Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Americanos acreditam mais na imprensa, mas desaprovam cobertura do governo Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/05/10/americanos-acreditam-mais-na-imprensa-mas-desaprovam-cobertura-do-governo-trump/#respond Wed, 10 May 2017 18:31:16 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6506 Na guerra travada entre Donald Trump e a grande mídia, a imprensa americana parece levar pequena vantagem. Os eleitores americanos confiam mais na imprensa do que no presidente dos EUA, mas desaprovam o tom que repórteres e editores empregam na cobertura da atual administração da Casa Branca.

Essa é a constatação de nova pesquisa nacional feita pela Universidade de Quinnipiac, em Connecticut, e divulgada nesta quarta (10).

Cerca de 58% dos eleitores americanos não concordam com a maneira que a imprensa americana reporta as ações de Trump. Por outro lado, 65% das mesmas pessoas entrevistadas na pesquisa desaprovam os comentários que Trump faz sobre a imprensa. Em termos de credibilidade, 57% dos eleitores confiam que imprensa fala mais a verdade sobre assuntos importantes do que Trump (31%).

A pesquisa também aponta que, apesar de pequeno aumento da aprovação no governo do presidente americano após ele decidir bombardear a Síria no começo de abril, agora esse número voltou a cair para níveis recordes. Somente 36% do eleitorado aprova o trabalho de Trump na Casa Branca (a desaprovação é de 58%). Os números mais críticos dessa derrocada da popularidade do presidente surgem por entre eleitores que antes pareciam apoiar Trump: homens brancos, sem diploma universitário, e eleitores independentes.

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Banido por grandes empresas, “O’Reilly” apela para comerciais de dentaduras e travesseiros http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/banido-por-grandes-empresas-oreilly-apela-para-comerciais-de-dentaduras-e-travesseiros/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/banido-por-grandes-empresas-oreilly-apela-para-comerciais-de-dentaduras-e-travesseiros/#respond Thu, 06 Apr 2017 01:47:57 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-05-at-9.34.03-PM-180x101.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6318 O apresentador Bill O’Reilly ainda não se desculpou publicamente durante a transmissão de seu programa de notícias, “The O’Reilly Factor”, apresentado hoje à noite (5) pelo canal Fox News.

Foi a terceira apresentação do programa depois que uma reportagem do jornal “The New York Times, publicada no sábado (1o.),  detalhou os acordos financeiros, na casa dos US$ 13 milhões, que a rede Fox News fez com cinco mulheres que acusaram O’Reilly de assédio sexual. O Times teve acesso a documentos do testemunho das mulheres – algumas do staff do programa de O’Reilly, outras comentaristas convidadas – em que foram relatados desde aproximações indesejadas até telefonemas em que algumas dela notaram ruídos que indicavam que O’Reilly estava se masturbando do outro lado da linha.

Desde a publicação da reportagem, 34 companhias suspenderam anúncios de seus produtos durante os intervalos do programa, entre elas a Mercedes-Benz, Bayer e BMW.

Em vez de um remédio da Bayer ou de um carro da Mitsubishi, “The O’Reilly Factor” teve comercial de implantes dentários, que geralmente são exibidos de madrugada. (Foto: Reprodução)

Para aqueles que gostam de bons comerciais, foi uma depressão assistir às inserções publicitárias do “The O’Reilly Factor”. Parecia mais um programa exibido às 4h da manhã, do que um em pleno começo do horário nobre da TV americana, às 20h.

Os anúncios tapa-buracos, remanejados para o lugar dos comerciais bem acabados das grandes empresas, consistiram em travesseiros “made in America”, implantes dentários, colchões, loja liquidando vestidos, serviços de enfermagem para idosos, remédio contra colite, e de um escritório especializado em limpar o nome daqueles com crédito ruim.

De companhias mais reconhecidos, somente dois comerciais: um da rede de hotéis Crowne Plaza, outro da emissora de TV a cabo AMC, anunciando seu novo seriado, “The Son”, com Pierce Brosnan,.

