Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Avenida Paulista, cães de rua e a Vai-Vai viram estrelas de reality show http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/avenida-paulista-caes-de-rua-e-a-vai-vai-viram-estrelas-de-reality-show/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/avenida-paulista-caes-de-rua-e-a-vai-vai-viram-estrelas-de-reality-show/#respond Fri, 07 Apr 2017 04:57:46 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-07-at-12.31.50-AM-180x100.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6358 A cidade de São Paulo serviu de cenário para o segundo episódio da 29a. temporada do reality show de competição “The Amazing Race”, exibido quinta (6) à noite na rede norte-americana CBS.

Dez duplas, vindas de seis diferentes voos da Cidade do Panamá, onde aconteceu a competição da semana passada, desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos. Elas passaram por provas – ou receberam envelopes contendo pistas – em lugares como a Praça da Sé, Avenida Paulista e a academia Garrido Boxe, que fica debaixo do viaduto Alcântara Machado, na Mooca.

Bateria da Vai-Vai ensinou competidores a batucar. (Foto: Reprodução)

 

No primeiro dia de competição, as duplas foram até a Praça da Sé (onde tem “aquela igreja grande”, disse uma das participantes) para buscar o envelope detalhando as primeiras provas.

 

Catedral da Sé, ao fundo, palco da primeira pista. (Foto: Reprodução)

 

Metade dos participantes foi de helicóptero, e a outra (todos se ferraram) de táxi. “Que congestionamento!”, reclamou uma das competidoras, uma ex combatente que serviu na Guerra do Iraque. Do alto da cidade, via helicóptero, a reação foi outra (e ninguém reclamou da poluição). “Nunca vi nada assim espetacular em toda minha vida”, disse Redmond, um ex-soldado. Outros, ao sobrevoarem a cidade, comentaram que São Paulo parece “ter sido construída com Legos” ou que “não tem mais fim”. “É incrível”, disse um dos competidores, um bombeiro.

As primeiras provas foram divididas entre aqueles que tinham que tocar percussão com a bateria da escola de samba Vai-Vai, e outros que precisaram construir uma mini-academia com geladeiras, latões cheios de água e outros tipos de peso feitos de sucata. O local da última prova foi a academia Garrido Boxe, debaixo de um viaduto na Mooca. E as estrelas da prova foram os gatos e cachorros vira-latas – muitos deles – que circulavam na academia. Todos ganhando close-ups, mesmo quando se coçavam desesperadamente.

Vira-latas em academia debaixo de viaduto na Mooca ganharam atenção especial do programa. (Foto: Reprodução)

A prova final, com todas as equipes participando, aconteceu no prédio do Instituto Cervantes, na Avenida Paulista. Um participante de cada dupla tinha que limpar (por fora) as janelas do prédio. Se os vidros não tivessem brilhando, os julgadores paulistas diziam “no good” e a limpeza tinha que recomeçar.

O programa terminou no Parque Trianon, também na Paulista, onde o apresentador do “Amazing Grace” e um índio com cocar dizia: “bem-vindo à São Paulo, Brasil”.

índio e apresentador do programa recebem os vencedores no Parque Trianon. (Foto: Reprodução)

 

O único incidente durante as provas foi provocado por uma cinta de nylon que mantinha os competidores suspensos do lado de fora do prédio na Paulista. Um dos competidores, um investidor financeiro do Bronx, Nova York, que se descreve como “um tipo alfa”, precisou ser atendido por uma ambulância estacionada na calçada da Paulista. Ele machucou o saco ou, como disse sua parceira de prova: “acho que as bolas dele ficaram espremidas.”

 

Investidor machuca o saco limpando prédio na Avenida Paulista e os competidores assistem a cena com apreensão. (Foto: Reprodução)
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Banido por grandes empresas, “O’Reilly” apela para comerciais de dentaduras e travesseiros http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/banido-por-grandes-empresas-oreilly-apela-para-comerciais-de-dentaduras-e-travesseiros/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/banido-por-grandes-empresas-oreilly-apela-para-comerciais-de-dentaduras-e-travesseiros/#respond Thu, 06 Apr 2017 01:47:57 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-05-at-9.34.03-PM-180x101.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6318 O apresentador Bill O’Reilly ainda não se desculpou publicamente durante a transmissão de seu programa de notícias, “The O’Reilly Factor”, apresentado hoje à noite (5) pelo canal Fox News.

Foi a terceira apresentação do programa depois que uma reportagem do jornal “The New York Times, publicada no sábado (1o.),  detalhou os acordos financeiros, na casa dos US$ 13 milhões, que a rede Fox News fez com cinco mulheres que acusaram O’Reilly de assédio sexual. O Times teve acesso a documentos do testemunho das mulheres – algumas do staff do programa de O’Reilly, outras comentaristas convidadas – em que foram relatados desde aproximações indesejadas até telefonemas em que algumas dela notaram ruídos que indicavam que O’Reilly estava se masturbando do outro lado da linha.

Desde a publicação da reportagem, 34 companhias suspenderam anúncios de seus produtos durante os intervalos do programa, entre elas a Mercedes-Benz, Bayer e BMW.

Em vez de um remédio da Bayer ou de um carro da Mitsubishi, “The O’Reilly Factor” teve comercial de implantes dentários, que geralmente são exibidos de madrugada. (Foto: Reprodução)

Para aqueles que gostam de bons comerciais, foi uma depressão assistir às inserções publicitárias do “The O’Reilly Factor”. Parecia mais um programa exibido às 4h da manhã, do que um em pleno começo do horário nobre da TV americana, às 20h.

Os anúncios tapa-buracos, remanejados para o lugar dos comerciais bem acabados das grandes empresas, consistiram em travesseiros “made in America”, implantes dentários, colchões, loja liquidando vestidos, serviços de enfermagem para idosos, remédio contra colite, e de um escritório especializado em limpar o nome daqueles com crédito ruim.

De companhias mais reconhecidos, somente dois comerciais: um da rede de hotéis Crowne Plaza, outro da emissora de TV a cabo AMC, anunciando seu novo seriado, “The Son”, com Pierce Brosnan,.

