

O advogado de Ivanka, Jamie Gorelick, confirmou ao site “Politico”, que sua cliente será “os olhos e ouvidos” do pai. Embora ela não vai ter salário e a posição não será oficial, Ivanka terá acesso a material confidencial, sendo submetida às mesmas normas de investigação aplicadas a outros assessores da Casa Branca, quando eles assumem um trabalho remunerado na sede do governo americano.

Na sexta-feira (17), ela irritou muita gente em Washington, ao sentar-se ao lado de Angela Merkel, durante a visita da chanceler alemã à Casa Branca. “Ivanka vai poder usar dos 20 anos de experiência em questões de política interna e internacional que ela adquiriu vendendo sandálias na (loja) Nordstrom”, disse Jimmy Kimmel, do talk show “Jimmy Kimmel Live”. E o apresentador acrescentou: “A maioria das empresas não permite nem que os funcionários levem a filha para o escritório a fim de vender biscoitos para arrecadar dinheiro para o grupo de escoteiras”.

O inglês James Corden, que comanda o “The Late Late Show”, disse ter “ficado feliz” ao saber que Ivanka será “os olhos e ouvidos” do pai. “Agora é torcer para ela também ser a boca e os dedos ‘tuiteiros’ de Trump”. Corden opinou sobre a verdadeira função de Ivanka. “Basicamente ela vai ficar andando pela Casa Branca e dizendo: ‘chega disso! Vou contar pro meu pai’”.

Mas a melhor teoria vem de Kimmel.  “Suspeito que eles a colocaram no segundo andar da Casa Branca, próxima do Salão Oval, pois assim alguém pode correr para lá e pegá-la, caso o pai decida atacar alguma coisa com armas nucleares. Ela poderá ser a única que o pai vai escutar”.

]]>
0
Trump superou Baldwin na arte de parodiar Trump, diz apresentador http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/trump-superou-baldwin-na-arte-de-interpretar-trump-diz-apresentador/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/18/trump-superou-baldwin-na-arte-de-interpretar-trump-diz-apresentador/#respond Sat, 18 Mar 2017 03:07:08 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-17-at-9.57.09-PM-180x120.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5998 Os editores do jornal “O Popular”, da República Dominicana, devem prestar atenção redobrada hoje à noite (17) ao selecionar uma foto do presidente Donald Trump, e tentar não confudi-lo mais uma vez com o ator Alec Baldwin (acima), que o interpreta quase que semanalmente no programa humorístico da TV “Saturday Night Live”.

Segundo o âncora norte-americano Chris Matthews, do programa de notícias “Hardball”, da rede MSNBC, o encontro de hoje entre a chanceler alemã Angela Merkel e Donald Trump elevou o último a um novo patamar. Trump teria superado Alec Baldwin na arte de parodiar…Trump. “Nós o vimos (Trump) hoje na Casa Branca…fazendo um trabalho melhor de interpretar Trump, da maneira mais ridícula, do que o próprio ator poderia”, disse Matthews hoje à noite.

Matthews disse também que o comportamento de Trump ao ser questionado por um repórter alemão sobre suas recentes declarações acerca de grampos telefônicos, encomendados, segundo ele, pelo ex-presidente Barack Obama, “é a mais cristalina declaração de um presidente americano que quer criar um rumor sobre seu antecessor”. O âncora sugeriu que Trump “abandone a comédia” e “habite a Casa Branca, aceitando suas tarefas”.

 

Angela Merkel e Donald Trump momentos antes de ele se recusar a apertar a mão da chanceler alemã. (Foto: Divulgação)

 

Durante uma sessão de fotos, que antecedeu a coletiva de imprensa que os dois líderes conduziram conjuntamente no Salão Leste da Casa Branca, Trump se recusou a apertar a mão de Merkel, que não conseguiu disfarçar o constrangimento, balançando a cabeça num misto de rápida desaprovação e sarcasmo. Isso depois que Trump, sentado na mesma posição no mês passado, quase rendeu um torcicolo ao primeiro-ministro Shinzo Abe, apertando a mão do líder japonês por 19 segundos.

 

No passado, Merkel só ganhou amor dos presidentes americanos. George W. Bush arriscou fazer uma bizarra massagem nos ombros de Merkel durante um encontro do G-8, na Rússia, em 2006. E Barack Obama sempre foi o schatzi (amorzinho) da chanceler. A imprensa alemã ainda ridiculariza o fato de que Merkel tem uma quedinha secreta por Obama.

