Baixo Manhattan http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br Cosmopolitices Tue, 03 Apr 2018 18:47:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 ‘Wilson’, sucesso do cartunista Daniel Clowes, chega às telas http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/25/wilson-sucesso-do-cartunista-daniel-clowes-chega-as-telas/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/25/wilson-sucesso-do-cartunista-daniel-clowes-chega-as-telas/#respond Sat, 25 Mar 2017 23:18:01 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-25-at-6.23.55-PM-180x129.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6151 Nas vinhetas que compõem a história de “Wilson”, a cultuada graphic novel de Daniel Clowes, lançada em 2010, conhecemos (e é difícil não se apegar a ele) um dos mais irascíveis misantropos da literatura moderna.

Wilson, protótipo do homem de meia-idade solitário, é um show de sátira espirituosa e esquisitice. Esse rabugento não tem auto-censura. Chama mulheres rechonchudas de ‘hipo'(pótamo). É obcecado por sua cadelinha Pepper, mas odeia aqueles que passam na rua e fazem comentários fofos direcionados à ela. Despreza ainda mais os tipos silenciosos. “Babaca filho da puta”, diz ele a um transeunte que passa batido pela cadela. Num táxi, quer que o motorista lhe diga aonde pode ‘pegar’ xoxotas na cidade. “Você quer putas?”, pergunta o taxista. “Sim. É que estou procurando minha ex-mulher!”, diz Wilson.

Depois de fazer uma ótima adaptação de sua graphic novel “Mundo Fantasma”, em 2001, (o filme batizado de “Ghost World  – Aprendendo a Viver” rendeu uma indicação para o Oscar de roteiro para o cartunista), Clowes também cuida da transposição de “Wilson” para as telas. “Wilson” foi lançado ontem (24) nos cinemas americanos, com o ator Woody Harrelson no papel título.

Woody Harrelson interpreta o anti-herói de Daniel Clowes em “Wilson” (Foto: Divulgação)

O resultado dessa vez decepciona. Boa parte da aflição e angústia do personagem, tão brilhantemente desenvolvida nas páginas da graphic novel, soa artificial e ganha sentimentalismo extra. Wilson teria mandado todo o humanismo que adquiriu na segunda metade do filme para o inferno. Parte da culpa pode ser creditada ao diretor Craig Johnson, da comédia “Irmãos Desastre” (“The Skeleton Twins”, 2014), que vacilou, não querendo ir mais a fundo na antipatia do personagem.

Com seus olhos arregalados, corpo esguio e o famoso espaço entre seus dentes da frente, não existe nada em Woody Harrelson que lembre Wilson fisicamente (Peter Sellers, se ainda vivo, seria perfeito), mas o ator faz um bom trabalho. O mesmo pode ser dito sobre a escolha da atriz Laura Dern para interpretar a ex-de Wilson, Pippi. Nas páginas da graphic novel, Pippi tinha uns bons quilinhos a mais.

Wilson (Woody Harrelson) e Pippi (Laura Dern) tentam reconectar-se com a filha (Isabella Amara) que não viam há 17 anos. (Foto: Divulgação)

Tanto no filme quanto na graphic novel, Wilson atravessa um período mais filosófico e sentimental, provocado pela morte do pai. Vai procurar a ex-mulher, que ficou viciada em drogas e caiu na prostituição. Agora em processo de reabilitação, ela tenta se reerguer. Trabalha como garçonete de um restaurante e vive numa casa bem cuidada. Ao se reencontrarem, Wilson fica sabendo que teve uma filha, e que esta hoje tem 17 anos. Wilson achava que a ex havia tido um aborto, mas essa revela que não só deu a luz à criança, como também a liberou para adoção. Wilson decide procurar a filha. Pippi vai junto. Os pais adotivos da garota Claire (Isabella Amara) são ricos, mas a adolescente  – esquisita e obesa – é motivo de bullying na escola. Reencontro feito, os três decidem fazer uma rápida viagem, com resultado inesperado.

Muitas das vinhetas de uma página de “Wilson”, lançado no Brasil pela Quadrinhos na Cia., foram recriadas no filme, sem qualquer alteração. Estão lá a cena em que Wilson decide falar com a mesma voz em falsete com aqueles que param para brincar com seu cachorro. Também encontros fortuitos em transportes públicos, quando vai sentar-se ao lado de algum infeliz, embora todos os outros assentos do ônibus ou trem estejam vazios. Num vagão de trem, ele puxa conversa com um passageiro imerso no som de seus fones de ouvido. Ao saber que este trabalha no ramo da T.I., Wilson retruca: “Tá de brincadeira? Eu estou muito envolvido em Z.Q.T. e I.P.K. e, naturalmente, muito H.B.T e A.F.G.N.X.L. Meu Cristo, já parou para pensar o quanto ridículo você é?” É uma pena que o mesmo espírito das páginas de “Wilson” não esteja naquele trem.