Abaixo fotos de alguns dos comerciais tapa-buracos:

Loja popular anuncia liquidação de vestidos. (Foto: Reprodução)

 

Serviço de enfermeiras para pessoas idosas. (Foto: Reprodução)

 

Comercial de remédio contra colite. (Foto: Reprodução)
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Anunciantes boicotam (e Trump apoia) âncora acusado de assédio http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/#respond Wed, 05 Apr 2017 17:14:03 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-05-at-1.24.48-PM-180x94.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6308 O que fazer quando 34 anunciantes, entre eles as companhias de carro Mercedes-Benz e a farmacêutica Bayer, deixaram de anunciar durante o intervalo de um popular programa de TV sacudido por um escândalo de assédio sexual?

Preencher o espaço com muitas chamadas de outros programas da casa e remanejar para o horário nobre anúncios de qualidade visual menos sofisticada como um de pranchas de equilíbrio (“para esculpir seu abdôme”) que o anunciante comercializara, a preços mais módicos, para ser inserido nos intervalos da programação de madrugada.

Foi isso o que aconteceu, pela segunda noite consecutiva, durante os intervalos do noticiário “The O’Reilly Show”, um dos programas de maior audiência da emissora conservadora Fox News.

Também pela segunda noite consecutiva, seu apresentador, Bill O’Reilly, não fez qualquer menção sobre o polêmico artigo do jornal The New York Times, publicado sábado (1o.), que explicitava acordos que o canal Fox teve que negociar com cinco mulheres que alegaram terem sido vítimas de assédio sexual e abusos verbais de O’Reilly.

No artigo escrito pela dupla de jornalista Emily Steel e Michael Schmidt, documentos com testemunhos das mulheres – algumas trabalhavam diretamente com o apresentador, outras foram comentaristas convidadas do programa – mostravam que o comportamento inapropriado de O’Reilly ocorreu durante conversas corriqueiras e que o assédio incluiu aproximações indesejadas e até telefonemas em que algumas dessas mulheres notaram ruídos que indicavam que O’Reilly estava se masturbando do outro lado da linha.

Em entrevista ao jornal The New York Times feita hoje (5) no salão oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump disse não acreditar que O’Reilly tenha feito “qualquer coisa errada” e que “pessoalmente eu acho que ele não deveria ter feito um acordo”. Trump defendeu o apresentador dizendo que conhece O’Reilly “muito bem” e que “ele é uma boa pessoa”.

Para não seguirem adiante com ações judiciais, a Fox pagou a essas mulheres um total de US$ 13 milhões. Em seu website, O’Reilly fez o único comentário oficial sobre o caso. “Estou vulnerável a processos de indivíduos que querem que eu pague para evitar publicidade negativa”. A razão dos acordos é que O’Reilly queria poupar os dois filhos adolescentes de “situações embaraçosas”.

O número da debandada de anunciantes do “The O’Reilly Factor” já chega ao de 34 empresas. Em notas divulgadas à imprensa, a companhia de carro Mitsubishi disse que lida com as alegações com “muita seriedade”, e a seguradora All State reiterou que “a inclusão e o apoio às mulheres são valores muito importantes para a companhia”.

Gráfico feito por noticiário da rede NBC mostram os anunciantes que romperam relação com o programa da Fox. (Foto: Reprodução)

A rede Fox também soltou comunicado oficial: “Valorizamos nossos parceiros e estamos trabalhando juntamente a eles para expressarmos as suas atuais preocupações com o ‘The O’Reilly Factor’”.

Segundo a jornalista do New York Times, Emily Steel, a rede Fox recentemente renovou seu contrato com o O’Reilly, “mesmo que a companhia estivesse ciente dessas acusações”. Todos os anúncios já pagos foram remanejados para outros programas da casa. Somente a companhia Jenny Craig, responsável por comercializar um sistema de comida para emagrecimento, diz que não tem intenção de romper laços com o programa.

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Patricio Bisso diz que Joan Crawford está meiga em ‘Feud’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/patricio-bisso-diz-que-joan-crawford-esta-um-pouco-meiga-em-feud/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/patricio-bisso-diz-que-joan-crawford-esta-um-pouco-meiga-em-feud/#respond Fri, 31 Mar 2017 17:49:39 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-31-at-1.17.36-PM-180x120.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6247 A página do ator, figurinista e ilustrador argentino Patricio Bisso no Facebook é como um desfile de estrelas antigas de Hollywood, organizado pelo canal Turner Classics Movies, e com cobertura jornalística feita pelos escritores da revista Mad. Imagens de Ava Gardner, Humphrey Bogart, Mae West, Bette Davis, Sophia Loren e Carmem Miranda são ardilosamente reproduzidas com trocadilhos, jogos de palavras e observações engenhosas.

 

Post recente de Bisso. (Foto: Reprodução)

 

Sobra também espaço para gatos e esquilos, Bill Gates e Steve Jobs, e muitos rapazes sarados. “Venho me dedicando de corpo e alma ao Facebook, e capricho nas postagens como se elas fossem um show”, disse Bisso ao blog. Ele também começou a escrever sua biografia. “As pessoas reclamam que querem, mas tenho um memória fraca”, zomba.

Com o sucesso da série de TV “Feud: Bette and Joan”, que acompanha a rivalidade de bastidores entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, antes e depois da elas filmarem o clássico “O que Terá Acontecido a Baby Jane?” (1962), o blog pediu para Bisso comentar sobre o programa criado por Ryan Murphy. No Brasil, “Feud” é exibido aos domingos, às 22h, no Canal Fox Premium.

 

Patrício Bisso, fotografado em Hollywood, em 1987, por Albert Sanchez. (Foto: Cortesia)

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O que achou da série ‘Feud’? Concorda com a escalação de Jessica Lange e Susan Sarandon para interpretarem respectivamente Crawford e Davis?