Abaixo fotos de alguns dos comerciais tapa-buracos:

Loja popular anuncia liquidação de vestidos. (Foto: Reprodução)

 

Serviço de enfermeiras para pessoas idosas. (Foto: Reprodução)

 

Comercial de remédio contra colite. (Foto: Reprodução)
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Anunciantes boicotam (e Trump apoia) âncora acusado de assédio http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/05/anunciantes-boicotam-e-trump-apoia-ancora-acusado-de-assedio/#respond Wed, 05 Apr 2017 17:14:03 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-05-at-1.24.48-PM-180x94.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6308 O que fazer quando 34 anunciantes, entre eles as companhias de carro Mercedes-Benz e a farmacêutica Bayer, deixaram de anunciar durante o intervalo de um popular programa de TV sacudido por um escândalo de assédio sexual?

Preencher o espaço com muitas chamadas de outros programas da casa e remanejar para o horário nobre anúncios de qualidade visual menos sofisticada como um de pranchas de equilíbrio (“para esculpir seu abdôme”) que o anunciante comercializara, a preços mais módicos, para ser inserido nos intervalos da programação de madrugada.

Foi isso o que aconteceu, pela segunda noite consecutiva, durante os intervalos do noticiário “The O’Reilly Show”, um dos programas de maior audiência da emissora conservadora Fox News.

Também pela segunda noite consecutiva, seu apresentador, Bill O’Reilly, não fez qualquer menção sobre o polêmico artigo do jornal The New York Times, publicado sábado (1o.), que explicitava acordos que o canal Fox teve que negociar com cinco mulheres que alegaram terem sido vítimas de assédio sexual e abusos verbais de O’Reilly.

No artigo escrito pela dupla de jornalista Emily Steel e Michael Schmidt, documentos com testemunhos das mulheres – algumas trabalhavam diretamente com o apresentador, outras foram comentaristas convidadas do programa – mostravam que o comportamento inapropriado de O’Reilly ocorreu durante conversas corriqueiras e que o assédio incluiu aproximações indesejadas e até telefonemas em que algumas dessas mulheres notaram ruídos que indicavam que O’Reilly estava se masturbando do outro lado da linha.

Em entrevista ao jornal The New York Times feita hoje (5) no salão oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump disse não acreditar que O’Reilly tenha feito “qualquer coisa errada” e que “pessoalmente eu acho que ele não deveria ter feito um acordo”. Trump defendeu o apresentador dizendo que conhece O’Reilly “muito bem” e que “ele é uma boa pessoa”.

Para não seguirem adiante com ações judiciais, a Fox pagou a essas mulheres um total de US$ 13 milhões. Em seu website, O’Reilly fez o único comentário oficial sobre o caso. “Estou vulnerável a processos de indivíduos que querem que eu pague para evitar publicidade negativa”. A razão dos acordos é que O’Reilly queria poupar os dois filhos adolescentes de “situações embaraçosas”.

O número da debandada de anunciantes do “The O’Reilly Factor” já chega ao de 34 empresas. Em notas divulgadas à imprensa, a companhia de carro Mitsubishi disse que lida com as alegações com “muita seriedade”, e a seguradora All State reiterou que “a inclusão e o apoio às mulheres são valores muito importantes para a companhia”.

Gráfico feito por noticiário da rede NBC mostram os anunciantes que romperam relação com o programa da Fox. (Foto: Reprodução)

A rede Fox também soltou comunicado oficial: “Valorizamos nossos parceiros e estamos trabalhando juntamente a eles para expressarmos as suas atuais preocupações com o ‘The O’Reilly Factor’”.

Segundo a jornalista do New York Times, Emily Steel, a rede Fox recentemente renovou seu contrato com o O’Reilly, “mesmo que a companhia estivesse ciente dessas acusações”. Todos os anúncios já pagos foram remanejados para outros programas da casa. Somente a companhia Jenny Craig, responsável por comercializar um sistema de comida para emagrecimento, diz que não tem intenção de romper laços com o programa.

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Hacker usa trecho de canção do Nirvana para protestar contra Trump http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/02/jornal-de-ny-que-apoia-donald-trump-e-hackeado/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/04/02/jornal-de-ny-que-apoia-donald-trump-e-hackeado/#respond Sun, 02 Apr 2017 03:06:46 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/Screen-Shot-2017-04-02-at-12.26.25-AM-180x109.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6280 Usando a saudação nazista “Heil, President Donald Trump” (Salve, presidente Donald Trump), oito “pushes” de notificações de notícias urgentes do jornal conservador New York Post surgiram nos telefones celulares de vários leitores da publicação, inclusive no deste blog, hoje (1o.) à noite.