Uma das vinhetas da graphic novel “Wilson” (Foto: Reprodução)
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Brasil volta a figurar entre os 10 maiores mercados de cinema do mundo http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/brasil-volta-a-figurar-entre-os-10-maiores-mercados-de-cinema-do-mundo/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/22/brasil-volta-a-figurar-entre-os-10-maiores-mercados-de-cinema-do-mundo/#respond Wed, 22 Mar 2017 20:14:38 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-22-at-3.54.48-PM-180x79.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=6103 Rompendo um hiato de dois anos, período em que ocupou a 11a. posição por entre os maiores mercados de cinema do mundo, o Brasil voltou a figurar por entre as “top ten” bilheterias mundiais.

Mesmo com números menores, o Brasil ocupou a 10a. posição em 2016, logo atrás da Austrália e do México, com faturamento de US$ 700 milhões. Em 2013, a venda de ingressos nos cinemas brasileiros foi de US$ 900 milhões.

O Brasil também foi o único país da América Latina a crescer na bilheteria em 2016 – aumento de 5%. No total, a América Latina foi a região que apresentou o maior decréscimo em número de ingressos vendidos no ano passado, com uma significante queda de 17.6%. Nos mercados da Europa, Oriente Médio e África, aferidos juntos, a queda foi de 2.1%. Os dados foram divulgados hoje (22) pela Associação Cinematográfica dos Estados Unidos (MPAA, em inglês).

Excluída a bilheteria da América do Norte (EUA e Canadá), cujos números são computados e estudados à parte, a China ocupa a primeira posição de arrecadação no mundo. No ano passado, o mercado chinês faturou US$ 6.6 bilhões na bilheteria. Mas o nível de crescimento ficou estagnado, devido a tendência de desaceleração da segunda maior economia do mundo. Japão e Índia ocuparam respectivamente a vice-liderança e o terceiro lugar. No Japão, a venda de ingressos em 2016 foi robusta, com aumento de 11%.

A bilheteria global bateu recordes em 2016. Foram US$ 38.6 bilhões em ingressos vendidos, acréscimo de 0.5% se comparado com o ano anterior.

O número de salas de cinema no mundo aumentou em 8%. Agora existem 164 mil delas. A Ásia foi a região que mais inaugurou cinemas.

Na América do Norte, o faturamento, com crescimento de 2%, também foi recorde: US$ 11.4 milhões. O preço médio de um ingresso de cinema nos EUA e Canadá foi de US$ 8.65 (aproximadamente R$ 27.00), uma inflação de 2.6%. Segundo Christopher J. Dodd, CEO da MPAA, a frequência dos milennials nos cinemas foi “vibrante e vigorosa”.  O grupo com idades entre 18 a 24 anos compareceu aos cinemas em uma média de quase 7 vezes num período de doze meses.

Mas muitos quarentões ficaram longe das salas de cinema. Grupos com faixas etárias de 40 a 49 anos, e de 60 anos para cima não apresentaram acréscimo nas estatísticas.

As mulheres formaram número majoritário de público em três dos cinco filmes de maior bilheteria na América do Norte em 2016. Cerca de 55% da platéia do desenho animado “Procurando Dory”, filme campeão de bilheteria em 2016, foi formada por mulheres.

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Cantor Orlandivo vai parar na trilha de filme sádico de Hollywood http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/17/cantor-orlandivo-vai-parar-na-trilha-de-filme-sadico-de-hollywood/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/17/cantor-orlandivo-vai-parar-na-trilha-de-filme-sadico-de-hollywood/#respond Fri, 17 Mar 2017 20:17:48 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-17-at-3.59.29-PM-180x88.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5987 Um mês após sua morte, aos 79 anos, o cantor e percussionista brasileiro Orlandivo, ícone do sambalaço, aparece na trilha sonora do filme norte-americano “The Experiment Belko” (a experimentação Belko), lançado hoje (17) nos cinemas dos Estados Unidos e Reino Unido. A música “Chavinha”, escrita em parceira com Roberto Jorge em 1962, é executada num rádio de pilha em momento de tensão deste filme dirigido pelo australiano Greg McLean.

No papel, o roteiro de “The Experiment Belko”, ainda sem data para estrear no Brasil, parecia bom, próximo da sensibilidade da antologia de terror e suspense social da TV inglesa, “Black Mirror”. O roteirista James Gunn, quente em Hollywood depois de escrever “Guardiões da Galáxia”, em 2014, tentou criar um cruzamento entre o cult filme japonês “Batalha Real”, e de seu derivado americano “Jogos Vorazes”, com elementos de clássicos da literatura como “Senhor das Moscas” e “A Revolução dos Bichos”. O filme, porém, se resultou em sério candidato a maior exercício gratuito de sadismo do ano. O jornal “The New York Times” chamou a produção de “pavorosa e doentia”.

Belko é uma empresa de recursos humanos instalada na periferia da capital colombiana, Bogotá. Seus funcionários, muitos americanos e outros que seguem a cartilha da inclusão de Hollywood (uma muçulmana, um francês, um gay e periguete latinos), selecionam e treinam profissionais para o mercado de trabalho sul-americano.

John Gallagher Jr. (do seriado “The Newsroom”) tenta proteger funcionários de empresa colombiana. (Foto: Divulgação)

Logo no início do filme, uma misteriosa voz dá uma ordem macabra via interfone. Dos 80 funcionários que apareceram para trabalhar naquele dia, 30 têm que morrer. Os próprios colegas de trabalho serão os responsáveis pelas execuções. Caso essa cota não seja atingida num período de duas horas, o número de vítimas salta para 60.