Patricio Bisso – Tenho achado a série muito boa, uma verdadeira ‘American Horror Story’. A escolha das atrizes foi ótima. Além de serem parecidas, gosto do jeito de atuar das duas. A Jessica foi uma surpresa. Depois de ver a caracterização dela como Joan Crawford, não consigo imaginar em ninguém mais para o papel. Somente acho que ela é um pouco meiga e boazinha. Mas imagino que a Joan, naquela altura do campeonato, estava mais calma. Já La Sarandon, sempre achei que ela era a cara da Bette. Uma vez disso isso para o Raul Julia, que tinha acabado de rodar um filme com ela (“Posições Comprometedoras”, 1985). Mas ele achou a conversa muito de bichinha e, dando uma de machão, disse “não sei com quem ela se parece, só sei que ela tem uns peitões deeeeste tamanho!”

 

Quem saiu vencedora dessa famosa briga, Davis ou Crawford?

Bisso – Bette definitivamente leva as palmas. Ter a coragem de se transformar numa velha artista de kabuki, não é para qualquer um, não. Mas a Joan continuou trabalhando. Não eram filmes que mereciam uma estrela como ela, mas acho que o que ela queria mesmo era continuar na ativa. “O que Terá Acontecido a Baby Jane” é o melhor filme que elas poderiam ter feito juntas. Joan a eterna masoquista, e Bette, a sádica hors-concours.

Susan Sarandon e Jessica Lange interpretam Bette Davis e Joan Crawford em “Feud”. (Foto: Divulgação)

 

Qual das duas atrizes você descobriu primeiro?

Bisso – Não consigo me lembrar qual foi o primeiro filme delas que eu assisti. Na verdade, eu só tinha olhos para a Julie Andrews.

 

Os figurinos da série parecem corretos?

Bisso – Sim. As roupas que elas usam no dia-a-dia, dentro de casa, são exatamente como eu poderia imaginar que elas se vestiriam. Mas hoje em dia é difícil alguém fazer roupas erradas. As reconstruções de época estão ficando cada vez melhores.

 

Em determinada cena da série, Bette Davis critica o estilo conservador de Joan Crawford de se vestir, “aconselhando-a” a abrir mão das ombreiras.

Bisso – Mas quando alguém se acostuma com a ombreiras, é difícil ficar sem elas. Gostei da cena em que elas vão jantar na casa da Hedda (a colunista Hedda Hopper): a Joan está de ombreiras. Discretas, mas ombreiras de qualquer maneira. As ombreiras dos anos 80 são medonhas, mas o ombro marcado do final da década de 30, eu acho divino.

 

Por falar em Hedda Hopper, qual das mais famosas colunistas sociais de Hollywood você prefere: a Hedda ou a arqui-inimiga dela, a Louella Parsons?

Bisso – Só pelo fato dos chapéus extravagantes terem virado sua marca registrada, sou mais Hedda. Louella era mais fofoqueira, e a Hedda era venenosa mesmo!

 

A atriz inglesa Judy Davis como a colunista de Hollywood Hedda Hopper. (Foto: Divulgação)

 

A série mostra outras estrelas de Hollywood como Olivia de Havilland (interpretada por Catherine Zeta-Jones) e Joan Blondell (Kathy Bates). O que achou delas?

Bisso – Bem fraquinhas. Mas como o público em geral não as conhecem muito, não fica comprometedor. O detalhe de as duas estarem usando caftãs deve ter vindo de alguma entrevista que deram. Uma atriz antiga, nos anos 70, adorava um caftã.

 

Sua página no Facebook é uma bem humorada enciclopédia da ‘old Hollywood’. Qual foi uma estrela cujo estilo você sempre admirou e quais as que você não vai com a cara?

Bisso – Sempre achei a Kay Francis o máximo. Da era antiga, não detesto nenhuma. Até as mais cafoninhas eram engraçadas. Mas as de agora, nem se comparam. Detesto todas as Jennifers: a Jennifer Lawrence, a Jennifer Aniston e a Jennifer Hudson. Elas fazem filmes passáveis.

 

E quais as estrelas de hoje apresentam glamour das antigas?

Bisso – Estou torcendo por Scarlett Johansson. Acho que ela tem a sensualidade das antigas. E a Cate Blanchett tem um nariz esquisito, mas é tão boa que a gente perdoa.

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Abaixo alguns dos posts recentes de Bisso

 

 

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Talk show ‘revela’ histórico de navegação de políticos conservadores http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/talk-show-revela-historico-de-navegacao-de-politicos-conservadores/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/talk-show-revela-historico-de-navegacao-de-politicos-conservadores/#respond Thu, 30 Mar 2017 04:36:16 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-30-at-12.20.22-AM-180x105.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6231 Na terça (23), a Câmara dos Estados Unidos votou a suspensão de uma regulação federal que requeria dos provedores de internet uma proteção de privacidade maior do que a oferecida hoje. As regras anteriores preveniam os provedores de vender dados de geolocalização e do histórico de navegação para propaganda sem o consentimento dos usuários.

Para “honrar o corajoso voto”, Stephen Colbert, apresentador do talk show “The Late Show”, da rede CBS, decidiu “liberar” o histórico de navegação dos republicanos da Câmara!

Algumas das ‘pesquisas’ mais engraçadas:

 

“O que é internet?” (Foto: Reprodução)

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“Negros que não são assustadores”. (Foto: Reprodução)

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“Outras posições além da papai-e-mamãe”. (Foto: Reprodução)

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“Calças de pregas baratas”. (Foto: Reprodução)

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“Carvão é comestível?”(Foto: Reprodução)

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“Calças de pregas mais caras”. (Foto: Reprodução)

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“Como se fala presidente em russo?” (Foto: Reprodução)

 

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Rei das ‘fake news’ diz que suas reportagens são 100% legítimas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/#respond Mon, 27 Mar 2017 04:12:53 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-26-at-11.55.55-PM-180x99.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6175 Fake News!

Não, não se trata de um tuíte do presidente Donald Trump desmoralizando o jornal The New York Times ou as redes CNN e NBC. Mas sim de uma fascinante reportagem sobre notícias falsas, fenômeno intensificado durante a última eleição presidencial norte-americana, feita por Scott Pelley, co-âncora do programa jornalístico “60 Minutes”.

A reportagem sobre “impostores mascarados como repórteres que envenenaram a conversa com histórias que pendem para a direita e para a esquerda” foi exibida hoje à noite (26), pela rede CBS. Minutos depois da exibição, ela viralizou nas mídias sociais.