No começo do ano, a humorista inglesa Tracey Ullman, que satirizou Angela Merkel em seu programa da rede HBO, participa de um quadro no qual a assistente da chanceler pergunta de onde vem o aroma gostoso de um blazer sujo dela. “Obaaaaaama…Ele é um abraçador”, diz Merkel revirando os olhos.

 

A mais famosa foto de Angela Merkel e Barack Obama, que parece ter saído de uma cena de “A Noviça Rebelde”, de braços abertos nos Alpes. (Foto: Pete Souza/White House)

 

 

 

]]>
0
Revista seleciona as fotos mais “fofas” do casal Obama http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/10/revista-seleciona-as-fotos-mais-fofas-do-casal-obama/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/10/revista-seleciona-as-fotos-mais-fofas-do-casal-obama/#respond Sat, 10 Dec 2016 22:38:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5473 Já está chegando a hora de ir! Em entrevista “saideira” para a revista norte-americana “People”, que chegou às bancas dos Estados Unidos na sexta (9), o presidente Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama analisam os oito anos que passaram na Casa Branca. O casal se muda da sede oficial do governo americano no dia 20 de janeiro de 2017, quando o presidente-eleito Donald Trump toma posse.

O casal Barack Obama e Michelle Obama em entrevista "saideira" para a revista "People". (Foto: Cass Bird/People)
O casal Barack Obama e Michelle Obama em entrevista “saideira” para a revista “People”. (Foto: Cass Bird/People)

Na entrevista, Obama revela que “adora” a sogra, Marian Robinson, e que foi boa ideia tê-la convidado para morar na Casa Branca com o casal. “Ela me protege da Michelle”, disse o presidente. “Se a Michelle está brava comigo, (minha sogra) diz: ‘ele é um bom rapaz – pare com isso.'”

A “People” também selecionou as fotos oficiais mais “fofas” da administração Obama. Confira:

*

FEVEREIRO DE 2009: SALA DE CINEMA PARTICULAR DA CASA BRANCA

O presidente Barack Obama, a primeira-dama Michelle Obama usam óculos 3-D para assistir a um dos comerciais durante a transmissão do Super Bowl de 2009, no qual o time de futebol americano Pittsburgh Steelers venceu o Arizona Cardinals. Também presentes estão familiares dos Obama, membros do Gabinete do presidente e também do Congresso, de ambos os partidos.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

ABRIL DE 2009: PALÁCIO DE BUCKINGHAM, INGLATERRA

Quebrando o protocolo, Michelle Obama, que acompanhou o presidente Barack em audiência com a rainha Elizabeth 2a., deu um “tapinha” nas costas da monarca. Apesar de aparentar desconforto inicial, Elizabeth 2a. retribuiu o gesto, passando o braço em volta da cintura da primeira-dama.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

MAIO DE 2009, GRAMADO DA CASA BRANCA

Três meses depois de sua posse, Obama brinca com o cachorro Bo, que quase chegou a ser batizado de Frank (a primeira-dama vetou o nome). O cão-d’água português Bo foi um presente que Obama tinha prometido às filhas, Malia e Sasha, durante a campanha presidencial, em 2008.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

JULHO DE 2009, SEÇÃO DE VEGETAIS DE SUPERMERCADO NO ESTADO DA VIRGINIA

Durante visita a supermercado na cidade de Bristol, na Virginia, Obama faz uma pausa e come um pêssego. O gesto foi bem de acordo com a campanha “Let’s Move!”, criada pela primeira-dama e destinada a combater a obesidade e melhorar a alimentação das crianças americanas. Em uma entrevista, Obama, ao comentar que Michelle não havia envelhecido “um tiquinho”, enquanto ele estava cheio de cabelos brancos, brincou: “Perguntei qual o segredo e ela me disse: ‘(comer) frutas frescas e vegetais’. É irritante!”

(Foto: Peter Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

 

ABRIL DE 2015, TALK SHOW DO APRESENTADOR JIMMY FALLON, EM NOVA YORK

A primeira-dama Michelle e Jimmy Fallon (em drag) dançam em esquete humorístico do programa do apresentador. O segmento imediatamente viralizou na internet.