Ao perceber de que não se trata de um trote – portas e janelas de ferro lacraram o prédio por fora -, o chefe da empresa, interpretado por Tony Goldwyn (o presidente americano Fitzgerald Grant do seriado “Scandal”) passa a liderar a facção que prefere acreditar que não existe solução melhor para a situação. Dois funcionários (John Gallagher Jr. e Adria Arjona) engrossam o time daqueles que procuram uma saída, sem que haja derramamento de sangue.

Sangue é o que não falta no filme. Em determinado momento, o chefe da empresa anuncia uma subdivisão em seu quadro de funcionários. Aqueles com mais de 60 anos de idade, ou com filhos acima dos 18, são obrigados a se ajoalherem contra uma parede, onde são fuzilados ao som da versão em espanhol para a música “California Dreamin””, do The Mamas & the Papas. Machadinhas, facas e até um porta durex são usados como armas para outras execuções ao longo dos 88 minutos de duração do filme.

Em 1997, a celebrada fotógrafa americana Cindy Sherman já havia optado pelo tema de um dia de cão no local de trabalho em seu filme de estreia como diretora, “Mente Paranóica” (“Office Killer” no título original). Mas agora parece que a moda está de volta. Além de “The Experiment Belko”, outro filme similar está para ser lançado nos Estados Unidos. Trata-se de “Mayhem” (caos), sucesso das sessões de meia-noite do festival South by Southwest, recém-encerrado na cidade de Austin, Texas.

Nesse filme, um pandemônio é criado numa firma de advocacia, após o local ser contaminado por um vírus transmissível pelo ar, que impede suas vítimas de controlarem inibições. Em Hollywood, no momento, nem todas as festas de fim de ano da firma estão garantidas.

 

  • abaixo os trailers original e a sátira com Legos
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King Kong volta plagiando Coppola e com Jorge Ben na vitrola http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/10/king-kong-volta-plagiando-coppola-e-com-jorge-ben-na-vitrola/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/10/king-kong-volta-plagiando-coppola-e-com-jorge-ben-na-vitrola/#respond Fri, 10 Mar 2017 05:54:26 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-09-at-9.54.22-PM-180x90.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5820 King Kong está de volta às telas.

Como no filme original de 1933, o gigantesco e felpudo gorila continua a seguir a teoria da evolução de Darwin e a ter apetite por loiras. A novidade da superprodução “Kong: A Ilha da Caveira”, lançado simultaneamente nos cinemas dos EUA e Brasil, é que a ação agora se passa em 1973, no final da Guerra do Vietnã.

Trata-se, a princípio, de uma boa sacada do jovem diretor Jordan Vogt-Roberts, de 32 anos, mas fica ai o primeiro sinal de desconfiança, uma vez que a história foi desenvolvida com a ajuda de quatro roteiristas, incluindo Dan Gilroy (indicado ao Oscar de melhor roteiro em 2014 pelo filme “O Abutre”, com Jake Gyllenhaal).

O problema é que, ao fazer essa ambientação, as melhores cenas de “Kong” já são pré-conhecidas do público. Várias beiram o plágio descarado do filme “Apocalypse Now”, que o cineasta Francis Ford Coppola rodou em 1979, e baseado no livro “Coração das Trevas”, de Joseph Conrad, outro “homenageado” da produção. Estão lá uma cena de helicópteros fazendo voo coordenado sob a selva, música de Jimmy Hendrix explodindo dos alto-falantes, e até um momento em que o elenco usa armas lança-chamas feitas com napalm.

O ator Samuel L. Jackson em cena de “Kong: A Ilha da Caveira” na qual são usadas bombas napalm. (Foto: Divulgação)

Em “Kong: A Ilha da Caveira”, John Goodman interpreta um cientista que vai para Washington D.C., bater na porta de um senador para que o governo financie uma viagem exploratória à pouco conhecida “Ilha da Caveira”, escondida em algum lugar do Pacífico (a maioria das cenas foram filmadas no Vietnã). “Este é o pior momento da história de Washington”, diz Goodman, citando o governo do presidente Richard Nixon, e que agora soa como uma estocada no atual caos desenrolado na capital americana.

Além de levar seus assistentes – seguindo a cartilha da inclusão eles são o ator negro Corey Hawkins (atualmente na TV, como o protagonista da série “24: Legacy”) e a atriz chinesa Tian Ling (atualmente nos cinemas, no elenco de “A Grande Muralha”, o pior filme da carreira do cineasta Zhang Yimou) -, o cientista conta com a ajuda de um mercenário (Tom Hiddleston) e escolta de um pelotão de soldados americanos ainda estacionados no Vietnã, comandados por Samuel L. Jackson (este em melhor interpretação que os demais, fazendo um híbrido dos militares interpretados por Marlon Brando e Robert Duvall em “Apocalypse Now”).