Os primeiros pushes faziam rogativas à Trump. “Me escute agora, porque falo como um anjo nas palavras de Deus”; “Abra seu coração para aqueles que você não compreende”.

As mensagens continuam com a referência à música “Come As You Are”, do Nirvana: “Não se apresse, apresse-se, a escolha é sua, mas não chegue tarde…”. O hacker também diz que “o destino de sua alma será logo decidido”.

No push de encerramento, o hacker se identifica como Selah. “Com amor lúcido, Selah”. O nome do hacker parece fazer uma alusão à expressão bíblica Selá, que aparece 71 vezes no Livro de Salmos. O significado da palavra é ainda debatido e pode ser entendido como pessoa “honrada” ou ‘honesta” e também “para sempre”.

O jornal pronunciou-se 58 minutos depois do trote, mandando um novo push, em que pedia desculpas ao leitores pelo mecanismo de notificações ter sido “comprometido”.

O New York Post, de propriedade do australiano Rupert Murdoch, apoio o governo Trump.

O Twitter logo começou a repercutir o hacking. “Ahn, @nypost…avisa sua redação”, foi um dos primeiros tuítes.

Banners do jornal New York Post (Foto: Reprodução)

 

(Foto: Reprodução)
Push com pedido de desculpas do jornal. (Foto: Reprodução)
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Rei das ‘fake news’ diz que suas reportagens são 100% legítimas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/27/rei-das-fake-news-diz-que-suas-reportagens-sao-100-legitimas/#respond Mon, 27 Mar 2017 04:12:53 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-26-at-11.55.55-PM-180x99.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6175 Fake News!

Não, não se trata de um tuíte do presidente Donald Trump desmoralizando o jornal The New York Times ou as redes CNN e NBC. Mas sim de uma fascinante reportagem sobre notícias falsas, fenômeno intensificado durante a última eleição presidencial norte-americana, feita por Scott Pelley, co-âncora do programa jornalístico “60 Minutes”.

A reportagem sobre “impostores mascarados como repórteres que envenenaram a conversa com histórias que pendem para a direita e para a esquerda” foi exibida hoje à noite (26), pela rede CBS. Minutos depois da exibição, ela viralizou nas mídias sociais.

O “60 Minutes” ouviu várias fontes. A mais importante foi o advogado californiano Mike Cernovich, dono do website “Danger & Play”, um das mais populares fontes de notícias falsas nos Estados Unidos. Só no mês passado, o feed do Twitter de Cernovich teve tráfego de 83 milhões de seguidores. “Foi um mês fraco, já tive 150 milhões”, explica o advogado à Pelley.

Foi também no website de Cernovich (ele se considera politicamente de “centro-direita”) que uma notícia falsa ganhou grande repercussão dias antes das eleições americanas, e batizada pela mídia mainstream pelo hashtag “pizzagate”. Segundo o Danger & Play, uma pizzaria de propriedade de James Alefantis, na capital americana, seria, na verdade, uma fachada para esconder uma rede de abuso infantil liderada pela candidata democrata Hillary Clinton e o chefe da campanha dela, John D. Podesta.

Mike Cernovich, do website Danger & Play, sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O Danger & Play chegou a escrever que “o círculo de assessores de Clinton incluía traficantes de crianças, pedófilos e agora membros de uma ‘seita de sexo”. Ouvido por Pelley, o dono da pizzaria disse que sofreu inúmeras ameaças de morte em suas contas no Instagram e Facebook. “Foram momentos aterrorizantes”, explicou Alefantis. Uma das mensagens que Alefantis recebeu foi a de que os intestinos dele deveriam ser arrancados e espalhados pelo chão da pizzaria.

Na reportagem do “60 Minutes”, Cernevich refuta que as notícias de seu site sejam falsas. “Você realmente acredita nelas ou diz isso porque é importante para o seu marketing?”, pergunta Pelley. O advogado diz que elas são “100% verdadeiras”. Pelley ironiza dizendo que Cernevich coloca seu website num nível muito elevado. “Sou advogado, tenho minhas maneiras de aferir evidências”, diz ele.