O “60 Minutes” ouviu várias fontes. A mais importante foi o advogado californiano Mike Cernovich, dono do website “Danger & Play”, um das mais populares fontes de notícias falsas nos Estados Unidos. Só no mês passado, o feed do Twitter de Cernovich teve tráfego de 83 milhões de seguidores. “Foi um mês fraco, já tive 150 milhões”, explica o advogado à Pelley.

Foi também no website de Cernovich (ele se considera politicamente de “centro-direita”) que uma notícia falsa ganhou grande repercussão dias antes das eleições americanas, e batizada pela mídia mainstream pelo hashtag “pizzagate”. Segundo o Danger & Play, uma pizzaria de propriedade de James Alefantis, na capital americana, seria, na verdade, uma fachada para esconder uma rede de abuso infantil liderada pela candidata democrata Hillary Clinton e o chefe da campanha dela, John D. Podesta.

Mike Cernovich, do website Danger & Play, sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O Danger & Play chegou a escrever que “o círculo de assessores de Clinton incluía traficantes de crianças, pedófilos e agora membros de uma ‘seita de sexo”. Ouvido por Pelley, o dono da pizzaria disse que sofreu inúmeras ameaças de morte em suas contas no Instagram e Facebook. “Foram momentos aterrorizantes”, explicou Alefantis. Uma das mensagens que Alefantis recebeu foi a de que os intestinos dele deveriam ser arrancados e espalhados pelo chão da pizzaria.

Na reportagem do “60 Minutes”, Cernevich refuta que as notícias de seu site sejam falsas. “Você realmente acredita nelas ou diz isso porque é importante para o seu marketing?”, pergunta Pelley. O advogado diz que elas são “100% verdadeiras”. Pelley ironiza dizendo que Cernevich coloca seu website num nível muito elevado. “Sou advogado, tenho minhas maneiras de aferir evidências”, diz ele.

Cernevich ainda diz que a popularidade de seu website, incluindo seus podcasts, se deve ao fato de ele criar um conteúdo que é  “contundente, divertido, contraintuitivo e contra-narrativas. Tenho uma informação que você não vai encontrar em nenhum outro lugar”.

Notícia falsa do Danger & Play diz que Hillary Clinton sofre de mal de Parkinson. (Foto: Reprodução)

Pelley questiona outra notícia publicada pelo Danger & Play em período pré-eleição, a de que Clinton sofria de mal de Parkinson. A informação foi baseada em especulação de um anestesista que nunca encontrou ou tratou a candidata.

Usuários conservadores das mídias sociais especularam a informação por dias, obrigando Clinton e até a Associação Nacional de Parkinson a divulgarem comunicados oficiais negando a notícia. “Ela teve pneumonia”, diz Pelley. “Como você sabe?” responde Cernevich. “Eu não vou aceitar a palavra dela. A mídia hoje diz a mesma coisa sobre Trump: não vamos acreditar no que ele diz. É por isso que nos encontramos em universos diferentes”, conclui o advogado.=

Outro provedor de fake news entrevistado é Jestin Coler, que comanda os websites “National Report” e “Denver Guardian”. Coler está na categoria que Pelley define como “aqueles que ganham uns trocados” com notícias falsas. Mais especificamente US$ 10 mil por mês ao escrever reportagens contra aborto, Obamacare e até de uma família no Texas que ficou em quarentena ao ser diagnosticada com o vírus do ebola. Cerca de 8 milhões de pessoas leram a notícia.

Coler diz que usa palavras específicas a fim de chamar a atenção para suas “reportagens” (“o sangue do leitor tem que ferver”, diz ele). Coler compara os momentos de picos dos pageviews, e a subsequente queda do interesse pela notícia, ao vício pelas drogas. “Você fica alto, depois cai e ai espera até a próxima vez de ficar chapado”, diz.

Jestin Coler (esq.) sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O falso jornalista ironiza que o Facebook e o Twitter facilitam o trabalho dele. “Basicamente entramos nos grupos que são nossos alvos e propagamos a notícia. Os usuários, são essencialmente, nossos bots. Eles tendem a acreditar em qualquer página colocada na frente deles e que tenha um ‘look noticioso’.”

Pelley entrevista o consultor Jim Vidmar sobre os bots, as falsas contas de mídia social programadas para curtir ou retuitar uma mensagem (Pelley compra um pacote de “bots” de um website russo durante a reportagem). Ele também fala com Phil Howard, chefe do Instituto da Internet da Universidade de Oxford. Durante as semanas pré-eleitorais nos EUA, o time de Howard estudou as notícias veiculadas no Michigan, que é um “swing state”, estado que ponde pender para os democratas ou republicanos. O especialista explica a Pelley que o número de “junk news” publicadas no Michael pré-eleição foi equivalente ao de notícias divulgadas por organizações noticiosas profissionais.

Da empresa TradeDesk, que ajuda companhias a se livrarem de notícias falsas, surge estatística alarmante. Os consumidores de fake news são afluentes, mais velhos e frequentaram o colégio. “Eles não são essencialmente pessoas incultas ou de baixa renda como todo mundo achava”, diz Jeff Green, CEO da empresa, ao “60 Minutes”.

Green explica que, uma vez na frente de uma notícia falsa, os leitores continuam lendo artigos similares, em vez de procurarem por uma página de jornalismo legítimo. São o que ele chama de Internet Echo Chambers” (câmaras de eco da internet).”O mais alarmante disso tudo é que são essas pessoas que saem para votar.”

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Revista ‘EW’ revela alguns segredos da volta de ‘Twin Peaks’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/24/revista-ew-revela-alguns-segredos-da-volta-de-twin-peaks/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/24/revista-ew-revela-alguns-segredos-da-volta-de-twin-peaks/#respond Fri, 24 Mar 2017 06:32:13 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-24-at-1.55.22-AM-143x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6127 Após 25 anos da estreia de “Twin Peaks”, o diretor e co-criador da série mais cultuada da TV americana, David Lynch, 71, revisita um dos maiores sucessos de sua carreira. O canal Showtime exibe, a partir do dia 21 de maio, o novo revival da série, que vem embalado por muito mistério. Com acesso exclusivo ao diretor e seu famoso elenco, a revista “Entertainment Weekly” desta semana, que chegou às bancas americanas hoje (24), criou três capas diferentes para colecionadores. Uma delas só está disponível na livraria Barnes & Noble.