(Foto: Chuck Kennedy/White House)
(Foto: Chuck Kennedy/White House)

*

JUNHO DE 2015, KRÜN, ALEMANHA

Durante a reunião do G7, em Krün, Alemanha, a conversa entre Obama e a chanceler alemã Angela Merkel virou sensação nas redes sociais, com direito a muitos memes pela semelhança da pose da chanceler com cena do filme “A Noviça Rebelde”, em que a atriz Julie Andrews aparece com os braços abertos, rodopiando nos Alpes. Muitos bons amigos, a imprensa alemã disse que Merkel sempre teve uma “quedinha” por Obama. Em recente episódio da série de TV ” Tracey Ullman’s Show”, a comediante inglesa Tracey Ullman, que interpreta vários personagens famosos, cria um esquete em que Merkel repreende a assistente por essa criticar que seu blazer está sujo e precisa ser lavado: “não manda para o tintureiro, ele ainda tem o cheirinho do Obama”, diz Merkel, revirando os olhos.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

DEZEMBRO 2015, SALÃO OVAL DA CASA BRANCA

O comediante Jerry Seinfeld bate na janela do Salão Oval da Casa Branca durante gravação da participação do presidente Obama na série “Comedians in Cars Getting Coffee”.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)

*

FEVEREIRO 2016, SALÃO AZUL DA CASA BRANCA

Antes de uma recepção para celebrar o mês da história negra americana, comemorado sempre em fevereiro, o presidente e a primeira-dama conversam com a convidada Virginia McLaurin, a mais velha negra dos EUA. Mesmo de bengala, Virginia, de 106 anos, improvisou uns passos de dança com o casal. “A senhora tem que diminuir o ritmo”, disse Obama.

(Foto: Lawrence Jackson)
(Foto: Lawrence Jackson/White House)

*

ABRIL DE 2016, PALÁCIO DE KENSINGTON, INGLATERRA

Fofurama total. O tio Barack Obama, juntamente com a primeira-dama, são apresentados ao príncipe George, filho do príncipe William com Kate Middleton. O presidente americano foi a Londres na data para participar do aniversário da rainha Elizabeth 2ª. Após a foto ser divulgada, o roupão da loja My 1st Year, que o pequeno George veste por cima do pijaminha, se esgotou em apenas sete minutos.

(Foto: Pete Souza/White House)
(Foto: Pete Souza/White House)
]]>
0
Jack Bauer sai da aposentadoria e volta como presidente http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/em-tempos-de-eleicao-maluca-jack-bauer-volta-como-presidente/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/em-tempos-de-eleicao-maluca-jack-bauer-volta-como-presidente/#respond Thu, 22 Sep 2016 14:34:26 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/Screen-Shot-2016-09-22-at-9.42.35-AM-180x119.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=4979 Em pesquisas de opinião, a candidata democrata Hillary Clinton é descrita pelo eleitorado americano como uma pessoa “não honesta” ou “digna de confiança”. Ela também já foi chamada de “enfermeira sádica” (pelo ex-prefeito de Londres Boris Johnson) e “candidata sanduíche de cocô (semana passada, em episódio do desenho “South Park”). A lista dos pontos negativos de seu oponente, o republicano Donald Trump, é vasta e inclui  “xenófobo”, ”sexista”, “inexperiente”, “islamofóbico”. Em emails de Colin Powell recentemente vazados por hackers russos, o ex-secretário de Estado norte-americano chamou Trump de “desgraça nacional” e “pária internacional”.

Às vésperas do primeiro debate presidencial, que acontece segunda (26), a rede de TV ABC, de propriedade da Disney, está oferecendo uma deliciosa alternativa a uma das corridas à Casa Branca mais alopradas dos últimos tempos: Jack Bauer para presidente.

Sim, a partir de agora, todas as noites de quarta-feira, Bauer, o agente da CIA que, por mais de uma década, se desdobrou para defender dos terroristas um presidente negro, uma presidenta e um vice impopular que assume os EUA interinamente, agora foi parar no Salão Oval.

Com a mulher (Natasha) segurando uma bíblia, o secretário de governo Kirkman (Sutherland) assume interinamente a presidência dos EUA. (Foto: /ABC)
Com a mulher (Natasha McElhone) segurando uma bíblia, Kirkman (Sutherland) assume a presidência dos EUA. (Foto: Ben Mark Holzberg /ABC)

No seriado “Designated Survivor”, que teve sua estreia ontem à noite (21), o ator Kiefer Sutherland está de volta à TV fazendo o que sabe melhor: defender a soberania americana, custe o que custar. E por falar em custos, a Disney torrou uma boa cifra na promoção da série. Sinal de que eles acreditam ter em mãos uma versão disfarçada do popular “24 Horas”. E é. Projeto do roteirista David Guggenheim, autor de “Protegendo o Inimigo”, filme de suspense com Denzel Washington e Ryan Reynolds, “Designated Survivor” é um “24 Horas” mais ponderado (sem toda a agenda reacionária do original) e mais light, perfeito para o atual momento eleitoral, que está deixando os americanos com os nervos à flor da pele.