Cernevich ainda diz que a popularidade de seu website, incluindo seus podcasts, se deve ao fato de ele criar um conteúdo que é  “contundente, divertido, contraintuitivo e contra-narrativas. Tenho uma informação que você não vai encontrar em nenhum outro lugar”.

Notícia falsa do Danger & Play diz que Hillary Clinton sofre de mal de Parkinson. (Foto: Reprodução)

Pelley questiona outra notícia publicada pelo Danger & Play em período pré-eleição, a de que Clinton sofria de mal de Parkinson. A informação foi baseada em especulação de um anestesista que nunca encontrou ou tratou a candidata.

Usuários conservadores das mídias sociais especularam a informação por dias, obrigando Clinton e até a Associação Nacional de Parkinson a divulgarem comunicados oficiais negando a notícia. “Ela teve pneumonia”, diz Pelley. “Como você sabe?” responde Cernevich. “Eu não vou aceitar a palavra dela. A mídia hoje diz a mesma coisa sobre Trump: não vamos acreditar no que ele diz. É por isso que nos encontramos em universos diferentes”, conclui o advogado.=

Outro provedor de fake news entrevistado é Jestin Coler, que comanda os websites “National Report” e “Denver Guardian”. Coler está na categoria que Pelley define como “aqueles que ganham uns trocados” com notícias falsas. Mais especificamente US$ 10 mil por mês ao escrever reportagens contra aborto, Obamacare e até de uma família no Texas que ficou em quarentena ao ser diagnosticada com o vírus do ebola. Cerca de 8 milhões de pessoas leram a notícia.

Coler diz que usa palavras específicas a fim de chamar a atenção para suas “reportagens” (“o sangue do leitor tem que ferver”, diz ele). Coler compara os momentos de picos dos pageviews, e a subsequente queda do interesse pela notícia, ao vício pelas drogas. “Você fica alto, depois cai e ai espera até a próxima vez de ficar chapado”, diz.

Jestin Coler (esq.) sendo entrevistado por Scott Pelley. (Foto: CBS News)

O falso jornalista ironiza que o Facebook e o Twitter facilitam o trabalho dele. “Basicamente entramos nos grupos que são nossos alvos e propagamos a notícia. Os usuários, são essencialmente, nossos bots. Eles tendem a acreditar em qualquer página colocada na frente deles e que tenha um ‘look noticioso’.”

Pelley entrevista o consultor Jim Vidmar sobre os bots, as falsas contas de mídia social programadas para curtir ou retuitar uma mensagem (Pelley compra um pacote de “bots” de um website russo durante a reportagem). Ele também fala com Phil Howard, chefe do Instituto da Internet da Universidade de Oxford. Durante as semanas pré-eleitorais nos EUA, o time de Howard estudou as notícias veiculadas no Michigan, que é um “swing state”, estado que ponde pender para os democratas ou republicanos. O especialista explica a Pelley que o número de “junk news” publicadas no Michael pré-eleição foi equivalente ao de notícias divulgadas por organizações noticiosas profissionais.

Da empresa TradeDesk, que ajuda companhias a se livrarem de notícias falsas, surge estatística alarmante. Os consumidores de fake news são afluentes, mais velhos e frequentaram o colégio. “Eles não são essencialmente pessoas incultas ou de baixa renda como todo mundo achava”, diz Jeff Green, CEO da empresa, ao “60 Minutes”.

Green explica que, uma vez na frente de uma notícia falsa, os leitores continuam lendo artigos similares, em vez de procurarem por uma página de jornalismo legítimo. São o que ele chama de Internet Echo Chambers” (câmaras de eco da internet).”O mais alarmante disso tudo é que são essas pessoas que saem para votar.”