A mocinha da vez – após as versões com Fay Wray (1933), Jessica Lange (1976) e Naomi Watts (2005) – é Brie Larson. A vencedora do Oscar de melhor atriz em 2016 pelo filme “O Quarto de Jack” é, infelizmente, totalmente desperdiçada. Os diálogos dela são risíveis.

Depois de Fay Wray, Jessica Lange e Naomi Watts, agora é a vez de Brie Larson “seduzir” o gorila. (Foto: Reprodução)

Larson também é vítima do diretor e roteiristas que decidiram aplicar um Donald Trump na personagem dela, uma fotógrafa “anti-guerra” da revista “Life”. Esse quinteto desrespeita os reflexos mais elementares de uma jornalista. A fotógrafa não se importa em acionar sua Leika diante de momentos de significantes descobertas científicas, como na primeira aparição de Kong ou quando seu grupo topa com uma vala coletiva, onde estão os esqueletos dos familiares do gorila e de outras espécies gigantescas jamais catalogadas. Quando finalmente aciona sua câmera, ela é econômica, registrando apenas uma imagem de cada situação para a revista famosa por ter sido uma das mais importantes publicações do jornalismo fotográfico do mundo. Difícil acreditar que ela carregava pouco filme na mochila, uma vez que a marca Kodak faz merchandising em mais de uma cena de “Kong”.

Segundo o jornal “Los Angeles Times”, “Kong” custou US$ 185 milhões para ser rodado. Trata-se de um orçamento 185 vezes maior que o filme anterior – e de estreia – de Vogt-Roberts: o ultra-indie “Os Reis do Verão”, apresentado no Festival de Sundance de 2013. Todas as poucas aparições de Kong no filme (críticos americanos reclamaram do gorila ter assumido o posto de coadjuvante na história) são incríveis. O gorilão nunca esteve em forma melhor, graças ao trabalho dos gênios dos computadores da empresa Industrial Light & Magic. Outros monstrengos do filme, como uma aranha e um louva-a-deus gigantescos, são desnecessários.

A trilha sonora de “Kong” contem clássicos do pop da década de 70, interpretados por David Bowie, The Stooges, Creedence Clearwater Revival e Black Sabbath. A música “Brother”, do álbum “A Taça da Liberdade”, de Jorge Ben Jor, aparece numa cena em que Brie Larson (finalmente) decide clicar com sua câmera os integrantes de uma tribo de nativos que habita a ilha.

 

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Dois filmes brasileiros vão participar de prestigiada mostra do MoMA http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/dois-filmes-brasileiros-participam-de-prestigiada-mostra-do-moma/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/03/02/dois-filmes-brasileiros-participam-de-prestigiada-mostra-do-moma/#respond Thu, 02 Mar 2017 20:04:31 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/Screen-Shot-2017-03-02-at-2.06.49-PM-180x98.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5756 Os filmes brasileiros “Arábia” (imagem acima), dos cineastas mineiros Affonso Uchôa e João Dumans, e “Pendular”, da diretora carioca Julia Murat, vão fazer parte da 46a. edição da prestigiada mostra “New Directors/New Films”, organizada pelo departamento de cinema do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. O evento, que reúne filmes de 32 países, acontece entre 15 a 26 de março.

“Arábia”, que participou da competição oficial do Festival de Roterdã, em janeiro, é um road movie que conta a história de um jovem morador de um bairro pobre de Ouro Preto, que descobre um caderno de anotações de um operário, vitimado por um acidente de trabalho. Ao ler o diário, o jovem toma conhecimento dos dez últimos anos de vida do operário, e as viagens deste pelo Brasil em busca de trabalho.

Já “Pendular”, exibido recentemente na mostra Panorama, seleção paralela do Festival de Berlim, onde ganhou um prêmio da Fipresci, federação que reúne críticos de cinema do mundo todo, é um filme com pinceladas eróticas que acompanha o relacionamento de um casal – um escultor e uma dançarina. Apesar de viverem no mesmo espaço, este é delimitado por uma linha traçada no chão, que divide o campo de ação de cada um. Trata-se do segundo filme de Murat selecionado pela “New Directors/New Films”. Em 2012, a mostra exibiu “Histórias que Só Existem Quando Lembradas”.

Cena de “Pendular”, segundo filme da cineasta Julia Murat a participar da mostra do MoMA. (Foto: Divulgação)

A “ND/NF” privilegia o primeiro ou segundo trabalho de cineastas emergentes nos Estados Unidos e ao redor do mundo. No passado, a mostra apresentou ao público trabalhos de Steven Spielberg, Pedro Almodóvar, Wong Kar-wai e Spike Lee. Mais recentemente, introduziu nomes como os da cineasta australiana Jennifer Kent (do terror “The Babadook”),  do americano J.C. Chandor (“Margin Call – O Dia Antes do Fim” e “O Ano Mais Violento”) e do brasileiro Gabriel Mascaro, cujo filme “Boi Neon” foi um dos grandes sucessos da mostra em 2016.

Sucesso em Sundance, o filme “Patti Cake$, sobre uma rapper de Nova Jersey, inaugura a mostra. (Foto: Reprodução)

O filme de abertura da “ND/NF”, no dia 15 de março, é um dos grandes sucessos do Festival de Sundance deste ano: “Patti Cake$”, que marca a estreia na direção do americano Geremy Jaspar. O longa acompanha a trajetória de uma rapper em ascensão.