Sutherland é Tom Kirkman, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano (equivalente ao Ministério das Cidades no Brasil) do governo do presidente Richmond. Político de filiação independente (um pedido de Sutherland para os produtores), Kirkman nunca foi oficialmente eleito para um cargo público. Conquistou a posição, que nem queria muito, por ser um arquiteto progressista com ótimos projetos habitacionais voltados para populações de baixa renda. No dia do discurso do Estado da União, Kirkman fica sabendo que seus projetos não serão citados pelo presidente. E mais, na manhã seguinte, segundo o chefe do Gabinete, o presidente planeja pedir para que o secretário se desligue do cargo. Em sua última noite no governo, Kirkman tem derradeira missão: assumir a função que dá título a série, a do sobrevivente designado.

Durante o discurso do Estado da União, no qual todos os integrantes da alta cúpula de Washington está presente no Capitólio para ouvir o presidente, um integrante do Gabinete é escolhido para ficar para trás e ser o sobrevivente designado. Na eventualidade de que algo catastrófico aconteça e impossibilite o presidente, o vice e outros sucessores, o sobrevivente, também conhecido como candidato designado, está protegido para dar continuidade ao governo. Andrew Cuomo, governador de Nova York, por exemplo, cumpriu a função duas vezes durante o governo do presidente Bill Clinton, do qual fazia parte na função de secretário da Habitação.

Kirkman (Sutherland) e a mulher (McElhone) com o redator de discursos Seth Wright (Kal Penn) em uma das salas da Casa Branca. (Foto: /ABC)
Kirkman (Sutherland) e a mulher (McElhone) com o redator de discursos Seth Wright (Kal Penn) na Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)

No caso de Kirkman, oficialmente o 12o. nome na linha sucessória, todas essas posições são galgadas quando o Capitólio é totalmente destruído por uma bomba e “a águia” (o presidente americano) é declarada abatida. Sob proteção do serviço secreto, usando moletom com capuz, jeans, tênis branco e óculos, Kirkman é rapidamente levado para a Casa Branca, onde se vê na posição de um presidente acidental, totalmente inexperiente.

O lado banana do novo presidente é logo sentido com diálogos divertidos (e duvidosos) como “tire esse moletom, cara: você é a porra do presidente agora” ou “melhor eliminar esses óculos, eles não parecem presidenciais”. Quando pergunta ao responsável pelos códigos nucleares se precisa escanear suas digitais para ter acesso à maleta, esse escuta um “não, senhor presidente, isso é clichê dos filmes de Hollywood”.

O presidente Kirkman (Sutherland) vira Jack Bauer e enfrenta o embaixador do Irã no salão oval da Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)
O presidente Kirkman (Sutherland) vira Jack Bauer e enfrenta o embaixador do Irã (Elias Zarou) no salão oval da Casa Branca. (Foto: Ben Mark Holzberg/ABC)

Humilhado ao ser chamado de “presidente de figuração” na frente de seu novo staff por um general responsável pela segurança da transição, Kirkman começa a ficar bem Bauer. A transformação é completamente sentida mais tarde, quando, no Salão Oval, Kirkman joga duro com o embaixador do Irã, cujo governo se aproveita da vulnerabilidade dos Estados Unidos pós-atentado e manda seus navios bloquearem o Estreito de Ormuz, impedindo o traslado de petróleo.

Ajudando a investigar o ataque terrorista está a agente do FBI, Hannah Wells (a atriz Maggie Q) com “passagem recente em Paris e Bruxelas”. E assessorando diretamente o presidente, está Seth Wright, redator de discursos presidenciais interpretado por Kal Penn, que fez o chapadão Kumar da comédia cult “Madrugada Muito Louca”.

Hannah Wells (Maggie Q) é uma agente do FBI que ajuda na investigação do atentado terrorista. (Foto: Ian Watson/ABC)
Hannah Wells (Maggie Q) é uma agente do FBI que ajuda na investigação do atentado terrorista. (Foto: Ian Watson/ABC)

Penn, que tirou dois anos de férias da vida artística, período em que se juntou ao governo Barack Obama, na função de diretor adjunto de Relações Públicas, também funciona como consultor da série. Em entrevista ao programa “Good Morning America”, Sutherland explicou que Penn corrigiu certas cenas que colocavam pessoas que jamais transitariam pelos corredores da Casa Branca, e também o posicionamento de agentes do Serviço Secreto. Uma cena que Penn nunca presenciou num dos banheiros da Casa Branca, e que não conseguiu eliminar da série: esbarrar com o presidente vomitando num cubículo, por este se sentir inseguro no novo cargo.

]]>
0