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Bob Mankoff, editor de cartuns da ‘New Yorker’, vai se aposentar http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/11/famoso-editor-de-cartuns-da-revista-new-yorker-vai-se-aposentar/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/11/famoso-editor-de-cartuns-da-revista-new-yorker-vai-se-aposentar/#respond Sat, 11 Mar 2017 22:10:34 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-11-at-5.08.19-PM-178x180.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5855 O cartunista Bob Mankoff, 72, vendeu seu primeiro trabalho para a revista “The New Yorker” em 1977. Desde então nunca mais parou. Produziu cerca de 900 desenhos para a icônica publicação e, em 1997, assumiu o posto de editor de cartuns.

Na semana passada, David Remnick, editora da revista, deu a má notícia: Mankoff vai se aposentar. A partir do mês que vem, Emma Allen, outra editora da revista, assume a posição.

A notícia não é de toda trágica, uma vez que Mankoff irá continuar colaborando esporadicamente com a “The New Yorker”. Ele também vai dar uma repaginada no Cartoon Bank, banco de dados que fundou em 1991 e que faz o licenciamento de seu trabalho e de outros colegas. O ilustrador prepara uma nova coletânea de cartuns a ser publicada em 2018 e mantêm um website pessoal.

O mais famoso cartum da carreira de Mankoff é o “No, Thursday’s out. How about never — is never good for you?” (Não, na quinta-feira não dá. Que tal nunca – nunca funciona para você?”). A frase “que tal nunca – nunca funciona para você?” virou mania nacional, sendo reproduzida em camisetas, diálogos de filmes e até em calcinhas. Mankoff, então, decidiu patentear a frase. “Inicialmente o Escritório de Patentes negou o pedido, mas consegui convencê-los de que a frase veio, na verdade, de meu cartum”, disse o ilustrador ao jornal “The New York Times”.

O mais famoso cartum de Mankoff foi até patenteado. (Foto: Reprodução)

 

Em seus 40 anos na “The New Yorker”, Mankoff foi tema de um documentário para a rede de TV HBO, de um segmento para o programa jornalístico de TV “60 Minutes” (assista abaixo) e escreveu uma biografia, lançada em 2014.

Abaixo alguns dos melhores cartuns de Mankoff.

“Não existe justiça no mundo”; “existe alguma justiça no mundo”; “o mundo é justo” (Foto: Reprodução)

 

“Leve minha mulher…por favor!” (Foto: Reprodução)

 

“To Be or Not To Be”. Mankoff disse ao NY Times que considera esse recente cartum tolo, mas ele virou o maior sucesso. (Foto: Reprodução)
“Desculpe, querido. Não estava prestando atenção. Você pode repetir o que disse desde que a gente se casou?” (Foto: Reprodução)
“E não se esqueça: se precisar de alguma coisa estou disponível 24 horas por dia, 6 dias por semana”. (Foto: Reprodução)

 

“Mas adoro viver no passado. Foi no lugar onde cresci.” (Foto: Reprodução)

 

 

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Larry Flynt diz que imprensa ‘covarde’ ajudou a eleger ‘um monstro’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/03/larry-flint-diz-que-imprensa-covarde-ajudou-a-eleger-um-monstro/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/03/larry-flint-diz-que-imprensa-covarde-ajudou-a-eleger-um-monstro/#respond Wed, 04 Jan 2017 02:35:46 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5628 Larry Flynt, fundador da revista pornográfica”Hustler”, criticou a imprensa americana por ter “ajudado a criar esse monstro que a gente agora chama de presidente-eleito (Donald) Trump”. Segundo ele, a mídia, “ao não admitir ter errado” em sua cobertura da eleição presidencial, “foi patética e covarde”. O editor diz que “derrubar Trump” agora “depende da imprensa”. “Isso se vocês (mídia) tiverem coragem.”

Em carta aberta intitulada “Acorde, Imprensa!”, publicada na edição de hoje (3) da revista “Variety”, especializada na indústria de entretenimento, Flynt acusou os órgãos de imprensa de seu país de terem sido “complacentes” na cobertura da eleição, “de uma maneira jamais vista em nossa história”. “Queridos membros da grande imprensa, vocês conseguiram de novo. A falta de responsabilidade em suas reportagens traíram essa grande nação”, começa a carta de oito parágrafos.