Entre os outros filmes selecionados estão: “Beach Rats”, da americana Eliza Hittman, também sucesso em Sundance; “4 Days in France”, do francês Jérôme Reybaud; “Albüm” do turco Mehmet Can Mertoglu; “Lady Macbeth”, do inglês William Oldroyd; e “Sexy Durga”, thriller do indiano Sanal Kumar Sasidharan.

Cena do thriller indiano “Sexy Durga”. (Foto: Divulgação)
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Gatos turcos esgotam ingressos de cinema da moda em NY http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/14/gatos-turcos-esgotam-ingressos-de-cinema-da-moda-em-ny/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/02/14/gatos-turcos-esgotam-ingressos-de-cinema-da-moda-em-ny/#respond Wed, 15 Feb 2017 02:47:54 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/Screen-Shot-2017-02-14-at-2.58.15-PM-180x101.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5725 O desenho animado “Lego Batman: O Filme” e a produção de sadomasoquismo para iniciantes “Cinquenta Tons Mais Escuros” dominaram as vendas de ingressos nos cinemas americanos durante o último fim de semana, assumindo respectivamente o primeiro lugar e a vice-liderança na bilheteria.

Mas foi um documentário de 79 minutos produzido na Turquia, em cartaz em apenas um cinema americano, que produziu resultados impressionantes. Os ingressos para as 21 sessões de fim de semana do Metrograph – um dos mais charmosos cinemas de Nova York, situado na fronteira entre os bairros do Lower East Side e Chinatown – se esgotaram em poucas horas. Na noite de domingo (12), a pequena distribuidora Oscciloscope e o cinema conheciam o maior êxito de suas existências. A distribuidora foi lançada em 2008 e o Metrograph comemora um ano no mês que vem.

O nome do documentário entrega a razão do sucesso: “Kedi”, dirigido pela cineasta Ceyda Torun, significa “gato” em turco. O poder dos felinos continua a impressionar, agora também nos cinemas.

A ação de “Kedi” se passa nas ruas de Istambul, geralmente durante o dia (raras cenas noturnas realçam ainda mais a beleza da cidade). A cineasta acompanha uma turminha de sete gatos de personalidades marcantes, e que dividem o mesmo destino: são todos sem-teto, que se aproveitam da bondade da população turca.

Gatas se enfrentam nas ruas de Istambul. (Foto: Divulgação)

Ancorado por um elenco coadjuvante de quatro patas gigantesco, os gatos principais de “Kedi” cruzam ruas da cidade, filam comida em peixarias, andam de barco, brigam no cemitério, ignoram os cachorros, defendem seus territórios em oficinas mecânicas e criam sua prole em caixas de isopor na zona portuária.

Tem a Psikopat, a “gata mais psicopata do bairro” e que afugenta fêmeas que dão em cima do “marido” dela. Tem o Duman, um elegante “príncipe” de patas sujas, gourmet total, que faz ponto na frente de um restaurante da moda (o chef do local prepara a comida preferida do felino: peru com pedacinhos de queijo manchego). Tem a gata alaranjada Sari, obstinada na coleta de nacos de pão nos quarteirões próximos de sua casa (lobby de um prédio antigo) para alimentar a faminta e ruidosa prole. E tem Aslan Parçasi (jogo de palavras que significa ‘impressionante como um leão’), que deixa um restaurante à beira do rio e frequentado por jovens turcos totalmente isento da presença de roedores nojentos.

Ninguém folga com a gatinha Psikopat, a psicopata do bairro. (Foto: Reprodução)

 

“Kedi” está longe de ser uma obra-prima. A diretora deixou de fora o outro lado da gataiada de Istambul. Como a prefeitura e as clínicas veterinárias lidam com o “problema” é contraponto ausente. Muito menos aparece o convívio conturbado entre os gatos de ruas e seus inimigos humanos.

Mas é o lado antropológico do relacionamento de alguns turcos com os gatos que torna o documentário cativante. Há desde a dona de uma loja de roupas que fala o trivial esotérico (“gatos absorvem toda sua energia negativa”) até a prosaica história de um pescador que passou a amar gatos após um golpe de sorte. Ao perder o barco e todos bens dentro dele durante uma tempestade, precisava de 120 liras para quitar uma dívida. Encontrou a exata soma quando decidiu investigar um gatinho que miava muito. O felino estava com as patas dianteiras em cima de uma carteira perdida.

Duman, que faz ponto na frente de um restaurante da moda, adora peito de peru com queijo manchego. (Foto: Divulgação)

Já o cartunista Bülent Üstün explica que, ao enterrar gatos que encontrava sem vida pelas ruas, começou a improvisar cruzes feitas de graveto para a sepultura deles como ele viu no faroeste “Três Homens em Conflito”, de Sergio Leone. “Meu pai ficou tão preocupado com a simbologia cristã, achando que eu estava me convertendo, que ele disse que ia me mandar outra vez para o madraçal (escola islâmica)”, zomba o artista em depoimento no filme.