Sheryl Lee, David Lynch, Kyle MacLachlan e Sherlyn Fenn em uma das capas da “EW” (Foto: Reprodução)

Na entrevista, Lynch explica que quis voltar a explorar o universo da personagem Laura Palmer (interpretada por Sheryl Lee) porque ele “adora” aquele mundo e as pessoas dele. Mas o diretor se recusou a confirmar pequenos detalhes como se a obsessão dos personagens, pra lá de fetichista, por gulodices do desjejum, como café, donuts e torta de cereja, voltam com força total. Pelo menos, na capa da EW, Lynch aparece fumando ao lado de seis donuts. “É muito bonito quando você entra em outro mundo sem saber as coisas que vai encontrar”, disse Lynch à revista sobre o clima de mistério.

Lynch desdenha o termo “episódio” e chama seu “Twin Peaks” 2.0 de “um filme em 18 capítulos”. O diretor também não confirma se os atores originais da série estão reprisando os mesmos papéis. A exceção é que Lynch já havia dito oficialmente que Kyle MacLachlan volta como o agente do FBI, Dale Cooper.

As outras duas capas. A primeira, vendida só na Barnes & Noble, reúne Wendy Robie, Everett McGill e James Marshall; a segunda é com Mädchen Amick, Dana Ashbrook e Peggy Lipton. (Foto: Reprodução)

Mas fotos da série liberadas para a “EW” mostram que muitos dos atores voltaram usando as mesmas roupas de seus personagens originais e trabalhando ou morando nos mesmos cenários. Como são os casos das balconistas do restaurante Double R, Shelly (Mädchen Amick) e Norma (Peggy Lipton); dos agentes do FBI, Gordon (interpretado por Lynch) e o parceiro irascível dele, Albert (Miguel Ferrer, que morreu recentemente); e a telefonista Lucy (Kimmy Robertson) e o guarda – e namorado dela – Andy (Harry Goaz). Até a agente transgênero do FBI, Denise Brown (interpretada por David Duchvony em drag) parece estar de volta.

David Duchovny pode estar interpretando a agente transgênero do FBI, Denise Brown (Foto: EW/Showtime)

O novo “Twin Peaks” conta com a participação de 217 atores. Alguns são novatos na trama, como Jennifer Jason Leigh, Michael Cera e Tim Roth. Outros, nunca apareceram na série, mas já haviam participado do universo lynchiano como Naomi Watts (de “Mulholland Drive – Cidade dos Sonhos”, “Rabbits” e “Império dos Sonhos”) e Laura Dern (“Veludo Azul”, “Coração Selvagem” e “Cidade dos Sonhos”).

Lançada em 8 de abril de 1990 pela rede ABC, “Twin Peaks” virou um fenômeno cultural nos Estados Unidos e ao redor do mundo, especialmente em sua primeira temporada. A série teve 30 episódios e durou 14 meses. A metade da segunda temporada foi um desastre. Lynch e seu co-parceiro, David Frost, 63, tiveram que sucumbir à pressão da rede ABC e revelaram a identidade do assassino de Palmer logo no começo da segunda temporada. A resolução do crime afetou a criatividade de ambos os criadores. A trama ficou frouxa, os espectadores perderam o interesse, a audiência caiu miseravelmente, quase dando traço, e a série foi cancelada pela ABC.

David Lynch e Miguel Ferrer, que morreu recentemente, parecem que estão reprisando os agentes do FBI da série, respectivamente um com problemas auditivos e outro um áspero estraga-prazeres. (Foto: EW/Showtime)

Sobre a volta de Lynch em “Twin Peaks”, o ator James Marshall, que interpretou James Hurley, namorado secreto de Laura Palmer, disse que “é como Jimi Hendrix voltando para um jam session”.

Sherilyn Fenn, que interpretou Audrey Horn, a femme fatale que dava nó no cabo de cereja usando apenas a língua, disse que estava jantando com amigos, quando recebeu um SMS de Lynch sobre o retorno. “Gritei, me constrangi toda e corri para fora como se fosse uma louca”, explicou ela à “EW”.

Lynch, porém, não tinha o número de telefone de todos seus atores. Ele havia perdido contato com Everett McGill, que interpretou Big Ed Hurley, o marido da Nadine, que usa o tapa olho. Quem acabou ajudando o diretor, passando o contato, foi um seguidor de McGill no Twitter.

Segundo a EW, Lynch, no momento, está rodando a última parte da série com dois colaboradores fiéis, o editor Duwayne Dunham e o compositor Angelo Badalamenti.

Em maio, a EW vai lançar, via iTunes, um podcast semanal com debate e análises ao final de cada parte da nova série.

Outro par sem confirmação: a telefonista Lucy (Kimmy Robertson) e o policial desastrado Andy (Harry Goaz) (Foto: EW/Showtime)
As muy “amigas” e os namorados de Laura Palmer: em sentido horário, começando do alto: Sherilyn Fenn, James Marshall, Dana Ashbrook e Mädchen Amick. (Foto: Reprodução)

 

Lynch, por Marc Hom, para a “EW” (Foto: Reprodução)
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Baterista brasileira de seis anos é entrevistada nos EUA http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/12/baterista-brasileira-de-seis-anos-e-entrevistada-nos-eua/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/12/baterista-brasileira-de-seis-anos-e-entrevistada-nos-eua/#respond Mon, 13 Mar 2017 01:08:11 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-12-at-7.14.19-PM-180x120.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5902 A baterista catarinense Eduarda Henklein, 6, foi uma das participantes do programa “Little Big Shots” (pequenos poderosos), da rede norte-americana NBC, na noite de hoje (12). Apresentado por Steve Harvey e com produção-executiva de Ellen DeGeneres, o programa dominical, exibido no horário nobre, revela o trabalho de pequenos talentos em diversos campos como música, esportes, dança e ciência e também crianças como hobbies diferentes, como uma garota que é obcecada pelo ex-presidente Abraham Lincoln e sabe recitar alguns de seus mais famosos discursos. Na nova temporada do programa, talentos americanos ganharam companhia internacional, com a participação de crianças das Filipinas, Inglaterra, Rússia, Japão, China e Brasil.