Trecho da carta de Larry Flynt publicada hoje na "Variety" (Foto: Reprodução)
Trecho da carta de Larry Flynt publicada hoje na “Variety” (Foto: Reprodução)

 

Segundo o editor da “Hustler”, boa parte da “complacência” veio das emissoras de TV dos EUA, “com âncoras e moderadores sem a obrigação de checar os fatos”. “Vocês estão de brincadeira?”, indaga Flynt, que prossegue: “O fato de que vocês não se incomodaram em conferir informações dadas aos espectadores é uma grande injustiça ao povo deste país”.

Para Flynt, nem todos os espectadores de TV são “intelectuais” e os candidatos (e pré-candidatos) da eleição presidencial americana “difundiram mentiras continuadamente”. “Vocês estavam lidando com eleitores de pouca informação, que não precisam de fatos precisos em ordem de pender para uma direção (política) ou outra. Essas são pessoas facilmente influenciáveis”, escreve Flynt.

Segundo Larry Flynt, fundador da revista pornô "Hustler", sua publicação teve reportagens políticas mais "cuidadosas" que as demais. (Foto: Reprodução)
Larry Flynt, fundador da revista pornô “Hustler”, acusa imprensa americana de não ter checado todas as declarações de Donald Trump. (Foto: Reprodução)

Flynt culpou jornalistas de, “em desespero absoluto”, terem noticiado “tudo o que o homem (Trump) disse”, sendo verdade ou não. “Vocês querem vender mais jornais, conseguir mais pageviews em seus sites. Até entendo. Mas vocês não estão vendendo bolachas para os consumidores. Vocês são jornalistas – façam o seu trabalho.”

Ele termina a carta dizendo que a “Hustler” publicou “mais reportagens cuidadosas e acuradas do que a maioria da cobertura que acompanhei. Isso quer dizer algo, não?”

Em outubro, Flynt ofereceu US$ 1 milhão a quem lhe entregasse outras gravações do até então candidato republicano Donald Trump fazendo comentários “degradantes” sobre mulheres.

Flynt se tornou mundialmente famoso em 1996, quando o cineasta Milos Forman lançou o filme “O Povo Contra Larry Flynt”, cinebiografia estrelada por Woody Harrelson e Courtney Love.

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Capa da ‘Time’ com Trump vira motivo de piada na TV americana http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/08/trump-na-capa-da-time-vira-motivo-de-piada-na-tv-americana/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/08/trump-na-capa-da-time-vira-motivo-de-piada-na-tv-americana/#respond Thu, 08 Dec 2016 19:05:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5459 A decisão de a revista “Time” ter escolhido o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como a personalidade do ano de 2016, foi motivo de piadas em todos os talk shows da TV americana na noite de quarta-feira (7). “Em 2016, a Terra registrou o ano mais quente de sua história; o vírus da zika se espalhou pelo mundo; Muhammad Ali, Prince e David Bowie morreram; a Síria implodiu; e o Brexit aconteceu. Parabéns, Donald, por você ter sido eleito a personalidade do ano em um dos piores anos de todos os tempos”, disse o apresentador inglês James Corden no monólogo de abertura de seu programa na rede CBS, o “The Late Late Show”.

Donalda Trump, fotografado pelo inglês Nadav Kander, na capa da revista "Time". (Foto: Reprodução)
Donalda Trump, fotografado pelo inglês Nadav Kander, na capa da revista “Time”. (Foto: Reprodução)

A plateia presente na gravação do programa de Corden vaiou a escolha de Trump pela “Time”. “Relaxem, pessoal!”, brincou o apresentador. Muitos suspiraram em desaprovação quando Jimmy Kimmel deu a notícia em seu “Jimmy Kimmel Live”, da rede ABC, e total silêncio por entre a plateia de Conan O’Brien, apresentador do talk show “Conan”, da rede TBS. “Interessante! Vejo que vocês estão contendo os aplausos”, disse O’Brien.

Em sua piada sobre a capa da “Time”, O’Brien disse: “Quando Donald soube da escolha, ele falou: ‘isso era tudo o que eu queria’. E depois ele abandonou a vida pública”. Ideia similar foi usada por Kimmel: “Trump deve estar mais excitado com essa capa do que com o fato de ser presidente”.