Mas é um turco de meia idade que sintetiza o misticismo produzido pelos gatos. “Cachorros acreditam que as pessoas são uma espécie de Deus, mas os gatos, não. Gatos sabem que as pessoas agem como intermediários da vontade de Deus. Eles não estão sendo ingratos. É apenas que eles sabem melhor das coisas”.

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Distribuidor deixou ‘Aquarius’ de fora da corrida do Oscar http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/25/distribuidor-nunca-inscreveu-aquarius-na-corrida-do-oscar/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/25/distribuidor-nunca-inscreveu-aquarius-na-corrida-do-oscar/#respond Wed, 25 Jan 2017 03:13:52 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/12/Screen-Shot-2016-12-12-at-11.23.48-PM-180x77.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5670 Após o anúncio dos indicados para o Oscar 2017, feito hoje (24) de manhã, em Los Angeles, analistas correram para apontar os grandes esnobados do ano. Segundo um crítico da rede de TV americana CBS, a Academia de Hollywood ignorou o trabalho de várias atrizes, “incluindo Amy Adams, Annette Benning, Sandra Huller e Sonia Braga”.

Nas semanas e dias que antecederam o anúncio de hoje, críticos de cinema fizeram lobby para seus filmes, atores e roteiristas favoritos durante o ano cinematográfico de 2016. Um crítico do “Los Angeles Times” sugeriu aos votantes que considerassem a interpretação de Sonia Braga, em “Aquarius”, dirigido por Kleber Mendonça Filho. Dois críticos do “The New York Times” apontaram que Braga e Mendonça Filho “deveriam” ser indicados respectivamente nas categorias de melhor atriz, diretor e roteiro original. Votantes geralmente precisam de bastante sugestões, uma vez que, na primeira cédula de votação, eles precisam escrever o nome de cinco atores, roteiristas ou diretores de arte, o primeiro nome sendo o favorito e, o último listado, o menos.

Mas foi muito amor por nada.

“’Aquarius’, Sonia Braga e Kleber Mendonça Filho eram totalmente inelegíveis para o Oscar: a distribuidora (americana, a Vitagraph Films) não inscreveu o filme oficialmente”, disse Natalie Kojen, uma das diretoras de assessoria de imprensa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ao Baixo Manhattan.

Até o desenho "Angry Birds - O Filme" foi inscrito na corrida do Oscar. Mas "Aquarius" , que deveria estar listado por ordem alfabética, não apareceu. (Foto: Reprodução)
Até o desenho “Angry Birds – O Filme” foi inscrito na corrida do Oscar. Mas “Aquarius” , que deveria constar nesta lista, em ordem alfabética, não foi oficialmente inscrito pela distribuidora Vitagraph Films. (Foto: Reprodução)

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Críticos e profissionais de Hollywood que torciam por “Aquarius”, esqueceram de dar uma olhada minuciosa na lista oficial dos 336 filmes elegíveis para as principais categorias do Oscar (a seleção de melhor filme estrangeiro segue uma lista diferente).

O filme de Mendonça Filho não constava dessa lista que tinha de tudo. Desde títulos celebrados como “La La Land – Cantando Estações”, “Manchester à Beira Mar” e “Moonlight: Sob a Luz do Luar”; passando por produções estrangeiras como “Elle”, “A Criada” e “Toni Erdmann”; e longas massacrados pela crítica como “Zoolander 2”, “Independence Day: O Ressurgimento” e a comédia “Tirando um Atraso”. Mesmo o último título, um vexame no currículo de Robert De Niro, era totalmente elegível para o Oscar – caso algum masoquista quisesse dar seu voto.

Contatado em inúmeras ocasiões pelo blog, David Shultz, chefe da Vitagraph Films, não se manifestou a respeito de sua decisão de não inscrever o filme na corrida do Oscar. Shultz só inscreveu “Aquarius” no Globo de Ouro e no Independent Spirit Awards. Para o último prêmio, a produção brasileira chegou a ser indicada na categoria de “melhor filme internacional”. Pode-se especular que a decisão de Shultz tenha sido monetária. É necessário investir uma boa soma para que um filme ganhe visibilidade durante a campanha do Oscar.

Trata-se da segunda barreira imposta a “Aquarius” na tentativa de conseguir uma indicação para o Oscar. No ano passado, a comissão instituída pelo Ministério da Cultura para escolher o filme oficial para representar o Brasil na categoria do Oscar de melhor filme estrangeiro, optou por outro título: “Pequeno Segredo”, de David Schurmann.

Muitos apontaram a primeira omissão como um represália política contra Kleber Mendonça Filho e equipe, que protestaram contra o impeachment de Dilma Rousseff durante o Festival de Cannes, em maio.

Já a total inelegibilidade do filme no Oscar teve reações fervorosas dos profissionais da indústria de Hollywood contatadas pelo blog. “É algo bastante insólito. Sou muito fã do filme desde que o assisti pela primeira vez em Cannes”, explicou Pete Hammond, editor-chefe do site “Deadline Hollywood”. Já segundo um produtor de Nova York que lança vários filmes estrangeiros no mercado americano, e que pediu para seu nome não ser revelado, “trata-se de um desrespeito total por parte do distribuidor do filme, uma decisão bem atroz, se você quer mesmo minha opinião sincera”.