Moradora de Joinville, Eduarda é conhecida internacionalmente via seu canal no YouTube e sua página no Facebook, onde disponibiliza vídeos de seus covers de bandas de heavy metal como Metallica, AC/DC, Guns N’ Roses, Rush e System of a Down. A youtubber mirim conta com mais de 2 milhões de visualizações para a maioria de seus vídeos.

 

Eduarda explicou ao apresentador Steve Harvey que é “super famosa” no Brasil (Foto: Evans Vestal Ward/NBC)

“Adoro tudo isso” diz Eduarda ao ser recebida por Harvey e este comentar o fato de ela estar usando vestido azul de fadinha e botas de roqueira. A baterista também segura um par de baquetas, que depois dá de presente ao apresentador. Eduarda conta que começou a tocar “com ela própria” aos quatro anos de idade. “Um monte de gente acha que meu inglês é engraçado”, brinca Harvey com o fato de a garota fazer erros fofos de gramática.

Ao perguntar para Eduarda sobre o fato de os vídeos dela terem viralizado no Brasil, a garota explica: “agora todo mundo quer fazer uma selfie comigo porque sou super-famosa”.

No programa, Eduarda Henklein tocou música da banda de surf “The Surfaris” (Foto: Evans Vestal Ward/NBC)

Harvey, então, quer saber se ele também é famoso no Brasil. Quando Eduarda confirma que ele é, o apresentador grita: “sim, obrigado, obrigado!” Logo em seguida, ela explica a verdadeira razão para a fama do apresentador fora dos Estados Unidos. “Você é famoso no Brasil por causa do Miss Universo!” A plateia vai a loucura, assoviando e batendo palmas.

Em 2015 Harvey foi uma espécie de Warren Beatty original no quesito “gafe em um programa de premiação transmitido ao vivo”. Ao apresentar a competição de Miss Universo, na cidade de Las Vegas, ele cometeu a primeira pior gafe antes do fiasco do Oscar de melhor filme deste ano, ao anunciar que a vencedora do concurso era a Miss Colômbia, Ariadna Gutiérrez. Minutos depois, com Gutiérrez já usando a coroa, Harvey admitiu ter lido o nome errado da vencedora. Esta era, na verdade, a segunda colocada, Pia Wurtzbach, das Filipinas.

“Eu não assisti ao Miss Universo, mas eu sei o que você fez”, insiste Eduarda, constrangendo o apresentador, que depois cai na gargalhada.

Antes de apresentar a música “Wipe Out”, sucesso de 1963 da banda The Surfaris, com acompanhamento de uma guitarrista, Eduarda diz a Harvey que, quando crescer, quer ser “uma super baterista”. Ela foi aplaudida de pé pela plateia ao fim da apresentação. “Eu adoro todo mundo. Estou me divertindo muito, pessoal”, disse Eduarda antes de deixar o palco. “Que personalidade!”, emenda Harvey.

 

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Scarlett Johansson interpreta Ivanka Trump em ‘SNL’ impiedoso http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/12/scarlett-johansson-interpreta-filha-de-trump-em-snl-impiedoso/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/12/scarlett-johansson-interpreta-filha-de-trump-em-snl-impiedoso/#respond Sun, 12 Mar 2017 09:24:09 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-12-at-3.54.04-AM-1-180x88.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5874 Em sua quinta participação como apresentadora-convidada do programa humorístico “Saturday Night Live”, exibido pela rede norte-americana NBC ontem à noite (11), a atriz Scarlett Johansson interpretou várias personagens. Foi uma repórter de TV sonsa, uma sereia deformada numa ilha deserta, uma lésbica que divide casa de praia com outras gays enfadonhas e uma lutadora ninja. Mas o que mais chamou a atenção foi ver Scar-Jo fazer a sua versão de Ivanka Trump, filha do presidente Donald Trump, em campanha (fictícia) de um novo perfume chamado “Complicit” (Cúmplice).

Scarlett Johansson como Ivanka Trump em campanha fictícia do perfume “Complicit”. (Foto: Reprodução)

Usando vestido dourado colado ao corpo, Ivanka entra num salão de festas onde convidados usam black-tie e vestidos longos, tomam champanha e a fitam com admiração. “Ela é feminina, ela é ética, ela batalha pelas mulheres, mas de que maneira?”, indaga o narrador do anúncio. “’Cúmplice’ é uma fragrância para a mulher que poderia por um fim a tudo isso, mas que não o fez”, continua a voz.

Quando Ivanka retoca o batom na frente do espelho, ela vê a imagem do pai (interpretado mais uma vez pelo ator Alec Baldwin) também dando um trato na maquiagem. “Ela é leal, ela é devotada. Ela talvez deveria ter caído fora depois do incidente no ônibus do ‘Access Hollywood’. Oh, well”, lamenta o narrador, se referindo aos comentários que Trump fez numa entrevista de TV em 2005, sem saber que estava sendo gravado, e na qual dizia que pode “fazer qualquer coisa” com mulheres, inclusive “pegá-las pela xoxota”.

No comercial de perfume, Ivanka passa o batom e vê a imagem do pai (interpretado por Alec Baldwin) refletida no espelho. (Foto: Reprodução)

O “SNL” de ontem foi o mais politicamente impiedoso episódio da temporada. Trump foi criticado em três esquetes diferentes, incluindo um em que Johansson interpreta uma cientista que chama Trump de “mau”, “racista” e “babaca”.  No quadro “Weekend Update”, que comenta as principais notícias da semana, Trump, equipe e simpatizantes foram ridicularizados.