Kimmel, que foi selecionado essa semana para ser o próximo apresentador da cerimônia do Oscar, ainda brincou que a eleição da “personalidade do ano” nem sempre significa que o escolhido seja “a melhor pessoa do ano”. “Mas não diga isso ao Donald”, disse o apresentador. E emendou: “Seleções passadas incluíram Gandhi, Josef Stálin, Winston Churchill, Nixon, Obama e Hitler. Definitivamente, Trump se encaixa nesse grupo. Você decide onde ele se posiciona”.

Donald Trump cedeu uma entrevista ao programa “Today” na manhã de quarta (7), logo após Nancy Gibbs, editora da “Time”, ter anunciado em primeira mão a escolha da revista para 2016.  “É uma tremenda honra”, disse o presidente-eleito, que também chamou a publicação “de uma revista muito importante”. “Tive sorte suficiente de estar na capa da revista muitas vezes neste ano e no ano passado”, completou Trump.

Durante a briga que manteve com a imprensa americana durante sua campanha eleitoral, Trump criticou a cobertura da “Time”. No ano passado, via Twitter, já havia discordado com o fato de a chanceler alemã Angela Merkel ter sido eleita “personalidade de 2015”. “Eu avisei a vocês (leitores) que a “Time” jamais me escolheria como personalidade do ano apesar de eu ser um grande favorito. Eles escolheram uma pessoa que está arruinando a Alemanha”.

Apesar de “finalmente” ter sido a eleito como “personalidade de 2016”, Trump disse no programa “Today” que não gostou do subtítulo que os editores da revista escolheram para a capa: “Presidente dos Estados Divididos da América”. “Quando você diz estados divididos da América, eu não os dividi. Ele estão divididos agora. Tem um monte de divisão, e a gente vai unir tudo de novo e vamos ter um país que ficará bem curado”, disse Trump.

O apresentador Stephen Colbert, do “The Late Show”, da rede CBS, brincou com o fato de Trump ter declarado guerra à mídia em 2016.”Até entendo que ele desconfie da imprensa. Olha a capa: parece que eles (a revista) deram uma de penetra para tirar a foto. Além disso, revista Time, não pense que a gente não percebeu que vocês colocaram chifres de diabo na cabeça dele”.

O apresentador Stephen Colbert "notou" que a Time colocou "chifres de diabo" na cabeça de Trump. (Foto: Reprodução)
O apresentador Stephen Colbert “notou” que a Time colocou “chifres de diabo” na cabeça de Trump. (Foto: Reprodução)

Kimmel foi outro apresentador a zombar da foto da capa. “Parabéns ao fotógrafo (o inglês Nadav Kander) que fez a imagem. Ele conseguiu que Trump ficasse imóvel por 30 segundos, sem tuítar. O fotógrafo, sim, deveria ter sido eleito a personalidade do ano”.

Entre os dez finalistas para o título de personalidade do ano, estavam a ginasta Simone Biles, um dos destaques da Rio-2016; a cantora Beyoncé; e o empresário Mark Zuckerberg. Hillary Clinton ficou em segundo lugar por entre a votação do editores, mas foi a vencedora na votação popular feita no website da revista. “A Hillary consegue ganhar alguma eleição popular que ela tenha vencido?”, zombou Kimmel sobre o fato de a democrata também ter vencido Trump por quase 2 milhões de votos de vantagem na eleição popular, mas perdido para o republicano no Colégio Eleitoral, que decide o verdadeiro ocupante da Casa Branca.

Seth Meyes, apresentador do “Late Night’, da rede NBC, usou um personagem do seriado ”Game of Thrones” em sua piada sobre a reação da democrata. “Quando Hillary soube que tinha ficado em segundo lugar na decisão da “Time”, ela correu para bem dentro da floresta e agora está vivendo com o Bran Stark”.

O apresentador Seth Meyers zombou que Hillary, segundo lugar na votação da "Time", agora está vivendo "no fundo da floresta com Bran Stark". (Foto: Reprodução)
Seth Meyers zombou que Hillary Clinton, segundo lugar na votação da “Time”, agora está vivendo “na floresta com Bran Stark”. (Foto: Reprodução)

Foi Kimmel, porém, quem arrancou muitos aplausos, ao tentar sumarizar a seleção da “Time”. ”Essa capa é bem importante mesmo, pois 2016 poderá ser um de nossos derradeiros anos”.