Kleber Mendonça Filho e a produtora Emilie Lesclaux também foram procurados pelo blog. Sem explicar o motivo da não inscrição do filme no Oscar pela distribuidora americana, Lesclaux apenas disse que considera o fato “lamentável”.

Mesmo vetado no Oscar, “Aquarius” finaliza nos próximos meses sua trajetória internacional. Depois de ser lançado, com sucesso, na Argentina, o filme chega em breve na Espanha, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e Turquia.

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‘NYT’ diz que ‘Aquarius’ deveria concorrer a três Oscars http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/08/nyt-diz-que-aquarius-deveria-concorrer-ao-oscar-de-atriz-e-diretor/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2017/01/08/nyt-diz-que-aquarius-deveria-concorrer-ao-oscar-de-atriz-e-diretor/#respond Sun, 08 Jan 2017 17:25:05 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/Screen-Shot-2017-01-08-at-12.16.49-PM-180x108.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5645 Em sua tradicional lista anual dos filmes, diretores, atores e roteiristas que “deveriam ser indicados para o Oscar”, publicada hoje (8) pelo jornal “The New York Times”, dois dos três críticos titulares da publicação fizeram duas vezes menção ao nome de Sonia Braga para o prêmio de melhor atriz e ao de Kleber Mendonça Filho, duplamente citado para a categoria de melhor diretor e roteirista.

Segundo o crítico A.O. Scott, Kleber “deveria” ser indicado ao Oscar de melhor diretor ao lado de dois jovens americanos – Barry Jenkins (por “Moonlight: Sob a Luz do Luar”) e Damien Chazelle (“La La Land – Cantando Estações”) – e duas cineastas europeias: a inglesa Andrea Arnold (“Docinho da América”) e a alemã Maren Ade (“Toni Erdmann”).

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Já Sonia Braga foi lembrada também por Scott, que é co-crítico-chefe de cinema do jornal, e Stephen Holden. Scott acha que Braga “deveria” ser indicada juntamente com a atriz francesa Isabelle Huppert (“Elle”), a alemã Sandra Hüller (“Toni Erdmann”), a inglesa Tilda Swinton (“A Bigger Splash”) e a americana Taraji P. Henson (“Estrelas Além do Tempo”).

Já Holden coloca as já citadas Braga, Huppert e Hüller na lista juntamente com as atrizes sul-coreana Kim Min-Hee (“A Criada”) e a francesa Lou Roy-Lecollinet (“Três Lembranças de Minha Juventude”).

“Aquarius” também é citado pelo crítico Stephen Holden na categoria de melhor roteiro original. Kleber Mendonça Filho aparece ao lado de Jim Jarmusch (pelo roteiro de “Paterson”), Guy Hibbert (“Decisão de Risco”), Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”), e Paul Laverty (“Eu, Daniel Blake”).

A escolha dos críticos do “New York Times” é uma espécie de “lista maldita” e poucas vezes traduz o gosto mais comercial da Academia de Hollywood, que divulga o nome de todos seus indicados no dia 24 de janeiro.

 

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As melhores frases de Carrie Fisher http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/28/as-melhores-frases-de-carrie-fisher/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/28/as-melhores-frases-de-carrie-fisher/#respond Wed, 28 Dec 2016 16:32:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5575 A atriz e escritora Carrie Fisher também deixou um grande legado de frases e comentários espirituosos sobre carreira, vida em Hollywood e sua mais famosa personagem, a Princesa Leia.

Abaixo algumas das melhores:

 

“Me ajude, Obi-Wan Kenobi, você é minha única esperança”, de cena de “Guerra nas Estrelas”

“Quem é que usa tanto batom em batalhas?”, sobre a Princesa Leia.

“Quando fui selecionada para o papel de uma princesa nesse pequeno e apatetado filme de ficção-científica, pensei: ‘vai ser divertido fazê-l0. Tenho 19 anos. Vou contracenar com um bando de robôs por alguns meses e depois retorno à minha vida normal, tentando fazer planos do que fazer quando crescer.'”

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Carrie Fisher em cena de “Guerra nas Estrelas” com o robô C3PO. (Foto: Divulgação)

“Éramos Han e Leia durante a semana e Carrie e Harrison durante o fim de semana”, em entrevista à revista People em 2016 sobre o romance adúltero com o ator Harrison Ford durante as filmagens de “Guerra nas Estrelas e que durou três meses.”.

“Eu sempre cito frases de personagens fictícios porque eu sou uma personagem de ficção também”, do livro “Postcards from the Edge” (1987).

“Se minha vida não fosse engraçada, ela seria apenas verdadeira, e isso é inaceitável”, de post da atriz no Twitter.

“Recentemente, buscando informações sobre eu mesma no Google, deparei-me com esse comentário: ‘O que aconteceu com Carrie Fisher? Ela era tão gostosa. Agora ela parece com o Elton John!’ Bem, isso me machuca, porque em parte eu entendo o que essa pessoa quis dizer. Sim, é tudo verdade. E onde eu fui parar? Nos locais onde todas as mulheres gordas, de meia idade e com papadas vão – geladeiras e restaurantes”.