Um apresentador do “Weekend Update” chama Paul Ryan, presidente da Câmera dos Representantes e principal aliado de Trump no desmantelamento do Obamacare, de “boneco de ventríloquo”. Sobram farpas também à aparência física de Sean Hannity, apresentador do canal Fox News, que contraria todas as regras da imparcialidade jornalística ao defender a gestão Trump em seu programa, como se fosse uma espécie de porta-voz independente da Casa Branca. “O rosto dele parece um dedo polegar”, diz o apresentador do “SNL”.  “É por isso que ele está tão fundo no rabo de Trump”.

Em seu monólogo de abertura, Johansson fez breve menção ao momento atual. “A última vez que estive aqui foi em 2015, quando a notícia mais perturbadora do momento era o anúncio do final de ‘Mad Men’”.

Scarlett Johansson em seu monólogo de abertura. (Foto: Reprodução)

O ator Alec Baldwin voltou a interpretar Donald Trump, aparecendo no quadro de pré-abertura do “SNL”. Ele participou de uma espécie de paródia B do filme de sci-fi “Independence Day”. Um coronel do exército americano levanta a moral de seu pelotão antes de os soldados partirem para combater alienígenas vindos do planeta Zorblatt 9, e que dizimaram 90% da população dos EUA em 2018.

Trump, usando jaqueta verde da aeronáutica, surge para dar “uma palavrinha”. Seus comentários são formados pelas mesmas platitudes, e frases avulsas descoordenadas, que usou sem freios durante sua campanha presidencial. “Vamos vencer essa parada, pois temos o melhor exército. Mas não ganhamos mais, os alienígenas estão rindo muito da gente, e nos matando”, diz. Ao ser perguntado pelo coronel se tem uma estratégia para derrotar os ETs, Trump diz. “Vamos trazer o carvão de volta para os EUA. Vai ter muito carvão aqui”.

Durante ataque alienígena, Trump (Baldwin) tenta levantar a moral do exército. (Foto: Reprodução)

Ao ser informado que a Califórnia, um dos maiores estados democrata dos EUA, foi totalmente “pulverizado” pelos ETs, Trump é rápido: “Quer dizer que agora eu ganhei o voto popular também?” Quando o coronel reitera a Trump que todos os californianos morreram no ataque, o presidente pergunta: “Até o Arnold (Schwarzenegger)?”

No quadro em que interpreta uma cientista, Johansson faz uma apresentação aos investidores de seu milionário projeto, que vem a ser uma máquina em forma de capacete capaz de captar (em voz alta) o pensamento dos bichinhos de estimação.

O teste é conduzido com o cãozinho da cientista, Max. Todos ficam surpresos – e enojados – ao saber que o cachorro adora “parquinhos, coleiras e Trump”. “Ele é o cara”, diz o cão se referindo ao presidente. A cientista acha que existe algum erro na máquina, mas o cão continua defendendo o chefe da nação. “Sei que Trump tem problemas, mas uma grande mudança….é melhor assim do que o mesmo padrão de sempre”. A cientista pressiona bichinho de estimação. “Você é um cachorro, não sabe do que está falando. Supostamente teria que ser meu melhor amigo”. O cão revida: “E sou mesmo. É por ser seu melhor amigo que não quero ver o dinheiro dos impostos que você paga ser usado para gerar seguro-saúde para imigrantes ilegais”.

Johansson como a cientista que tem cão que é simpatizante de Trump. (Foto: Reprodução)

No quadro “Weekend Update”, um dos âncoras mostrou o hilário video da “pegadinha” que Trump promoveu na Casa Branca na manhã de terça (7). Com a sede do governo reaberta para a visitação pública pela primeira vez desde a posse presidencial, Trump pula detrás de um biombo de madeira e surpreende um grupo de estudantes do curso primário. O áudio deixa claro que muitas das crianças gritaram apavoradas. “Nada melhor para confirmar que ‘minha presidência está dando certo”, do que o grito de várias crianças”, diz o apresentador.

A convidada musical do “SNL” foi a cantora neozelandesa Lorde, que apresentou duas músicas – “Green Light” e “Liability”, de seu novo CD, “Melodrama”, a ser lançado em 16 de junho. Na segunda aparição da noite, Lorde estava ao lado de um de seus produtores, o músico Jack Antonoff (também namorado da atriz Lena Dunham, do seriado “Girls”).

A cantora Lorde fez duas apresentações no “SNL”, a segunda com Jack Antonoff ao piano. (Foto: Divulgação)

No programa, Johansson aproveitou para divulgar dois de seus novos filmes, a adaptação hollywoodiana para o cult anime japonês “O Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell” e a comédia de verão, com elenco all women (muitas delas atrizes do ‘SNL’), “A Noite É Delas”, dirigido por Lucia Aniello, uma das criadoras do sitcom “Broad City”. O próximo apresentador convidado do “SNL” será o comediante Louis C.K.

Abaixo o trailer de “A Noite É Delas”, que estreia em junho.

Outras fotos do “SNL” de ontem:

Baldwin mais uma vez como Trump. (Foto: Reprodução)

 

Johansson apresenta uma das entradas de Lorde. (Foto: Reprodução)

 

Lorde canta “Green Light”, de seu novo CD, “Melodrama” (Foto: Reprodução)

 

Kate McKinnon e Johansson interpretam sereias deformadas num dos esquetes. (Foto: Reprodução)

 

Com Kenan Thompson, Johansson canta música pop em enterro de um amigo. (Foto: Divulgação)

 

Scar-Jo em foto promocional do “SNL”. (Foto: Reprodução)

 

Johansson durante ensaio do “SNL”. (Foto: Rosalind O’Connor/NBC)
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‘Aposentado’ David Letterman rompe silêncio e critica Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/06/aposentado-david-letterman-rompe-silencio-e-critica-trump/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/06/aposentado-david-letterman-rompe-silencio-e-critica-trump/#respond Mon, 06 Mar 2017 08:34:33 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-06-at-3.19.36-AM-134x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5765 Com uma grossa barba branca de aposentado que cultiva desde maio de 2015, quando deixou de apresentar o talk show “Late Show”, programa do fim de noite da rede CBS que comandava desde 1993, David Letterman, 69, aparece na capa da nova edição da revista “New York”. Em entrevista exclusiva, conduzida em duas sessões pelo repórter David Marchese, Letterman discute tema que o tem deixado bastante indignado: o governo Donald Trump.