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Revistas com papa Francisco e Sarah Jessica Parker encalham nas bancas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/12/13/revistas-com-papa-francisco-e-sarah-jessica-parker-encalham-nas-bancas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/12/13/revistas-com-papa-francisco-e-sarah-jessica-parker-encalham-nas-bancas/#respond Sun, 13 Dec 2015 21:38:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=3179 O papa Francisco e a atriz Sarah Jessica Parker não foram muito fotogênicos em 2015. O líder religioso mais poderoso do mundo e a atriz de “Sex and the City” não empolgaram os leitores que compram revistas em bancas, e os títulos dos quais eles foram capas neste ano tiveram os mais baixos números de vendas.

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Em 28 de setembro, para celebrar sua visita aos Estados Unidos, o papa Francisco apareceu na capa da revista “People”. Foi a edição da publicação especializada em celebridades que menos vendeu no ano. Capas da “People” com as atrizes Blake Lively e a veterana Joan Collins também tiveram resultados ruins.

O papa Francisco na capa da People, lançada hoje nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

Já Sarah Jessica apareceu nas capas menos populares do ano das revistas “Cosmopolitan” e “Harper’s Bazaar”. A “Cosmopolitan” que tem média de venda de 500 mil edições em banca, comercializou apenas 400 mil no mês em que a atriz foi capa. Celebridades como a cantora country Miranda Lambert, Jennifer Aniston e o casal Brad Pitt e Angelina Jolie venderam bem quando apareceram em capas de revistas como a “Marie Claire” e “Vogue”.

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Entre as edições de sucesso do ano, a mais notória é a “Vanity Fair” de julho, com a transgênero Caitlyn Jenner na capa. A edição vendeu 400 mil cópias em banca, batendo recorde de cinco anos, que pertencia ao ator Johnny Depp, capa da revista em janeiro de 2011.

Taylor Swift, Miley Cyrus e Adele podem vender milhares de CDs, mas em se tratando de capas populares da revista de música “Rolling Stone” durante 2015, o gosto popular foi para os clássicos do rock e da cultura popular. A edição de 29 de janeiro da publicação, com Stevie Nicks na capa, foi a mais vendida do ano, seguida da banda Rush e do comediante do “Saturday Night Live” John Belushi (1949-1982).

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O fim do casamento da dupla de cantores de música country Blake Shelton e Miranda Lambert foi a edição da “People” que mais vendeu: 804 mil exemplares. E a revista nem tinha ideia do escândalo que estava por vir: de Gwen Stefani ter sido o pivô da separação. A segunda capa mais vendida do ano, foi a separação de Ben Affleck e Jennifer Garner.

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No geral, o ano de 2015 continuou apresentando declínio de vendas para as revistas: 12% a menos que no ano passado.

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Mais uma dos argentinos: capa da “The New Yorker” http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/03/09/mais-uma-dos-argentinos-capa-da-the-new-yorker/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2015/03/09/mais-uma-dos-argentinos-capa-da-the-new-yorker/#respond Mon, 09 Mar 2015 19:01:02 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=155 Não está fácil contê-los. É no Vaticano, no futebol, no tênis e na cerimônia do Oscar. Os argentinos estão em todas. Até Rodrigo Santoro anda interpretando um deles, um automobilista portenho, no filme de Hollywood “Golpe Duplo”.

Agora é a vez da revista The New Yorker exibir, na capa de sua edição de hoje, mais uma ótima ilustração de Ricardo Liniers: um casal de hipsters fazendo um passeio pelo Brooklyn. O cartunista Liniers, mais conhecido pelas tiras diárias do “Macanudo”, explica à revista como “flagrar” um hipster no Brooklyn. “Ele vai estar casualmente carregando o livro “Graça Infinita”, do David Foster Wallace, além de tatuagens irônicas , que você não consegue ver pois elas estão debaixo de jaquetas irônicas”.

 

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Cartunista Liniers assina capa da The New Yorker desta semana. (Crédito: Reprodução)
Cartunista Liniers assina capa da The New Yorker desta semana. (Crédito: Reprodução)
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