“Descobri que adoro receber elogios pela minha perda de peso. Gosto muito; é bem trágico”, depois de uma dieta.

“Beleza e juventude não são façanhas”.

“Quando você fica mais velho, as oportunidades emagrecem. Mas as pessoas, não”.

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‘Aquarius’ entra na lista dos 20 melhores do ano da ‘Film Comment’ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/14/aquarius-entra-na-lista-dos-10-melhores-da-film-comment/ http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/2016/12/14/aquarius-entra-na-lista-dos-10-melhores-da-film-comment/#respond Wed, 14 Dec 2016 04:48:23 +0000 http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/files/2016/12/Screen-Shot-2016-12-13-at-11.57.08-PM-180x114.jpg http://baixomanhattan.blogfolha.uol.com.br/?p=5556 Considerada a melhor revista de cinema dos EUA, a “Film Comment”, espécie de “Cahiers du Cinéma” americana, colocou o longa brasileiro “Aquarius” na sétima posição de sua lista dos 20 melhores filmes de 2016. “Neruda”, do cineasta chileno Pablo Larraín, foi a outra produção sul-americana a entrar na lista divulgada nesta terça (13), ocupando o 19o. lugar.

Confirmando que os jurados do último Festival de Cannes dormiram no ponto, o melhor filme do ano, segundo a “Film Comment”, foi a produção alemã “Toni Erdmann”. O filme da cineasta Maren Ade não recebeu nenhum prêmio dentro da competição oficial do festival francês, mas sagrou-se o grande vencedor do prêmio da Academia Europeia de Cinema, entregue sábado (10) na Polônia. Ganhou todos os prêmios a que concorria, cinco no total, incluindo os de melhor filme e melhor atriz (Sandra Hüller). O longa alemão também é o franco-favorito ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o inglês “Eu, Daniel Blake”, de Ken Loach, não aparece na lista dos melhores da “Film Comment”.

O filme alemão, que perdeu a Palma de Ouro, agora sai vingado, ganhando a maioria dos prêmios do ano. (Foto: Reprodução)
O filme alemão”Toni Erdmann”, que perdeu a Palma de Ouro, agora sai vingado, ganhando a maioria dos prêmios do ano. (Foto: Reprodução)

A produção francesa “Elle”, de Paul Verhoeven, e a americana “Paterson”, de Jim Jarmusch, que também saíram de mãos abanando em Cannes, foram consideradas respectivamente a terceira e sexta melhores do ano segundo a “Film Comment”.

O musical “La La Land – Cantando Estações”, dirigido por Damien Chazelle e estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone,  considerado o favorito ao Oscar de melhor filme, não ficou entre os 20 melhores do ano. Também ausente ficou a nova produção de Martin Scorsese, “Silêncio”, sobre jesuítas portugueses no Japão, que estreia no dia de natal nos EUA.

Dos 20 melhores de 2016, seis filmes foram dirigidos por mulheres, incluindo a belga Chantal Akerman, que se suicidou no ano passado em Paris, aos 65 anos.

A lista completa:

1. “Toni Erdmann”, de Maren Ade (Alemanha)

2. “Moonlight”, Barry Jenkins (EUA)

3. “Elle”, Paul Verhoeven, (França)

4. “Cemitério de Esplendor”, Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

5. “Certain Women”, Kelly Reichardt (EUA)

A atriz Kristen Stewart no filme americano "Certain Women", uma das seis melhores produções do ano dirigida por mulheres. (Foto: Divulgação)
A atriz Kristen Stewart no filme americano “Certain Women”, uma das seis melhores produções do ano dirigidas por mulheres. (Foto: Divulgação)

6. “Paterson”, Jim Jarmusch (EUA)

7. “Manchester à Beira-Mar”, Kenneth Lonergan (EUA)

8. “Aquarius”, Kleber Mendonça Filho (Brasil)

9. “O Que Está Por Vir”, Mia Hansen-Løve (França)

10. “Não é um Filme Caseiro”, Chantal Akerman (Bélgica)

11. “The Lobster”, Yorgos Lanthimos (Grécia)

12. “Lugar Certo, Hora errada”, Hong Sangsoo (Coréia do Sul)

13. “Amor & Amizade”, Whit Stillman (EUA)

14. “Cameraperson”, Kirsten Johnson (EUA)

15. “Kaili Blues”, Bi Gan (China)

16. “A Criada”, Park Chan-wook (Coréia do Sul)

Cena de "A Criada", filme do sul-coreano Park Chan-wook que, assim como 'Aquarius', não representa oficialmente seu país na corrida do Oscar. (Foto: Reprodução)
Cena de “A Criada”, filme do sul-coreano Park Chan-wook que, assim como ‘Aquarius’, não representa oficialmente seu país de origem na corrida do Oscar. (Foto: Reprodução)

17. “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes!!”, Richard Linklater (EUA)

18. “The Fits”, Anna Rose Holmer (EUA)

19. “Neruda”, Pablo Larraín (Chile)

20. “O Outro Lado”, Roberto Minervini (Itália)

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