Letterman entrevistou Trump várias vezes. A primeira delas foi em 1987, quando o apresentador trabalhava na rede NBC, no programa “Late Night”. Ele explica que Trump sempre foi “uma versão cômica de um homem rico”. “Trump sentava-se (para ser entrevistado), e eu começava a tirar uma da cara dele”, diz Letterman à “New York”. “Nunca teve uma réplica por parte dele. Trump era volumoso e massudo, mas você podia derrotá-lo. Ele parecia se divertir, o público ainda mais, e esse era o Donald Trump”.

Após a eleição de Trump, Letterman diz se irritar com o fato de as pessoas ficarem “atônitas” e “reclamarem de tudo o que o presidente fala (ou tuíta)”. “Precisamos dar um basta nisso e, em vez de reclamar, tentarmos encontrar uma maneira de nos protegermos dele. Sabemos que ele é louco. Só precisamos nos defender”.

Letterman diz que o humor, eventualmente, poderá derrotar Trump, se encarregando de normalizar o presidente ou de o transformar em uma figura inofensiva. “O cara ficou com a pele muito sensível”, opina. E cita o caso de Alec Baldwin, ator que interpreta Trump no programa humorístico “Saturday Night Live”, de ter tirado o presidente fora do sério.

Na entrevista da “New York”, o apresentador dispara inúmeras farpas contra o círculo íntimo de Donald Trump na Casa Branca. Letterman chama Stephen Bannon, assessor de extrema-direita do governo Trump, de “Corcunda de Notre Dame” e “supremacista branco”. “Como é que um cara desses se torna estrategista do presidente? Alguém checou (o currículo)?”

David Letterman na capa da revista “New York” desta semana. (Foto: Reprodução)

Letterman também diz que o vice-presidente, Mike Pence, “o assusta”. Pence, que já comparou casais do mesmo sexo a “colapso social”, apoiou recentemente a nova diretiva anti-gay de Trump, que revogou uma orientação criada por Barack Obama às escolas americanas para que estas permitissem que estudantes transgêneros usassem banheiros compatíveis com a identidade de gênero que escolheram. “Quem diabos (Pence) pensa que é para jogar um pedaço de pau no meio da estrada de alguém que já lida com um conjunto de diferentes dificuldades na vida?”, indaga Letterman.

O humorista revela também que, por um bom tempo, sua figura favorita do governo Trump foi a assessora e diretora da campanha presidencial do republicano, KellyAnne Conway. Ele cita o incidente, no mês passado, quando, ao criticar o fato de a rede de lojas Nordstrom ter rompido parceria com a grife de roupas, sapatos e acessórios de Ivanka Trump, Conway disse na TV para o público ir comprar os produtos da filha do presidente. Trump precisou chamar a atenção da assessora sobre o incidente.  “Meu, se esse governo atual decide que uma pessoa do staff precisa de ‘aconselhamento’ – uau!”, alfineta Letterman.

Caso voltasse à TV, Letterman revela que gostaria de entrevistar Trump por cerca de uma hora. “Diria a ele: ‘Donald, nós dois sabemos que você está mentindo. Agora, pára com isso”.

Sobre sua decisão de aposentar o “Late Show” em 2015, Letterman diz que não foi uma imposição que partiu da direção da rede CBS. “Eles não me foderam. Eu mesmo me fodi por ter ficado velho e estúpido”, diz.

Letterman conta que não assiste mais aos talk shows noturnos da TV. Não pelo fato de eles serem transmitidos tarde da noite – a partir das 23h30 -, mas por este ter executado o mesmo trabalho, “com devoção cega”, por cerca de 30 anos. O apresentador admite que o viés político empregado por Jon Stewart, entre 1999 a 2015, no programa “The Daily Show”, da emissora Comedy Central alterou para sempre (e para o bem) o rumo dos talk shows americanos.

O humorista diz ter “ouvido coisas boas” sobre o apresentador Seth Meyers, cujo programa “Late Night”, da rede NBC, é transmitido às 0h30 da manhã. Também que seu sucessor, Stephen Colbert, se “posicionou muito bem ao lidar com o ‘tsunami’ Trump” no programa “The Late Show”, da rede CBS.

Desde que que assumiu o lugar deixado por Letterman, Colbert vinha ocupando a vice-liderança dos talk shows, sempre perdendo para Jimmy Fallon, o titular do “Late Night”, da concorrente NBC. Mas a partir da posse de Trump, Colbert, o mais diligente crítico do presidente nos finais de noite, recuperou a posição, passando a ter o talk show de maior audiência da TV americana.

Sobre o fato de nenhuma mulher comandar diariamente um talk show noturno, Letterman culpa a “inércia” das emissoras em tentar mudar o status quo. Ele diz que Tina Fey e Amy Schumer seriam suas favoritas para o posto de apresentadoras.

Sobre as centenas de entrevistas conduzidas em seus programas, Letterman admite ter sido duro com Paris Hilton, logo depois de a socialite deixar a prisão em 2007, após passar 23 dias no xadrez para cumprir uma condenação por dirigir sem carteira de motorista, que havia sido suspensa anteriormente depois de ela ter sido flagrada embriagada ao volante. No encontro, Hilton disse a Letterman que não queria comentar a passagem pela prisão. E este retrucou: ‘mas é somente sobre isso que quero falar’. “Aquilo a irritou, ela chorou, e eu tive que ligar depois para ela pedindo desculpas. Acho que comprei um carro para ela também!”, zomba Letterman.

Bob Marley foi uma figura que Letterman teria “adorado” entrevistar. “Quando nos deixou (o músico morreu em 1981, aos 36 anos), ele se encontrava politicamente muito ativo”, diz Letterman à “New York”. “Bob era, na época, o músico mais famoso do mundo, que emergiu das mais desesperantes circunstâncias. Não temos uma pessoa como ele hoje em dia, cuja vida, a música e o comportamento seriam capazes de apaziguar as águas da atual discórdia mundial”, diz.

Desde que se aposentou, Letterman revela que precisou lidar com um obstáculo: aprender a manusear o celular.

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